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Agronegócio

Mundo precisa de um Brasil a mais em terra cultivada até 2030, diz sócio da McKinsey

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

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Nelson Ferreira, sócio da McKinsey & Company, líder global da McKinsey Agribusiness Service Line

Qual a quantidade de terras que o mundo precisa para suprir toda a sua necessidade de aumento na produção pecuária, de alimentos e de biocombustíveis, de forma sustentável? “A gente fez essa conta”, disse o engenheiro Nelson Ferreira, sócio da McKinsey & Company, líder global da McKinsey Agribusiness Service Line. A consultoria deve apresentar ainda neste mês de agosto um estudo exclusivo sobre o setor, como faz a cada dois anos, no Brasil em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Em 2022, o tema do estudo foi “A mente do agricultor brasileiro”.

A pesquisa 2024, feita em nove países com 4.500 produtores rurais e 1,5 milhão de dados coletados, deve mostrar uma análise de três cenários, um deles justamente sobre o uso da terra. “A necessidade de terras será da ordem de 70 a 80 milhões de hectares até a década até 2030, e em um cenário mais extremo pode chegar a 100 milhões de hectares”, afirmou Ferreira. “A diferença entre esses números é dada muito em função de quantos eventos extremos climáticos teremos até o final da década. Infelizmente isso tem se intensificado, como vivenciamos no Rio Grande do Sul esse ano, e infelizmente teremos outros no mundo até 2030.

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Em uma comparação da ordem de grandeza, de 70 milhões a 80 milhões de hectares, atualmente o Brasil está próximo de uma área plantada de 90 milhões de hectares. Ou seja, o mundo vai precisar de um Brasil de área plantada em novas terras até o fim da década. “É muita coisa. Por outro lado, historicamente, desde a década de 1930, a cada década o mundo tem colocado uma quantidade de terras parecida com essa”, disse Ferreira.

Para ele, em termos numéricos, esse não é o problema. “O problema é que no passado a grande fonte de adoção de terras para a humanidade era através de supressão vegetal, do desmatamento. Agora, pelo contrário, nós precisamos reflorestar”, diz.

Para suprir a necessidade de terras serão necessárias outras alavancas e o estudo listou 10 ações de aceleração para os setores público e privado, divididas em alimentos, combustível e capital natural.

Alavancas em Alimentos:
1- Restaurar terras degradadas
2 – Ampliar as práticas com maior produtividade (como irrigação de precisão, segunda safra)
3 – Expandir o acesso e a adoção de insumos
4 – Investir e apoiar abordagens de uso da terra para mais de um propósito
5 – Reduzir o desperdício de alimentos e produção

Alavancas em combustível:
6 – Incentivar a implantação em escala de culturas energéticas
7 – Apoiar tecnologias que atendam a demanda por combustível

Alavancas em capital natural:
8 – Assegurar compromissos do setor privado para evitar desmatamento
9 – Conservar terras em “hotspots”
10 – Assegurar fontes adicionais de receita para incentivar a conversão de áreas degradadas em florestas

“A primeira alavanca, e ela está em primeiro não por acaso, é a restauração de terras degradadas. É um lugar em que o Brasil pode ser uma vanguarda importante”, diz Ferreira. “Temos hoje mais de 100 milhões de hectares de terras degradadas nas diferentes modalidades. A Argentina é um país que também tem muita terra degradada e depois tem a África Subsaariana.”

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Em todo o mundo, a área de terras degradadas que podem ser recuperadas é da ordem de 500 milhões de hectares. “Por isso que o número de 100 milhões não assusta. Mas a recuperação dessa terra degradada é muito mais desafiadora do que obviamente uma terra já polutiva. E esse pode ser um grande papel do Brasil daqui para frente, de como customizar e acelerar a recuperação de terra degradada”, afirma o executivo.

“Diria que a mesma revolução que aconteceu no Cerrado do Brasil, nas décadas de 70, 80, 90, e que hoje é o motor de grande parte da economia brasileira, a gente vai ver nos próximos 5 a 10 anos outra para recuperar essa terra degradada nas diferentes modalidades agronômicas.”

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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