Agronegócio
Circuit Breaker na Bolsa: entenda como o mecanismo impacta o mercado
Em tempos de turbulência econômica, o termo circuit breaker surge com frequência nas discussões sobre o mercado financeiro. Este mecanismo, parte essencial do sistema de segurança da Bolsa de Valores brasileira (B3), visa proteger os investidores de oscilações bruscas e descontroladas.
O que é o Circuit Breaker?
O circuit breaker é uma ferramenta que interrompe todas as negociações na B3 quando o mercado apresenta quedas atípicas e generalizadas. Seu objetivo principal é proporcionar uma pausa estratégica para que investidores e gestores possam respirar e reavaliar suas decisões em um ambiente menos caótico.
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A suspensão das operações na bolsa visa resguardar os investidores contra a instabilidade do mercado e equilibrar as ordens de compra e venda dos investidores.
Após esse intervalo, espera-se que as quedas sejam atenuadas e que a bolsa retome suas atividades de forma regular. Contudo, é importante ressaltar que esse mecanismo pode ser acionado novamente caso a desvalorização das ações continue.
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Este mecanismo ganhou notoriedade em março de 2020, quando foi acionado seis vezes em apenas um intervalo de oito pregões devido às intensas quedas provocadas pela pandemia de COVID-19.
Quando o Circuit Breaker é acionado?
Conforme explicamos nesta reportagem, existem três níveis de queda do índice Ibovespa que acionam o circuit breaker:
Queda de 10%: Quando o Ibovespa, índice que reúne as 64 principais ações da bolsa, cai 10% em relação ao fechamento do dia anterior, as negociações são interrompidas por 30 minutos, momento em que acontece o primeiro circuit breaker.
Queda de 15%: Se, após a reabertura, a queda atingir 15%, as operações são suspensas novamente, porém, dessa vez a pausa dura uma hora.
Queda de 20%: Se a desvalorização continuar e chega a 20%, o pregão é interrompido por um período definido internamente pela B3. Esse tempo de pausa é informado aos investidores posteriormente.
Por que o Circuit Breaker é importante?
É importante notar que o acionamento do circuit breaker não ocorre devido à queda nas ações de uma empresa isolada, independentemente de sua importância, mas sim por um evento que afete o mercado de ações como um todo.
Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, ressalta que o circuit breaker é disparado por uma oscilação significativa de um índice abrangente, refletindo uma situação macroeconômica. “Quando um índice formado por 64 papéis tem uma oscilação de 10%, isso não pode ser normal: é algo macro, e não micro”, explica Moliterno ao E-Investidor.
Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, destaca a importância do circuit breaker no contexto das finanças comportamentais. Segundo ela, em momentos de pânico, os investidores tendem a agir irracionalmente, vendendo ações precipitadamente, o que pode causar uma espiral de desvalorização.
O circuit breaker auxilia os investidores a recuperarem a calma e a clareza. “O investidor em pânico quer fazer liquidez a qualquer custo, mesmo quando o preço das ações cai abaixo do valor patrimonial, em uma bola de neve que deteriora o valor de mercado das empresas”, afirma Simone.
Como funciona o Circuit Breaker
As corretoras e gestoras de investimentos estão constantemente de olho nos índices das Bolsas mundiais, como Nasdaq, Dow Jones e Standard & Poor’s, além de acompanhar as notícias e indicadores futuros.
Essa vigilância permite prever cenários de turbulência com antecedência, para não pegar ninguém de surpresa. “Acompanhamos o mercado em tempo real e ficamos de olho nos índices das Bolsas mundiais”, explica Andréa Abreu, head de assessoria e mesa de operações da Toro Investimentos. “As notícias e os indicadores futuros nos ajudam a prever cenários.”
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Essa mensagem é comunicada de forma ágil para os demais setores da corretora. Frequentemente, os clientes que possuem uma maior exposição ao risco, devido à composição de seus portfólios, são avisados diretamente também.
Sendo assim, o circuit breaker é uma medida essencial para garantir a estabilidade e a segurança do mercado financeiro. Ao proporcionar uma pausa em momentos de extrema volatilidade, ele protege os investidores e ajuda a evitar decisões precipitadas, mantendo a integridade do mercado.
Colaborou: Gabrielly Bento.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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