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Ibovespa hoje: índice ignora NY e fecha acima de 127 mil pontos com apetite por risco

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O Ibovespa hoje registrou a sua segunda sessão de alta de agosto, amparado por um clima de maior apetito ao risco, enquanto declarações do vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, tranquilizaram o mercado. Nesta quarta-feira (7), a principal referência da B3 terminou o dia em valorização de 0,99% a 127.513,88 pontos — patamar bem próximo da máxima do pregão, de 127.517,18 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,1 bilhões.

Para Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital, o temor generalizado, que assolou os mercados na segunda-feira (5) e fez as principais Bolsas globais caírem, passou. “Parece que o receio do início da semana foi superado. O índice japonês também fechou em alta durante a madrugada, recuperando-se das perdas anteriores. E, aqui no Brasil, trabalhamos acima dos 127 mil pontos, o que é positivo”, afirma.

O que também ajudou a animar o mercado nesta quarta-feira foram as declarações de Uchida, do BoJ. Em discurso para líderes empresariais na ilha de Hokkaido, no Japão, o dirigente disse que a instituição não aumentará as taxas de juros novamente enquanto os mercados estiverem instáveis. “Em contraste com o processo de aumentos nas taxas de juros na Europa e nos Estados Unidos, a economia do Japão não está em uma situação em que o banco pode ficar para trás se não aumentar a taxa de juros em um determinado ritmo”, destacou.

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O real e seus pares latino-americanos foram beneficiados por nova rodada de queda do iene, após as falas de Uchida. A moeda americana encerrou o pregão em baixa de 0,57% a R$ 5,6250, em sintonia com a diminuição da aversão ao risco no exterior, refletida na estabilização do VIX (Volatility Index em inglês), conhecido como “termômetro do medo”. Após atingir o maior nível desde 2020 na segunda-feira, o índice terminou a sessão desta quarta-feira em 27,85 pontos, abaixo do patamar de 30 pontos, que sinaliza uma turbulência extrema no mercado.

Em Nova York, os mercados acionários fecharam em queda, após perderem forças próximo ao fim do pregão. Nasdaq caiu 1,05%, enquanto Dow Jones e S&P 500 cederam 0,60% e 0,77%, respectivamente. Entre os destaques na sessão, a Super Micro Computer (SMCI) despencou 20,14%, um dia após informar lucro aquém da expectativa do mercado. Na esteira, Nvidia (NVDA) recuou 5,12%, acompanhada de pares do setor de chips semicondutores, entre eles, Broadcom (AVGO) e Intel (INTC), que caíram 5,30% e 3,65%, respectivamente.

Na Bolsa brasileira, o vértice positivo foi liderado por ações cíclicas, que se beneficiaram da queda dos juros futuros em boa parte da sessão. Dois papéis do setor financeiro também ajudaram a manter o índice no campo positivo: o BTG Pactual (BPAC11), que encerrou em alta de 3,93%, e o Itaú (ITUB4), que subiu 0,27%, após reportar lucro líquido gerencial de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 15,2% em relação ao mesmo intervalo de 2023.

“Esta semana é intensa para a temporada de resultados, o que pode trazer um pouco mais de volatilidade para a Bolsa. No geral, as empresas têm reportado balanços acima do esperado, tanto nacional quanto internacionalmente. Esperamos que a alta continue de forma consistente, especialmente se a curva de juros se mantiver mais baixa”, reforça Pletes, da Faz Capital.

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Localiza (RENT3) e Pão de Açúcar (PCAR3).

CVC (CVCB3): 9,94%, R$ 1,88

As ações da CVC (CVCB3) lideraram os ganhos do Ibovespa no pregão e terminaram o dia em alta de 9,94% a R$ 1,88, impulsionadas pelo cenário de maior apetite por risco. “Agora amenizou o pavor exagerado do mercado sobre uma recessão nos Estados Unidos, por isso o cenário alivia, os juros futuros caem e os papéis mais sensíveis ao ativo avançam”, diz o diretor de Renda Variável da Fami Capital”, Gustavo Bertotti.

A CVCB3 está em alta de 3,3% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 46,29%.

Localiza (RENT3): 9%, R$ 48,55

Quem também se saiu bem no pregão foi a Localiza (RENT3), que registrou uma valorização de 9% a R$ 48,55. Os papéis foram beneficiados pelo recuo dos juros futuros na sessão.

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A RENT3 está em alta de 10,77% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 22,41%.

Pão de Açúcar (PCAR3): 8,42%, R$ 3,09

Outro papel de destaque positivo foi o Pão de Açúcar (PCAR3), que encerrou em alta de 8,42% cotado a R$ 3,09. Embora a empresa tenha registrado prejuízo líquido de R$ 332 milhões no segundo trimestre do ano, o resultado foi 21,9% melhor do que o apresentado um ano antes. Para o Citi, os números no período reforçaram o “processo assertivo da reviravolta da gestão”.

A PCAR3 está em alta de 16,6% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 23,89%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Weg (WEGE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11).

Weg (WEGE3): -1,33%, R$ 48,32

As ações da Weg (WEGE3) registraram a principal queda do dia, encerrando o pregão em baixa de 1,33% a R$ 48,32. Investidores optaram por tomar mais risco na sessão, em detrimento de papéis considerados mais “defensivos”, como os da companhia.

A WEGE3 está em baixa de 4,26% no mês. No ano, acumula uma valorização de 32,82%.

Banco do Brasil (BBAS3): -1,31%, R$ 26,3

Entre os destaques negativos do índice, estiveram os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), que fecharam em baixa de 1,31% a R$ 26,3. “A queda do BB, mais forte desde cedo, pode ser causada pela expectativa com a qualidade dos resultados do 2T24, que saem nesta quarta, com expectativa de provisões elevadas para cobrir possíveis inadimplências do setor rural, além de um salto nas despesas administrativas”, explicou Inácio Alves, analista da Melver, ao Broadcast. O banco divulga seu balanço do segundo trimestre após o fechamento do mercado.

A BBAS3 está em baixa de 0,94% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 1,83%.

Santander (SANB11): -0,77%, R$ 28,17

As ações do Santander (SANB11) também sofreram no Ibovespa hoje, finalizando a sessão em queda de 0,77% a R$ 28,17. No entanto, nenhuma notícia específica sobre a instituição foi monitorada pelos investidores durante o pregão.

A SANB11 está em baixa de 1,68% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 9,6%.

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*Com Estadão Conteúdo

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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