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Agronegócio

Juros e seguro preocupam produtores do Sul

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Após o anúncio dos valores do Plano Safra empresarial para o próximo ano agrícola, entidades do Sul do país que representam o setor avaliaram que as taxas de juros ficaram acima do esperado. O possível contingenciamento ao longo do ciclo 24/25 também preocupa os produtores, já que o montante anunciado veio abaixo dos R$ 565 bilhões reivindicados pelo setor produtivo do Paraná.


As taxas de juros que serão aplicadas no Plano Safra 24/25 estão diretamente ligadas ao valor disponibilizado no orçamento do governo federal para a equalização. Para o setor produtivo, o valor ideal seria acima de R$ 20 bilhões de reais, mas o orçamento ficou em R$ 16,7 bilhões, R$ 6,3 bilhões para agricultura convencional e R$ 10,4 bilhões de reais para a agricultura familiar. Na análise da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o que efetivamente foi disponibilizado são os recursos controlados.

“No ano passado o governo anunciou R$ 435 bilhões, mas destes, foram disponibilizados efetivamente R$ 369 bilhões, ou seja, 15% a menos, e a queda foi tanto na agricultura empresarial quanto na agricultura familiar. Para a familiar foi mais, de 17%. Os recursos livres de mercado foram os que salvaram o Plano Safra, porque cresceram 31%. Já os recursos controlados pelo governo caíram 12%”, relembra Antonio da Luz, economista da Farsul.

Ele ressalta que o Plano Safra anunciado este ano precisa ser cumprido, já que acredita que o anterior não foi. “Não foi atingido em sua totalidade”, diz. Luz destaca ainda que o seguro ficou bem abaixo da necessidade do país, sobretudo depois dos mais recentes eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul.

Para a Faep, a Federação da Agricultura do Estado Paraná, os mesmos pontos também preocupam: a inconsistência no seguro rural e o teto para a equalização das taxas de juros que variam entre 8 e 12%. Em março foi encaminhado ao governo federal um pedido para que os juros ficassem entre 5 e meio até 9% para as linhas de investimento. A Federação afirma também que o volume de recursos disponibilizado é insuficiente para atender as demandas do setor.

“Ficou R$ 88 bilhões abaixo do que as entidades do Paraná solicitaram, apesar do aumento de R$ 41 bilhões em relação ao Plano Safra passado. Os juros também ficaram acima do esperado, com uma Selic que vinha em tendência de queda, agora com uma estabilidade, ainda é uma taxa muito elevada, especialmente para as linhas de investimento que tem um prazo maior, quando o produtor fica com seu crédito comprometido. E ainda, o seguro, que depois de tanta discussão, por uma ferramenta tão importante na gestão de risco, esperávamos um valor mais concreto do que foi anunciado”, declara a Ana Paula Kowalski, do departamento técnico e econômico da Faep/Senar.

Apesar do pedido de suplementação de R$ 2,1 bilhões ao governo federal para o programa de subvenção ao prêmio do seguro rural, o anúncio foi de R$ 210,9 milhões. O valor que estava previsto na lei orçamentária anual era de R$ 965,5 milhões, ou seja, em 2024 está previsto um valor de 1,16 bilhão em subvenção, pouco mais de um terço dos R$ 3 bilhões que o setor produtivo estima ser necessário.

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Agronegócio

Quais são os impostos e taxas ao investir no Tesouro Direto?

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Os títulos do Tesouro Direto estão entre os investimentos mais vantajosos para aqueles que querem segurança e rentabilidade. Por ser atrelado ao Tesouro Nacional, esses títulos públicos permitem “emprestar” dinheiro ao governo que, em troca, devolve o valor acrescido de juros.

As opções do Tesouro Direto variam conforme a rentabilidade, com títulos prefixados (ou seja, definida previamente), ligados à variação da inflação ou à taxa básica de juros (Selic). Os papéis contam ainda com diversos prazos de vencimento e fluxos de remuneração, a depender das necessidades do investidor.

Apesar de garantir rentabilidade diária, o investidor que opta pelos títulos do Tesouro Direto não recebe como remuneração exatamente 100% do valor investido. Isso porque pode haver custos incidentes sobre a operação, como impostos ou taxas.

Impostos sob o rendimento

Com isso, quem investe em títulos públicos deve pagar o Imposto de Renda (IR) no momento do resgate. O fato gerador do IR (valor que será tributado) recai apenas sobre os rendimentos obtidos no período em que o dinheiro esteve aplicado, não sobre o montante total investido.

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A cobrança sob os rendimentos é automática, sendo realizada pela instituição financeira do investidor, na hora do vencimento ou resgate.

O lado bom é que a alíquota é regressiva, ou seja, quanto mais tempo você carregar o título, menor será o imposto a ser pago. Confira abaixo os prazos com as respectivas taxas do Tesouro Direto.

22,5%, em investimentos com prazo de até 180 dias;
20%, em investimentos com prazo de 181 dias até 360 dias;
17,5%, em investimentos com prazo de 361 dias até 720 dias;
15%, em investimentos com prazo acima de 720 dias.

Além do IR, há o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que apresenta uma tributação regressiva para aplicações de até 30 dias. Caso o investidor mantenha seu título por mais de 30 dias, o IOF é zero. Confira a lista a seguir com todas as taxas do IOF:

Taxas do Tesouro Direto

Em títulos do Tesouro Direto, são cobrados dois tipos de taxas: a taxa de custódia da B3 e a taxa de administração. A primeira é cobrada semestralmente pela Bolsa, nos meses de janeiro e julho, sendo 0,20% do saldo total de suas aplicações. Mas ela também pode ser cobrada na venda antecipada e encerramento de posição.

O valor a ser pago é acompanhado diariamente. Por exemplo, se o investidor vender o título antecipadamente em agosto, após pagar a taxa em julho, deve ser pago somente o que foi obtido entre julho e agosto.

Vale ressaltar que estão isentas as aplicações de valor inferior a R$ 10 mil no Tesouro Selic. Ou seja, se o investidor possui R$ 9 mil aplicados no Tesouro Selic, não se paga nada. Mas se possuir R$ 11 mil, a taxa incidirá somente sobre o R$ 1 mil reais (0,20% x R$ 1 mil = R$ 2,00).

Já a taxa de administração é uma cobrança por parte da instituição financeira (corretora, banco ou distribuidoras de valores) para custear suas atividades. Seu valor é opcional e varia dependendo da empresa. O investidor pode encontrar a relação das instituições financeiras no site do Tesouro Direto, clicando aqui.

É importante destacar que as taxas de custódia e de administração não podem ser descontadas da base sobre a qual o IR incide.

Previsões para a economia e investimentos no Tesouro Direto

O Boletim Focus traz semanalmente projeções para a economia brasileira, podendo servir de estratégia para o investidor orientar seus investimentos no Tesouro Direto. O documento trouxe previsões, na última segunda-feira (8), para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a Selic e a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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O relatório mostrou avanço na projeção de alta do PIB, de 2,09% para 2,10% neste ano. A expectativa para o IPCA em 2024 passou de 4% para 4,02%. Em 2025, foi de 3,87% para 3,88%. Ainda de acordo com o Boletim Focus, as apostas para a Selic ao término deste ano ficou em 10,5% ao ano. Também houve manutenção do câmbio para 2024, com o dólar no patamar de R$ 5,20.

Como investir no Tesouro Direto

A escolha do investimento pode variar com o perfil do investidor. Pensando nisso, o Tesouro disponibilizou um simulador em seu site para testar qual título funciona melhor para o objetivo e o perfil de cada pessoa. O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30,00.

Com um título em mente, é preciso definir se prefere iniciar a aplicação pelo cadastro simplificado ou pelo fluxo tradicional. Na primeira alternativa, implementada em dezembro de 2022 com o nome de Cad&Pag, o usuário deve entrar no sistema do Tesouro a partir do login Gov.br. Depois, precisa selecionar o título para investir, enviar as informações pessoais e escolher uma das instituições parceiras – Banco InterÓrama e a Terra Investimentos, que passaram a liberar a opção a partir de abril deste ano. Por fim, basta realizar o pagamento do produto, que pode ser feito via Pix, desde que a pessoa seja a titular da chave.

Se a opção do investidor for pelo fluxo tradicional, o usuário deve ter uma conta em uma corretora ou banco habilitado, que será o agente de custódia. As alternativas disponíveis podem ser verificadas nesta página. Com a conta criada, a pessoa precisa entrar em contato diretamente com a instituição financeira para solicitar o cadastro e a senha de acesso ao Tesouro Direto.

O investidor então vai receber por e-mail uma senha provisória enviada pela B3, que deve ser posteriormente alterada, contendo entre 8 e 16 dígitos, com letras, números e caracteres especiais. Com o acesso à plataforma liberado, o cliente poderá escolher o valor da aplicação e efetuar o pagamento do produto, a partir do dinheiro transferido para o agente de custódia.

Dependendo da política do banco ou da corretora, os investimentos só poderão ser feitos pelo site da própria instituição financeira, mas o acesso à área exclusiva da plataforma do Tesouro Direto sempre ficará disponível para consultas complementares.

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Agronegócio

Quanto rendem R$ 1000 em LCA?

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As Letras de Crédito de Agronegócio (LCAs) são aplicações de renda fixa que ajudam a financiar o setor agro. Para entender quanto rende uma LCA, é necessário saber como ela funciona. Assim, você saberá como escolher o melhor investimento alinhado aos seus objetivos financeiros.

Esses títulos chamam a atenção dos investidores por oferecem rendimentos maiores que a poupança e também não ser taxado pelo Imposto de Renda (IR). Além disso, possuem liquidez diversa, que varia a partir da instituição financeira emissora.

O investidor que compra uma letra de crédito está, basicamente, emprestando seu dinheiro para que uma instituição pague uma “dívida”. Depois de determinado tempo, ele recebe o valor de volta acrescido dos juros. Elas ainda são “assegurados” pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que pode devolver até R$ 250 mil ao titular do ativo caso o banco ou corretora não pague o montante final no tempo estabelecido.

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Os títulos podem ser prefixados, em que o interessado sabe o valor exato que vai receber no momento da compra, e pós-fixados, que têm parte do rendimento atrelado a indicadores econômicos. Nesse caso, os indicadores podem ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Índice de Preços do Consumidor (IPCA) ou a Selic, taxa básica de juros.

A pedido do E-Investidor, Camila Moraes, planejadora financeira CFP pela Planejar, realizou simulações em relação ao rendimento de uma LCA com aplicação inicial de R$ 1000. A profissional considerou a Selic a 10,5% ao ano e um título pós-fixado que rende 100% do CDI (que tem como referência a Selic). Veja as simulações:

Rendimento de R$ 1000 em um LCA

Tempo do investimento
Valor final bruto
Rendimento total

1 mês
R$ 1.008,24
R$ 8,24

1 ano
R$ 1.105,00
R$ 105,00

3 anos
R$ 1.349,23
R$ 349,23

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Agronegócio

Calendário Econômico: Sexta-feira, 12 de julho

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Brasil

09:00: IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (mai)
09:00: IBGE: Pesquisa Industrial Mensal – Regional (mai)

Estados Unidos

09:30: Índice de preços ao produtor (jun)
11:00: Índice de confiança da Universidade de Michigan (jul) – preliminar

China

– Balança comercial (jun)

Fonte: Depec

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