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Agronegócio

7 em cada 10 brasileiros compram em sites estrangeiros

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Não é de hoje que se tem a sensação de que os grandes players estrangeiros do comércio eletrônico, em especial aqueles vindos da Ásia, dominam o e-commerce brasileiro. A concorrência com as varejistas nacionais tradicionais chamou tanto a atenção que levou a uma ofensiva do governo. As compras internacionais acima de US$ 50 terão a cobrança do Imposto de Importação (II) a partir desta quinta-feira (1º). Porém, na prática, a cobrança já estava em vigor

Agora, não restam mais dúvidas sobre esse domínio internacional nas compras online no Brasil. Pesquisa realizada pela Octadesk, empresa da LWSA (antiga Locaweb), em parceria com a Opinion Box,  mostra que 7 em cada 10 brasileiros já realizam compras em e-commerces estrangeiros. O levantamento foi obtido com exclusividade e divulgado em primeira mão pela Forbes.

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Entre os sites favoritos estão Shopee (52%), Shein (43%) e Aliexpress (39%). Mahara Scholz, head de revenue da Octadesk, explica que essa preferência dos brasileiros pelos sites internacionais tem a ver com o comportamento do consumidor. Segundo ela, o brasileiro é moldado pela dinâmica de mercado e pelas novas tecnologias.

“Isso tem a ver com o que o consumidor espera como experiência no momento de compra”, diz. Mahara afirma que o brasileiro quer resultado rápido, encontrando com facilidade o produto desejado, a qualquer hora do dia, em seu site de preferência, onde as escolhas estão personalizadas. 

“A personalização, a facilidade e a agilidade de encontrar o que o consumidor quer são as grandes tendências no atendimento de compras online”, diz a executiva.

Nova era do e-commerce

Essa matemática quase impossível – que envolve tecnologia, logística, atendimento e produtos – tende a ganhar ainda mais força. É o que mostram os dados do estudo E-commerce Trends 2025, que antecipa as tendências do setor para o próximo ano.

Segundo o levantamento, 88% dos brasileiros, quase 9 em cada 10, devem fazer compras online ao menos uma vez por mês. O resultado observado superou as expectativas para este ano. As projeções de 2023 indicavam que esse percentual era levemente inferior, de 85%. 

Desses, 60% dos consumidores pretendem continuar comprando por meio do comércio eletrônico, sendo que 15% querem aumentar as compras pelo e-commerce. As lojas virtuais (65%) e os marketplaces (60%) são os canais preferidos, seguidos pelos aplicativos próprios das lojas (54%). 

Para 73% dos consumidores, o smartphone é o meio preferido para realizar as compras, o que mostra que conectividade e conveniência são facilidades que o consumidor tem buscado cada vez mais. “Isso, juntamente com os demais dados da pesquisa como frete grátis, preços mais baixos e prazo de entrega, mostra uma mudança estrutural nos hábitos de consumo”, diz Rodrigo Ricco, fundador e diretor-geral da Octadesk. 

Briga de gigantes

Assim, entender o perfil do consumidor brasileiro é fundamental para as empresas que atuam no setor manterem-se competitivas. É assim que as tradicionais varejistas brasileiras como Casas Bahia, Magazine Luiza e Americanas – e até mesmo as gigantes Mercado Livre e Amazon, do bilionário Jeff Bezos – devem agir para não ficarem para trás. 

“Em vez de perguntar o que as empresas querem, é importante olhar como o consumidor quer ser atendido”, diz Mahara, head de revenue da Octadesk. 

Até porque o mercado doméstico de e-commerce está aquecido e ainda tem muito espaço para crescer, apesar da taxação de compras internacionais. Para a Octadesk, essa iniciativa pode trazer mais diversidade e competitividade ao setor, desde que mantenha as condições de jogo do mercado atual.

No entanto, a perda de competitividade das varejistas online nacionais em relação ao e-commerce estrangeiro vai além de taxas de importação e outros tributos. Tem a ver com o próprio modelo brasileiro de vendas online, mais voltado para o computador (desktop). Além disso, também está relacionado aos gargalos de infraestrutura no Brasil e ao déficit tecnológico, o que reduz a eficiência do negócio.

Ainda assim, o Brasil já é o décimo maior mercado de compras online do mundo. Conforme dados do Observatório do Comércio Eletrônico, as compras online no país (intra e interestadual) cresceram quase 20% em 2022 (dado mais atualizado) em relação a 2021, com o faturamento bruto passando de R$ 156 milhões para R$ 187 milhões no período.

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Shopee e Shein faturaram mais de R$ 10 bilhões só no Brasil em 2021, superando as empresas tradicionais. Três anos depois, em 2024, mais uma gigante asiática chega ao Brasil para acirrar a competição no e-commerce. Trata-se da Temu, marketplace pertencente à Pinduoduo.

E outra chinesa é esperada com ansiedade por aqui. Ainda sem previsão, o TikTok Shop também deve iniciar operações no Brasil em breve.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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