Connect with us

Agronegócio

Cemig (CMIG4) e mais 4 empresas que devem pagar os melhores dividendos no 2º semestre

Avatar

Published

on

Somente no primeiro semestre deste ano, as empresas listadas desembolsaram R$ 147 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), segundo dados levantados por Einar Rivero, do Elos Ayta. O montante é bastante relevante e supera os R$ 144 bilhões distribuídos no primeiro semestre de 2022, ano em que houve um pagamento de dividendos recorde. Naquele exercício, as empresas repassaram R$ 387 bilhões em proventos, volume impulsionado pelo “superdividendo” da Petrobras (PETR3; PETR4).

Vale lembrar que dividendos são parte do lucro das empresas dividido entre os acionistas. Os juros sobre capital próprio (JCP) também remuneram os investidores, mas esse mecanismo reduz o lucro tributável das companhias, resultando em um pagamento menor de impostos.

Governo pode elevar tributação do JCP para 20%. O que os investidores pensam disso?


Para Rafael Schmidt, operador de renda variável da One Investimentos, uma das explicações para a soma expressiva em dividendos e JCPs neste ano está nos balanços financeiros das companhias, que vieram melhores do que o esperado no primeiro trimestre e continuam surpreendendo no seguinte. Os últimos resultados devem sair nesta quinta-feira (15). “Essa temporada de resultados tem sido espetacular. No setor financeiro, Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Santander (SANB11), BTG Pactual (BPAC11), XP (XPBR31), todos têm soltado resultados excelentes”, diz Schmidt. “Com empresas gerando mais caixa, e com mais caixa sobrando, você tem mais dividendos para distribuir.”

O raio X dos dividendos em 2024

O volume de dividendos e JCP pagos neste ano também parece estar menos concentrado em grandes players do que em 2022. Naquela época, 55,6% da distribuição do primeiro semestre foi feita por Petrobras e Vale (VALE3) – veja mais aqui e aqui. Já no primeiro semestre de 2024, até o momento, esse porcentual atrelado às duas gigantes foi de 45,38%.

Na visão de Laís Martins, sócia da Fundamenta Investimentos, outro movimento explica esse panorama. “Provavelmente há um efeito relevante de antecipação de dividendos por parte das companhias por conta da possível tributação de dividendos em estudo no governo”, diz Martins. De qualquer forma, para frente a expectativa é positiva em relação a dividend yield (DY, porcentual pago pelas empresas em dividendos em comparação ao valor da ação). “Há boas perspectivas no setor de bancos, por exemplo, e em empresas com boa geração de caixa”, afirma a especialista da Fundamenta Investimentos.

Leia mais: Após lucro recorde dos bancos nos balanços do 2º tri, qual deles será o melhor pagador de dividendos?

A plataforma Meu Dividendo, especialista em antecipação de proventos, projeta que a distribuição de dividendos em 2024 poderá bater o recorde de 2022. “A partir da análise do pagamento de proventos nos últimos sete anos, constatamos que, estatisticamente, 54% do total de proventos é geralmente pago no segundo semestre, o que sugere que esse pode vir a ser o ano com maior distribuição de proventos já registrado na B3“, afirma em nota a empresa de dados ao E-Investidor.

Publicidade

Na segunda metade do ano, contudo, a distribuição de JCPs deve ganhar os holofotes. Isto porque, a partir de dezembro do ano passado, por determinação do Congresso Nacional, os juros sobre capital próprio só poderão ser distribuídos dentro do ano corrente. E neste primeiro semestre, o foco ficou com o pagamento de dividendos relacionados ao exercício de 2023.

Apesar de ser tentador ver o dinheiro “pingar na conta”, Lis Grassi, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital, aconselha os investidores a não se deixaram seduzir somente por elevados dividend yields. “Se o foco são os dividendos, devem investir em empresas mais estáveis, de setores perenes, cujos resultados não oscilam tanto de acordo com a economia do País”, afirma Grassi.

Veja as melhores apostas para ganhar renda passiva no segundo semestre, segundo analistas da Ágora Investimentos, Nord Research, EWZ Capital, One Investimentos, Fundamenta Investimentos e Trígono Capital.

As melhores ações para ganhar dividendos no segundo semestre

Vale e Petrobras: as rainhas dos dividendos

A Vale e a Petrobras ainda figuram entre as principais recomendações quando o assunto são dividendos. Henrique Castiglione, CEO da EWZ Capital, aponta as duas empresas como as grandes campeãs dos proventos no segundo semestre e no acumulado do ano.

Segundo Castiglione, a Vale deve continuar a se beneficiar dos preços do minério de ferro e manter uma política de dividendos estável. “Com expectativa de continuidade na geração de caixa, a empresa é vista como uma das principais pagadoras de dividendos no setor de mineração”, diz o CEO. Já a Petrobras deve seguir se beneficiando dos preços do petróleo mais altos no exterior. “Com políticas de dividendos consistentes, a Petrobras deve continuar sendo uma das maiores distribuidoras de dividendos no segundo semestre”, afirma.

Petróleo dispara com tensão no Oriente Médio. Dá para ganhar dinheiro com a commodity?

A Ágora Investimentos mantém a mineradora na sua Carteira de Dividendos, com expectativa de um DY de 9,5% em 2024. A casa destaca que a empresa apresentou um desempenho financeiro sólido no ano, com lucro líquido R$ 22,9 bilhões no primeiro semestre do ano, acima dos R$ 14,4 bilhões do mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 20,2 bilhões no segundo trimestre e R$ 37,8 bilhões no acumulado do semestre.

“Destacamos que a empresa apresentou um desempenho sólido, com os volumes de produção de minério de ferro na Usina S11D atingindo um nível recorde pelo segundo trimestre consecutivo”, diz a Ágora, em relatório.

Publicidade

A Nord também aposta na Vale como uma das campeãs de dividendos no segundo semestre de 2024, com DY projetado para 10% no acumulado do ano. “A política de proventos atual determina uma distribuição mínima de 30% do Ebitda ajustado menos investimento corrente. A depender dos resultados e fluxo de caixa, a Vale ainda pode distribuir dividendos extraordinários e elevar ainda mais seu rendimento”, diz a Nord, em relatório.

Itaú lidera em DY no setor de bancos

No setor de bancos, a grande referência são as ações ordinárias do Itaú (ITUB3; ITUB4). A Nord, assim como os especialistas da EWZ, da One e Fundamenta Investimentos, destacam a instituição financeira como uma das grandes pagadoras de dividendos do segundo semestre.

As falas do CEO do Itaú sobre o pagamento de dividendos extraordinários animaram os investidores. “O Itaú voltou a ser uma excelente opção quando o assunto é recebimento de dividendos. Apesar de já ter pago um ótimo provento no primeiro semestre de 2024, tudo leva a crer que o banco não se contentará apenas com os JCPs mensais”, diz a Nord, em relatório. Somente no primeiro semestre de 2024, o DY do banco ficou em 7,5%, de acordo com a casa.

Confira também: Quando o Banco do Brasil (BBAS3) vai pagar os próximos dividendos?

Castiglione, da EWZ, também vê o ativo como atraente em relação a dividendos. “A empresa se beneficia de uma base de clientes ampla e de sua gestão eficiente”, diz. O preço-alvo dos papéis está em R$ 45. No segundo trimestre de 2024, o banco registrou lucro líquido de R$ 9,8 bilhões, 16% superior ao registrado no mesmo período do ano passado – confira nesta reportagem.

Telefônica Brasil pode pagar até 100% do lucro em dividendos

A Ágora Investimentos e a Nord Research apostam na Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, para o recebimento de bons dividendos. A expectativa é de um DY superior a 7% em 2024. “A Vivo tem mostrado excelente desempenho no segmento móvel, capturando uma boa parte das adições líquidas e aumentando o receita média por usuário”, diz a Ágora, que possui recomendação de compra para VIVT3, com preço-alvo de R$ 59 – alta de 16% em relação ao patamar da última quinta-feira (15). “No primeiro trimestre de 2024, a Vivo registrou o maior crescimento de receita de serviços móveis entre os três principais players (Oi e Tim)”, afirma a casa.

Leia mais: Telefônica e Tim (TIMS3) engordam dividendos e brilham na Bolsa

Outro ponto que chama a atenção diz respeito à decisão da Vivo, no início deste ano, de manter o pagamento de dividendos próximo a 100% do lucro líquido anual até 2026. No primeiro semestre de 2024, o resultado foi de R$ 2,1 bilhão, alta de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. “Apesar do dividend yield relativamente baixo no primeiro semestre (4,1%), a Telefônica Brasil tem tudo para entregar um excelente rendimento em 2024 e nos próximos anos”, aponta a Nord, em relatório. “A remuneração da empresa ainda contará com programas de recompra de ações”, afirma – menos ações em circulação significa maior lucro por ação.

Cemig é aposta para renda passiva

As companhias elétricas não podem ficar de fora. A Cemig (CMIG4) é vista pela Ágora Investimentos como uma boa oportunidade, pois a estatal mineira opera tem sido muito bem administrada e com espaço para aumento dos dividendos distribuídos em 2024. A venda da participação de 45% na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões para a Vale deve gerar um rendimento de dividendos adicional de 3%. No total, o DY da empresa deve girar em torno de 10,5% no ano.

“Lembramos que pode haver uma segunda etapa de aumento de dividendos se a Cemig negociar com sucesso uma redução de sua provisão de plano de saúde no segundo semestre de 2024, o que implicaria um rendimento adicional de quase 2%, levando o total de 2024 para quase 13%”, diz a Ágora, em relatório. “Isso tornaria o DY da Cemig o mais alto de nossa cobertura.”

Especial: As elétricas mais recomendadas para dividendos em 2024

Martins, sócia da Fundamenta Investimentos, e Werner Roger, sócio e diretor de investimentos da Trígono Capital, também apontam a Cemig como uma das principais pagadoras de dividendos do segundo semestre. Vale lembrar que a empresa tem caixa previsível e anunciou, na última quarta-feira (14), R$ 1,42 bilhão em proventos extraordinários. A surpresa fez os papéis fecharem a sessão com a maior alta do Ibovespa, de 7,84%, para R$ 11,97.

O BTG Pactual (BPAC11) projeta que a Cemig pode distribuir até R$ 4,47 bilhões em dividendos em 2024, o que representa um dividend yield de 14%.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular