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Agronegócio

Alcione Albanesi, da Amigos do bem, lidera transformação no sertão nordestino

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Divulgação/Amigos do Bem

Escola atendida pela Amigos do Bem em Pernambuco se destaca em ensino e supera a média nacional e até mesmo colégios particulares

A ONG Amigos do Bem chama a atenção pelos números impressionantes: são 150 mil pessoas beneficiadas todos os meses em 300 povoados carentes do sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará. “Nosso diferencial não é o quanto fazemos, e sim como fazemos. É olhar para o todo”, diz Alcione Albanesi, presidente e fundadora da organização.

O projeto, criado há três décadas, começou levando alimentos para a região. Depois de 10 anos, Alcione decidiu que queria criar um modelo de transformação que também envolvesse educação, geração de renda, saúde e nutrição. “A única forma de romper o ciclo de miséria secular no sertão é por meio da educação e do trabalho.”

Hoje, 10 mil crianças e jovens estudam em quatro escolas de ensino integral criadas pelo projeto. Uma delas, localizada em Inajá, no sertão de Pernambuco, teve nota 9,2 no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O colégio, que há uma década atingia 3,5, ficou acima da média nacional, abaixo de 6 para o ensino fundamental, e à frente até mesmo de escolas particulares, com cerca de 7. “Esse resultado mostra o poder da educação. Muitos jovens que atendemos são os primeiros da família a receber um diploma e podem sonhar com um futuro diferente.”

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Educação no sertão

A ONG criou um modelo de educação voltado para as necessidades da região, onde mais da metade da população vive em condições de extrema pobreza, segundo o IBGE. São 100 salas de aula em 4 centros de transformação e uma frota de 100 ônibus que percorrem até 30km diariamente para garantir que os estudantes cheguem às escolas. Lá, as crianças fazem seis refeições diárias. “Sabemos que se não houver alimento, transporte, água e cuidados com a família, essa criança não vai se desenvolver.”

Os alunos têm o currículo tradicional pela manhã e podem fazer aulas de esporte, culinária e cursos profissionalizantes na parte da tarde. “O maior desafio é o acompanhamento individual do desenvolvimento das crianças e dos jovens”, afirma Caroline Albanesi, vice-presidente de comunicação e marketing da Amigos do Bem e filha de Alcione. Mas é também o que faz a diferença. “É um projeto horizontal e profundo ao mesmo tempo”, diz. A organização atende a 12 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

São 11 mil voluntários ativos no projeto, que somam quase 400 mil horas de trabalho por ano. Entre eles, mais de 100 voluntários da equipe pedagógica de São Paulo que acompanham e capacitam regularmente centenas de educadores locais. O ciclo se completa quando ex-alunos que foram beneficiados pela organização passam a dar aulas nas escolas. “A geração transformada é educadora da geração que chega.”

A ONG investe em tecnologia e se dedica no digital principalmente para buscar doações de pessoas físicas. “Temos o semiárido mais populoso do mundo e os brasileiros não sabem da miséria que existe. Precisamos comunicar o problema”, explica Caroline. O perfil da organização no Instagram tem mais de 700 mil seguidores, e todo conteúdo é criado por jovens do sertão. “Assim conseguimos gerar renda e engajamento.”

O objetivo do projeto é garantir não apenas a inclusão social, mas também digital. A ONG formou mais de 200 programadores no sertão, levou fibra ótica durante a pandemia com o apoio de empresas parceiras e tem um centro de empreendedorismo para incentivar as pessoas a começarem seus negócios.

Alcione Albanesi à frente da Amigos do Bem

Muito antes de se dedicar ao terceiro setor, Alcione já se destacava como empreendedora. Aos 17 anos, tinha uma confecção, com 80 funcionários. Aos 25, vendeu o negócio para abrir uma loja de materiais elétricos no centro de São Paulo. Pouco depois, fundou a FLC, marca que se tornou líder no mercado, com quase 40% de market share no segmento de lâmpadas no país, à frente das multinacionais.

Começou a Amigos do Bem como uma ação de fim de ano ao lado de amigos, sem imaginar que esse se tornaria um dos maiores projetos sociais do país. Em 2014, a empreendedora vendeu o negócio enquanto o faturamento crescia 30% ao ano para se dedicar integralmente e de forma voluntária à ONG. “Ela passa 15 dias por mês no sertão, dedica metade da vida dela a acompanhar o projeto”, diz sua filha.

Caroline também conta que a mãe tem um tino especial para o empreendedorismo social. Na região de Inajá, por exemplo, que surpreendeu com o avanço da nota do IDEB, a ONG já havia tentado alguns projetos que não deram retorno. Alcione insistiu e decidiu investir na educação da cidade. “Ela enxerga a transformação e leva a gente junto.”

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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