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Empresas da União Europeia brecam avanços em seus relatórios ESG

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A Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa da União Europeia (European Union’s Corporate Sustainability Reporting Directive, CSRD, na sigla em inglês) estabeleceu um padrão para as empresas relatarem os impactos climáticos, incluindo emissões de gases de efeito estufa e outras políticas ambientais. A primeira fase da CSRD exige que a elaboração de relatórios comece em 2025. No entanto, a implementação da diretiva deve primeiro ocorrer em nível nacional. Até o dia 6 de julho, apenas oito estados membros da UE haviam promulgado a CSRD.

Inicialmente proposto em abril de 2021, a CSRD aumenta os requisitos de comunicação existentes para as empresas que operam na UE. A diretiva proposta substituiu a Diretiva de Relatórios Não Financeiros (NFRD), aumentando a transparência e a responsabilidade das empresas em relação aos impactos ambientais, sociais e de governança (ESG). Ou seja, os novos requisitos de relatórios vão além dos relatórios financeiros tradicionais. Vale registrar que informações mais detalhadas e padronizadas interessam aos investidores, mas também aos consumidores ao facilitar a comparação entre empresas e setores, promovendo práticas sustentáveis.

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A elaboração dos requisitos reais de reporte a serem utilizados pelas empresas ao abrigo da CSRD foi delegada ao Grupo Consultivo Europeu de Relato Financeiro (EFRAG). O grupo concluiu o primeiro conjunto de Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade, entre junho de 2021 a abril de 2022. Os ESRS (European Sustainability Reporting Standards) propostos ficaram abertos a comentários públicos de abril a agosto de 2022. A primeira ronda de ESRS foi adotada pela Comissão Europeia em julho de 2023, entrando em vigor no dia 1º de janeiro de 2024, para relatórios arquivados em 2025.

Embora a CSRD tenha sido adotada para toda a UE, a promulgação deve ocorrer por meio de legislação adotada pelos Estados-Membros. Quando uma diretriz é inserida no diário oficial, ela inicia um tique-taque. Os Estados-Membros têm então um determinado período de tempo para aprovar a legislação. Para o CSRD, esse prazo era 6 de julho.

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No entanto, de acordo com o Ropes & Gray EU CSRD Transposition Tracker, que é um rastreador dessas atividades, apenas nove dos 27 estados membros da UE adotaram legislação que implementa o CSRD. Dois dos três estados da Associação Europeia de Comércio Livre do Espaço Econômico Europeu também adotaram a CSRD.

A implementação da CSRD pelos Estados-Membros e pelos Estados da EFTA, membros do EEE, ocorre em fases, dependendo da legislação nacional. Normalmente, começa com uma fase de consulta, onde uma proposta inicial é publicada e as partes interessadas são convidadas a fornecer feedback. Quatro países ainda estão em fase de consulta: Croácia, Chipre, Polônia e Espanha.

Após a fase de consulta, a legislação começa a ser analisada para a adoção pela autoridade nacional competente. Oito países iniciaram esse processo legislativo: Bulgária, República Tcheca, Estônia, Itália, Letônia, Luxemburgo, Países Baixos e Eslovênia.

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Finalmente, quando a legislação é adotada, ela se torna uma lei nacional. Nove estados membros da UE implementaram a CSRD: Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Irlanda, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Suécia. No EEE EFTA, o Liechtenstein e a Noruega também o fizeram. Isso deixa cinco estados membros da UE e um estado da EFTA do EEE que não iniciaram o processo. Na UE: Áustria, Bélgica, Alemanha, Grécia, Malta e Portugal. No EEE EFTA: Islândia.

Para as empresas que operam nesses países, isto pode causar confusão quanto à necessidade de cumprir essas leis. No entanto, ao contrário da regra de divulgação relacionada com o clima da Comissão de Valores Mobiliários, dos EUA, que foi adiada devido a ações legais, a CSRD é a lei da UE. A menos que a próxima liderança da UE inverta o curso das normas de reporte, todos os Estados-Membros terão de implementar a diretiva ou enfrentarão sanções.

O fato é que parece improvável que a UE revogue completamente a CSRD. É mais provável que seja adiado ainda por um tempo, para permitir a conformidade nacional de todos os países do bloco.

Confira os principais aspectos da CSRD:

 A CSRD se aplica a um número maior de empresas em comparação com a NFRD, incluindo grandes empresas e listadas em mercados regulados da UE, bem como pequenas e médias empresas listadas (exceto microempresas).
As empresas devem fornecer informações detalhadas sobre suas políticas de sustentabilidade, resultados, riscos e oportunidades relacionadas a questões ESG.
A CSRD introduz os ESRS, desenvolvidos pela EFRAG (European Financial Reporting Advisory Group), que estabelecem critérios claros e consistentes para os relatórios de sustentabilidade.
As informações de sustentabilidade devem ser auditadas por terceiros, garantindo a precisão e a confiabilidade dos relatórios.
A CSRD está alinhada com outras iniciativas da UE, como o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR) e a Taxonomia da UE para Finanças Sustentáveis, criando um quadro coerente para a sustentabilidade corporativa.

*Jon McGowan é colaborador da Forbes EUA. É advogado em temas de negócios e sustentabilidade para empresas, conselhos, organizações e governos. Texto adaptado e editado por Forbes Agro.

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Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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