Connect with us

Agronegócio

Cobre fecha em alta, apoiado por dólar fraco e sinais de aperto na oferta

Avatar

Published

on

O cobre fechou em alta de mais de 2% nesta quarta-feira (3), apoiado pelo enfraquecimento do dólar no exterior e sinais de aperto na oferta. Entretanto, analistas apontam que a demanda ainda fraca na China pode pesar sobre o mercado de metais básicos nos próximos meses.

O cobre para setembro fechou em alta de 2,59%, em US$ 4,5335 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses subia 2,16%, a US$ 9.869,00 a tonelada, às 14h20 (de Brasília).

O cobre sustentou ganhos desde o começo do pregão, conforme investidores digeriam notícias do setor, mas recebeu impulso extra após nova série de dados macroeconômicos dos Estados Unidos consolidar expectativa por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Essa perspectiva pressionou o dólar, que amarga perdas ante divisas rivais e emergentes, o que tende a baratear a aquisição de commodities para detentores de outras moedas.

Publicidade

Particularmente, investidores de cobre acompanham as negociações trabalhistas da mina Oyu Tolgoi, maior catalisador de crescimento na produção do metal na Rio Tinto. Um porta-voz da Rio Tinto disse ao Wall Street Journal que as operações continuam sem interrupções e que espera um acordo com os representantes dos trabalhadores “no futuro”, sem dar detalhes sobre os termos ou quando o acordo deve ser concluído.

Analistas do Morgan Stanley ponderam que é improvável um impacto na produção subterrânea, mas apontam que existem riscos potenciais para a área industrial, tendo em vista que a Rio Tinto espera um crescimento contínuo na produção de cobre da Oyu Tolgoi até atingir a meta de 1 milhão de toneladas por ano em 2028.

Por outro lado, a Capital Economics alerta, em relatório, que a capacidade excessiva de produção da China deve afetar metais básicos pelos próximos meses – ou até anos. A consultoria britânica observa que a combinação de demanda fraca e oferta forte está ampliando as exportações chinesas principalmente de cobre, níquel e aço.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, o alumínio avançava 1,23%, a US$ 2.547 a tonelada; o chumbo subia 0,55%, a US$ 2.213,50 a tonelada; o níquel tinha alta de 1,79%, a US$ 17.380 a tonelada; o estanho valorizava 1,41%, a US$ 33.350 a tonelada; e o zinco avançava 2,19%, a US$ 2.983,00 a tonelada.

Com informações da Dow Jones Newswires

Publicidade

Agronegócio

Dólar alto: veja dicas para que as férias de julho no exterior não pesem tanto no seu bolso

Avatar

Published

on

By

As férias de julho já começaram para muita gente. Aos que estão com viagem ao exterior programada, a alta do dólar parece ser uma pedra no caminho. É comum ouvir que quem converte não se diverte, mas especialistas ouvidos pelo E-Investidor destacam que, sim, é possível ter gastos menos elevados e controlados com algumas dicas — seja para quem já está com as passagens em mãos ou está planejando viajar nas férias do final de ano.

Segundo um levantamento da Decolar, apesar do cenário econômico brasileiro não estar dos mais tranquilos e promissores, as buscas por viagens nacionais e internacionais para as férias de julho não caíram. Muito pelo contrário. “As buscas por viagens para as férias de julho seguem crescendo. Registramos aumento de 107% na busca por pacotes, em comparação ao mesmo período de 2023”, diz Renata Araujo, diretora de Produtos em Destino da Decolar.

Férias de julho: 6 dicas para viajar gastando pouco

Em relação ao turismo doméstico, o levantamento não surpreendeu ao mostrar destinos do Nordeste, como Recife (PE), Maceió (AL) e Porto Seguro (BA), no topo das pesquisas. Olhando para fora, Orlando, cidade da Flórida (Estados Unidos) que é ideal para viagens em família por abrigar os principais parques temáticos do mundo — estão lá Disney, Universal e SeaWorld, entre outros — aparece atrás de dois destinos da Argentina e um do Chile. Confira, abaixo, os destinos internacionais mais buscados para as férias de julho.

Publicidade

E essa preferência pelos destinos latino-americanos tem sido apontada justamente em função da alta da moeda americana, que já chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,50, enquanto o real está mais valorizado que o câmbio dos nossos países vizinhos. No entanto, as viagens internacionais costumam ser planejadas com meses de antecedência e pode ser que quem iniciou os preparativos no final do ano passado, quando o dólar estava abaixo dos R$ 5, esteja preocupado com os valores que serão desembolsados durante as férias.

A educadora financeira Aline Soaper lembra que, para quem está com as passagens e hospedagem em mãos, vale reavaliar o planejamento dos passeios, restaurantes e compras para ficar dentro do orçamento. “Para gastar menos com taxas, o ideal é usar dinheiro em espécie, cartão de conta global ou cartão pré-pago”, sugere.

Viajar com dinheiro em espécie ou cartão de crédito?

Para Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio do Banco BS2, de todas os métodos de pagamento a se adotar em uma viagem internacional — seja para os EUA ou Europa, cujas moedas estão mais valorizadas que a nossa —, a escolha menos vantajosa é o dinheiro em espécie. “Naturalmente é mais caro, devido ao custo da sua operação. Além de ser mais arriscado: se você perder a sua carteira ou tê-la roubada por algum ‘pick pocket’, corre o risco de ficar sem recursos durante a viagem. Talvez seja possível economizar com a moeda em espécie em relação ao cartão de crédito, mas será um gasto menor que não compensa o risco”, explica.

No entanto, é preciso lembrar que se de um lado a moeda em espécie pode apresentar um custo elevado assim que ela é adquirida, no caso do cartão de crédito os gastos serão embutidos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Embora o governo trabalhe para zerar esse tributo até 2028, neste ano a sua alíquota está em 4,38% sobre as compras internacionais com o cartão. E é justamente esse percentual que faz muito viajante torcer o nariz para o cartão de crédito.

Quanto custa viajar para o Chile? Veja os valores em um roteiro de 4 dias em Santiago

Apesar disso, Marcelo Scarpa, diretor executivo do Digio, banco digital que pertence ao Bradesco, esclarece que o IOF é um tributo do governo e que não é destinado à instituição financeira. “Só haverá juros do banco sobre o cartão de crédito se a fatura não for paga em dia ou houver o parcelamento dela”, afirma. Isso significa que, se a compra em si foi parcelada, não há encargos bancários sobre o valor. Porém, se o valor total da fatura não for pago, incidirão os juros.

“Há uma série de benefícios ao usar o cartão de crédito nas viagens internacionais. Caso haja algum tipo de fraude, é possível contestar o valor junto ao banco e às bandeiras [marca das empresas responsáveis pelas transações]. Os cartões ainda podem contar com programas de recompensa, como cashbacks e acúmulo de pontos”, explica Scarpa.

O executivo acrescenta que, seja qual for o destino e moeda local, todas as transações são ancoradas no dólar. Por um lado, isso facilita porque as duas principais bandeiras presentes no Brasil, Mastercard e Visa, têm uma boa aceitação na maioria dos países. Por outro, haverá a incidência da taxa de câmbio devido à conversão de uma moeda para outra. “Por exemplo, você está em um restaurante no México e tudo custou 100 pesos mexicanos. O cartão de crédito vai fazer a relação desse valor em peso mexicano para o dólar e cobrar por essa transação.”

Cartão de crédito ou conta internacional?

Outras modalidades que podem facilitar para quem vai fazer uma viagem internacional são os cartões pré-pagos e contas internacionais. No primeiro caso, que já chegou a ser a principal escolha dos viajantes, ocorre a cobrança do IOF quando o cartão for carregado.

Publicidade

Mas alguns bancos oferecem aos seus clientes a possibilidade de abrirem uma conta internacional, em que é possível fazer as transferências em real e convertê-la na moeda desejada. As taxas de uso podem variar, conforme a instituição financeira, sendo que algumas são isentas para os clientes.

No caso do Banco BS2, é oferecida uma função multimoeda que, além do dólar americano, permite que os aportes feitos em real sejam convertidos para euro, libra, dólar canadense e australiano. “Assim como é possível comprar a passagem aérea e a hospedagem parceladas, dá para ir depositando e convertendo aos poucos a moeda que será usada no destino”, explica Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio.

“E se o viajante estiver em Paris, gastando em euro, e resolver ir para Londres, em que a libra é a moeda, basta apenas ele converter o saldo que tem para o câmbio desejado. E se no meio das férias a família perceber que precisa de mais dinheiro para a viagem, basta transferir mais recursos para a conta e fazer a conversão para a moeda desejada”, completa Andrade.

Vale a pena escolher o destino internacional pelo câmbio?

Embora os nossos vizinhos latinos estejam no topo das buscas para as viagens internacionais, escolher um destino cuja moeda está mais barata que a brasileira não é sinônimo de economia. “É importante avaliar o perfil de viagem, porque em viagens de luxo, mesmo em países com moeda mais fraca pode sair mais cara. O segredo para economizar será o planejamento” aponta Aline Soaper, educadora financeira.

Já Carlos Eduardo de Andrade, do Banco BS2, lembra que nem todo país que tem uma moeda “fraca” é sinônimo de custos baixos. Ele dá como exemplo o Japão, que a cada US$ 1 representa cerca de 160 ienes japoneses. “No entanto, o Japão é um dos países mais caros do mundo para viajar. O que acontece é que o valor expresso na moeda não é tão relevante em relação a quanto daquele dinheiro você precisa para comprar naquele país.”

Não por acaso, muitos usam o Índice Big Mac para fazer a estimativa da diferença entre o poder de compra em diferentes localidades do mundo. Isso porque ele compara o preço do famoso lanche de fast food de um determinado país com o valor dele em dólar americano. Dessa forma, é possível analisar a valorização de cada moeda: quanto mais barato o produto estiver, mais desvalorizada a divisa está em relação à moeda americano e menor é o custo das despesas locais.

Qual país tem o Big Mac mais caro do mundo? Veja a posição do Brasil

E para quem vai viajar para algum dos destinos internacionais mais buscados, conforme a pesquisa da Decolar, o E-Investidor levantou o preço do Big Mac nesses países (tabela abaixo). Vale lembrar que, em média, o lanche custa R$ 23,90 no Brasil.

Publicidade

Continue Reading

Agronegócio

Dólar alto: veja dicas para que as férias de julho no exterior não pesem tanto no seu bolso

Avatar

Published

on

By

As férias de julho já começaram para muita gente. Aos que estão com viagem ao exterior programada, a alta do dólar parece ser uma pedra no caminho. É comum ouvir que quem converte não se diverte, mas especialistas ouvidos pelo E-Investidor destacam que, sim, é possível ter gastos menos elevados e controlados com algumas dicas — seja para quem já está com as passagens em mãos ou está planejando viajar nas férias do final de ano.

Segundo um levantamento da Decolar, apesar do cenário econômico brasileiro não estar dos mais tranquilos e promissores, as buscas por viagens nacionais e internacionais para as férias de julho não caíram. Muito pelo contrário. “As buscas por viagens para as férias de julho seguem crescendo. Registramos aumento de 107% na busca por pacotes, em comparação ao mesmo período de 2023”, diz Renata Araujo, diretora de Produtos em Destino da Decolar.

Férias de julho: 6 dicas para viajar gastando pouco

Em relação ao turismo doméstico, o levantamento não surpreendeu ao mostrar destinos do Nordeste, como Recife (PE), Maceió (AL) e Porto Seguro (BA), no topo das pesquisas. Olhando para fora, Orlando, cidade da Flórida (Estados Unidos) que é ideal para viagens em família por abrigar os principais parques temáticos do mundo — estão lá Disney, Universal e SeaWorld, entre outros — aparece atrás de dois destinos da Argentina e um do Chile. Confira, abaixo, os destinos internacionais mais buscados para as férias de julho.

Publicidade

E essa preferência pelos destinos latino-americanos tem sido apontada justamente em função da alta da moeda americana, que já chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,50, enquanto o real está mais valorizado que o câmbio dos nossos países vizinhos. No entanto, as viagens internacionais costumam ser planejadas com meses de antecedência e pode ser que quem iniciou os preparativos no final do ano passado, quando o dólar estava abaixo dos R$ 5, esteja preocupado com os valores que serão desembolsados durante as férias.

A educadora financeira Aline Soaper lembra que, para quem está com as passagens e hospedagem em mãos, vale reavaliar o planejamento dos passeios, restaurantes e compras para ficar dentro do orçamento. “Para gastar menos com taxas, o ideal é usar dinheiro em espécie, cartão de conta global ou cartão pré-pago”, sugere.

Viajar com dinheiro em espécie ou cartão de crédito?

Para Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio do Banco BS2, de todas os métodos de pagamento a se adotar em uma viagem internacional — seja para os EUA ou Europa, cujas moedas estão mais valorizadas que a nossa —, a escolha menos vantajosa é o dinheiro em espécie. “Naturalmente é mais caro, devido ao custo da sua operação. Além de ser mais arriscado: se você perder a sua carteira ou tê-la roubada por algum ‘pick pocket’, corre o risco de ficar sem recursos durante a viagem. Talvez seja possível economizar com a moeda em espécie em relação ao cartão de crédito, mas será um gasto menor que não compensa o risco”, explica.

No entanto, é preciso lembrar que se de um lado a moeda em espécie pode apresentar um custo elevado assim que ela é adquirida, no caso do cartão de crédito os gastos serão embutidos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Embora o governo trabalhe para zerar esse tributo até 2028, neste ano a sua alíquota está em 4,38% sobre as compras internacionais com o cartão. E é justamente esse percentual que faz muito viajante torcer o nariz para o cartão de crédito.

Quanto custa viajar para o Chile? Veja os valores em um roteiro de 4 dias em Santiago

Apesar disso, Marcelo Scarpa, diretor executivo do Digio, banco digital que pertence ao Bradesco, esclarece que o IOF é um tributo do governo e que não é destinado à instituição financeira. “Só haverá juros do banco sobre o cartão de crédito se a fatura não for paga em dia ou houver o parcelamento dela”, afirma. Isso significa que, se a compra em si foi parcelada, não há encargos bancários sobre o valor. Porém, se o valor total da fatura não for pago, incidirão os juros.

“Há uma série de benefícios ao usar o cartão de crédito nas viagens internacionais. Caso haja algum tipo de fraude, é possível contestar o valor junto ao banco e às bandeiras [marca das empresas responsáveis pelas transações]. Os cartões ainda podem contar com programas de recompensa, como cashbacks e acúmulo de pontos”, explica Scarpa.

O executivo acrescenta que, seja qual for o destino e moeda local, todas as transações são ancoradas no dólar. Por um lado, isso facilita porque as duas principais bandeiras presentes no Brasil, Mastercard e Visa, têm uma boa aceitação na maioria dos países. Por outro, haverá a incidência da taxa de câmbio devido à conversão de uma moeda para outra. “Por exemplo, você está em um restaurante no México e tudo custou 100 pesos mexicanos. O cartão de crédito vai fazer a relação desse valor em peso mexicano para o dólar e cobrar por essa transação.”

Cartão de crédito ou conta internacional?

Outras modalidades que podem facilitar para quem vai fazer uma viagem internacional são os cartões pré-pagos e contas internacionais. No primeiro caso, que já chegou a ser a principal escolha dos viajantes, ocorre a cobrança do IOF quando o cartão for carregado.

Publicidade

Mas alguns bancos oferecem aos seus clientes a possibilidade de abrirem uma conta internacional, em que é possível fazer as transferências em real e convertê-la na moeda desejada. As taxas de uso podem variar, conforme a instituição financeira, sendo que algumas são isentas para os clientes.

No caso do Banco BS2, é oferecida uma função multimoeda que, além do dólar americano, permite que os aportes feitos em real sejam convertidos para euro, libra, dólar canadense e australiano. “Assim como é possível comprar a passagem aérea e a hospedagem parceladas, dá para ir depositando e convertendo aos poucos a moeda que será usada no destino”, explica Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio.

“E se o viajante estiver em Paris, gastando em euro, e resolver ir para Londres, em que a libra é a moeda, basta apenas ele converter o saldo que tem para o câmbio desejado. E se no meio das férias a família perceber que precisa de mais dinheiro para a viagem, basta transferir mais recursos para a conta e fazer a conversão para a moeda desejada”, completa Andrade.

Vale a pena escolher o destino internacional pelo câmbio?

Embora os nossos vizinhos latinos estejam no topo das buscas para as viagens internacionais, escolher um destino cuja moeda está mais barata que a brasileira não é sinônimo de economia. “É importante avaliar o perfil de viagem, porque em viagens de luxo, mesmo em países com moeda mais fraca pode sair mais cara. O segredo para economizar será o planejamento” aponta Aline Soaper, educadora financeira.

Já Carlos Eduardo de Andrade, do Banco BS2, lembra que nem todo país que tem uma moeda “fraca” é sinônimo de custos baixos. Ele dá como exemplo o Japão, que a cada US$ 1 representa cerca de 160 ienes japoneses. “No entanto, o Japão é um dos países mais caros do mundo para viajar. O que acontece é que o valor expresso na moeda não é tão relevante em relação a quanto daquele dinheiro você precisa para comprar naquele país.”

Não por acaso, muitos usam o Índice Big Mac para fazer a estimativa da diferença entre o poder de compra em diferentes localidades do mundo. Isso porque ele compara o preço do famoso lanche de fast food de um determinado país com o valor dele em dólar americano. Dessa forma, é possível analisar a valorização de cada moeda: quanto mais barato o produto estiver, mais desvalorizada a divisa está em relação à moeda americano e menor é o custo das despesas locais.

Qual país tem o Big Mac mais caro do mundo? Veja a posição do Brasil

E para quem vai viajar para algum dos destinos internacionais mais buscados, conforme a pesquisa da Decolar, o E-Investidor levantou o preço do Big Mac nesses países (tabela abaixo). Vale lembrar que, em média, o lanche custa R$ 23,90 no Brasil.

Publicidade

Continue Reading

Agronegócio

Dólar alto: veja dicas para que as férias de julho no exterior não pesem tanto no seu bolso

Avatar

Published

on

By

As férias de julho já começaram para muita gente. Aos que estão com viagem ao exterior programada, a alta do dólar parece ser uma pedra no caminho. É comum ouvir que quem converte não se diverte, mas especialistas ouvidos pelo E-Investidor destacam que, sim, é possível ter gastos menos elevados e controlados com algumas dicas — seja para quem já está com as passagens em mãos ou está planejando viajar nas férias do final de ano.

Segundo um levantamento da Decolar, apesar do cenário econômico brasileiro não estar dos mais tranquilos e promissores, as buscas por viagens nacionais e internacionais para as férias de julho não caíram. Muito pelo contrário. “As buscas por viagens para as férias de julho seguem crescendo. Registramos aumento de 107% na busca por pacotes, em comparação ao mesmo período de 2023”, diz Renata Araujo, diretora de Produtos em Destino da Decolar.

Férias de julho: 6 dicas para viajar gastando pouco

Em relação ao turismo doméstico, o levantamento não surpreendeu ao mostrar destinos do Nordeste, como Recife (PE), Maceió (AL) e Porto Seguro (BA), no topo das pesquisas. Olhando para fora, Orlando, cidade da Flórida (Estados Unidos) que é ideal para viagens em família por abrigar os principais parques temáticos do mundo — estão lá Disney, Universal e SeaWorld, entre outros — aparece atrás de dois destinos da Argentina e um do Chile. Confira, abaixo, os destinos internacionais mais buscados para as férias de julho.

Publicidade

E essa preferência pelos destinos latino-americanos tem sido apontada justamente em função da alta da moeda americana, que já chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 5,50, enquanto o real está mais valorizado que o câmbio dos nossos países vizinhos. No entanto, as viagens internacionais costumam ser planejadas com meses de antecedência e pode ser que quem iniciou os preparativos no final do ano passado, quando o dólar estava abaixo dos R$ 5, esteja preocupado com os valores que serão desembolsados durante as férias.

A educadora financeira Aline Soaper lembra que, para quem está com as passagens e hospedagem em mãos, vale reavaliar o planejamento dos passeios, restaurantes e compras para ficar dentro do orçamento. “Para gastar menos com taxas, o ideal é usar dinheiro em espécie, cartão de conta global ou cartão pré-pago”, sugere.

Viajar com dinheiro em espécie ou cartão de crédito?

Para Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio do Banco BS2, de todas os métodos de pagamento a se adotar em uma viagem internacional — seja para os EUA ou Europa, cujas moedas estão mais valorizadas que a nossa —, a escolha menos vantajosa é o dinheiro em espécie. “Naturalmente é mais caro, devido ao custo da sua operação. Além de ser mais arriscado: se você perder a sua carteira ou tê-la roubada por algum ‘pick pocket’, corre o risco de ficar sem recursos durante a viagem. Talvez seja possível economizar com a moeda em espécie em relação ao cartão de crédito, mas será um gasto menor que não compensa o risco”, explica.

No entanto, é preciso lembrar que se de um lado a moeda em espécie pode apresentar um custo elevado assim que ela é adquirida, no caso do cartão de crédito os gastos serão embutidos ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Embora o governo trabalhe para zerar esse tributo até 2028, neste ano a sua alíquota está em 4,38% sobre as compras internacionais com o cartão. E é justamente esse percentual que faz muito viajante torcer o nariz para o cartão de crédito.

Quanto custa viajar para o Chile? Veja os valores em um roteiro de 4 dias em Santiago

Apesar disso, Marcelo Scarpa, diretor executivo do Digio, banco digital que pertence ao Bradesco, esclarece que o IOF é um tributo do governo e que não é destinado à instituição financeira. “Só haverá juros do banco sobre o cartão de crédito se a fatura não for paga em dia ou houver o parcelamento dela”, afirma. Isso significa que, se a compra em si foi parcelada, não há encargos bancários sobre o valor. Porém, se o valor total da fatura não for pago, incidirão os juros.

“Há uma série de benefícios ao usar o cartão de crédito nas viagens internacionais. Caso haja algum tipo de fraude, é possível contestar o valor junto ao banco e às bandeiras [marca das empresas responsáveis pelas transações]. Os cartões ainda podem contar com programas de recompensa, como cashbacks e acúmulo de pontos”, explica Scarpa.

O executivo acrescenta que, seja qual for o destino e moeda local, todas as transações são ancoradas no dólar. Por um lado, isso facilita porque as duas principais bandeiras presentes no Brasil, Mastercard e Visa, têm uma boa aceitação na maioria dos países. Por outro, haverá a incidência da taxa de câmbio devido à conversão de uma moeda para outra. “Por exemplo, você está em um restaurante no México e tudo custou 100 pesos mexicanos. O cartão de crédito vai fazer a relação desse valor em peso mexicano para o dólar e cobrar por essa transação.”

Cartão de crédito ou conta internacional?

Outras modalidades que podem facilitar para quem vai fazer uma viagem internacional são os cartões pré-pagos e contas internacionais. No primeiro caso, que já chegou a ser a principal escolha dos viajantes, ocorre a cobrança do IOF quando o cartão for carregado.

Publicidade

Mas alguns bancos oferecem aos seus clientes a possibilidade de abrirem uma conta internacional, em que é possível fazer as transferências em real e convertê-la na moeda desejada. As taxas de uso podem variar, conforme a instituição financeira, sendo que algumas são isentas para os clientes.

No caso do Banco BS2, é oferecida uma função multimoeda que, além do dólar americano, permite que os aportes feitos em real sejam convertidos para euro, libra, dólar canadense e australiano. “Assim como é possível comprar a passagem aérea e a hospedagem parceladas, dá para ir depositando e convertendo aos poucos a moeda que será usada no destino”, explica Carlos Eduardo de Andrade, diretor executivo de Câmbio.

“E se o viajante estiver em Paris, gastando em euro, e resolver ir para Londres, em que a libra é a moeda, basta apenas ele converter o saldo que tem para o câmbio desejado. E se no meio das férias a família perceber que precisa de mais dinheiro para a viagem, basta transferir mais recursos para a conta e fazer a conversão para a moeda desejada”, completa Andrade.

Vale a pena escolher o destino internacional pelo câmbio?

Embora os nossos vizinhos latinos estejam no topo das buscas para as viagens internacionais, escolher um destino cuja moeda está mais barata que a brasileira não é sinônimo de economia. “É importante avaliar o perfil de viagem, porque em viagens de luxo, mesmo em países com moeda mais fraca pode sair mais cara. O segredo para economizar será o planejamento” aponta Aline Soaper, educadora financeira.

Já Carlos Eduardo de Andrade, do Banco BS2, lembra que nem todo país que tem uma moeda “fraca” é sinônimo de custos baixos. Ele dá como exemplo o Japão, que a cada US$ 1 representa cerca de 160 ienes japoneses. “No entanto, o Japão é um dos países mais caros do mundo para viajar. O que acontece é que o valor expresso na moeda não é tão relevante em relação a quanto daquele dinheiro você precisa para comprar naquele país.”

Não por acaso, muitos usam o Índice Big Mac para fazer a estimativa da diferença entre o poder de compra em diferentes localidades do mundo. Isso porque ele compara o preço do famoso lanche de fast food de um determinado país com o valor dele em dólar americano. Dessa forma, é possível analisar a valorização de cada moeda: quanto mais barato o produto estiver, mais desvalorizada a divisa está em relação à moeda americano e menor é o custo das despesas locais.

Qual país tem o Big Mac mais caro do mundo? Veja a posição do Brasil

E para quem vai viajar para algum dos destinos internacionais mais buscados, conforme a pesquisa da Decolar, o E-Investidor levantou o preço do Big Mac nesses países (tabela abaixo). Vale lembrar que, em média, o lanche custa R$ 23,90 no Brasil.

Publicidade

Continue Reading

Popular