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Agronegócio

Taesa (TAEE11): ações caem nesta sexta-feira; veja motivos para vender papel

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As ações da Taesa (TAEE11) operam em queda no pregão desta sexta-feira (16), mesmo com a boa fase do Ibovespa, que caminha para a nona alta seguida, com analistas apontando até mesmo para a recomendação de venda dos papéis da empresa elétrica. Por volta das 11h06min (de Brasília), as ações units da Taesa subiam 0,14%, a R$ 34,69. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,36%, a 134.638,66 pontos.

Na visão de Rafaela Vitória e André Valério, economistas do Inter, o mercado caminha para mais um dia positivo devido ao maior apetite ao risco do investidor estrangeiro, que está precificando cortes de juros nos EUA e a questão de uma não interferência do governo no Banco Central.

“Imaginamos que o movimento esteja associado a expectativa de corte de juros nos EUA. Além disso, a sinalização de menor interferência do governo no BC tb tem reduzido um pouco do ruído, o que ajuda quando o investidor está mais disposto ao risco”, apontam Rafaela Vitória e André Valério.

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Já a Guide Investimentos comenta que indicadores moderados de inflação, juntamente com números sólidos de vendas no varejo e pedidos de desemprego, tranquilizaram os investidores em relação ao risco de uma recessão. Esse fase acabou sugerindo que a maior economia do mundo está se aproximando de um cenário econômico estável, conhecido como “cachinhos dourados”.

Todo esse otimismo do mercado ocorre em uma semana que a Taesa divulgou o seu resultado trimestral. A empresa reportou um lucro líquido regulatório de R$ 294 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 22,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o lucro aconteceu devido a uma melhora nos custos operacionais, resultado financeiro, além do imposto de renda e contribuição social.

Segundo a equipe do BTG Pactual, a Taesa entregou um “resultado suave” neste trimestre. Os analistas comentam que a receita de R$ 580 milhões ficou 2% abaixo das expectativas do banco, que era de R$ 592 milhões. “Os números foram impactados pela deflação medida pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M), que é o indicador utilizado pela empresa para reajustar os seus contratos”, explicam João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende, que assina o relatório do BTG.

Os especialistas comentam também que a geração de caixa da empresa, medida pelo Ebitda, ficou com R$ 485 milhões, próximo dos R$ 492 milhões esperados pelo banco de André Esteves. Já a Genial Investimentos comenta que não achou o resultado ruim, mas lembrou o alto endividamento da companhia, que está em 4 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda. O número está 0,2 vezes acima da média dos pares, que costumam pagar bons dividendos.

“Com relação aos custos e despesas, houve uma redução de 3,7%, totalizando R$ 94 milhões, explicado por uma ligeira redução na contratação de serviços de terceiros. O resultado financeiro totalizou menos R$ 202 milhões, 17,6% abaixo da comparação anual, explicado por uma variação cambial decorrente da contratação do IPCA nos períodos analisados”, explicam Vitor Sousa e Israel Rodrigues, que assinam o relatório do Genial.

Como ficam os dividendos da Taesa?

Analistas do BTG lembram que o temido momento em relação aos dividendos da companhia chegou. A empresa revelou que pagará seus dividendos com base no lucro líquido regulatório e não o lucro líquido da norma padrão internacional, que tende a ser maior que o regulatório. Além disso, a empresa estimou o payout (proporção do lucro a ser paga em proventos) será de 75% do lucro líquido regulatório em 2024 e planeja distribuir de 90% a 100% nos próximos anos.

Taesa (TAEE11) aprova distribuição milionária de dividendos e JCP; veja valor por ação

“Considerando o pagamento mínimo de 75% mencionado, o rendimento do dividendo em relação ao valor da ação para 2024 seria de 6,5%. Portanto, mantemos nossa classificação de venda, pois vemos o nome negociado a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) pouco atraente de 6,7%”, dizem João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende.

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Por isso, o BTG tem recomendação de venda para Taesa com preço-alvo de R$ 35 para os próximos 12 meses, uma queda de 1,29% na comparação com o fechamento de quinta-feira (15), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,46. A Ágora Investimentos também tem recomendação de venda para as ações da Taesa, a corretora diz que a companhia está muito alavancada e os dividendos não devem ser atrativos.

Já a Genial é menos dura em sua colocação. A corretora diz para o investidor, que já tem o papel, continuar com o ativo sua carteira. No entanto, os analistas não recomendam compra para a ação.

Um dos motivos para essa recomendação é pelo fato de a empresa se encontrar precificada e sem justificativas para negociar acima de seu valor justo. Essa estimativa é feita com base na alavancagem da elétrica, que se encontra relativamente alta. Entretanto, os especialistas comentam que acreditam na expertise da Taesa para navegar por esse cenário desafiador, se desalavancar ao mesmo tempo, em que continua a recompor sua receita, sem afetar muito o pagamento de dividendos.

“Os dividendos devem continuar, eles são um dos principais atrativos para os investidores da empresa. Apesar disso, com a empresa negociando com uma Taxa Interna de Retorno de 8,3% em termos reais, contra 5,96% dos títulos do Tesouro com vencimento para 2045. Por isso, não vemos razões para uma recomendação mais agressiva ao papel”, argumentam Vitor Sousa e Israel Rodrigues.

A Genial tem recomendação de manter para Taesa (TAEE11) com preço-alvo de R$ 35, uma queda de 1,29% na comparação com o fechamento de quinta-feira (15), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,46. Mesmo que menores, a corretora estima que para quem comprou o papel a um preço menor que o atual, vale a pena ficar no ativo para receber os dividendos.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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