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Agronegócio

Baixa umidade do solo acelera maturação no Norte do PR

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No Norte do Paraná a baixa umidade do solo está acelerando a maturação de grande parte das lavouras de trigo, além de prejudicar a formação dos grãos, segundo o Boletim de Tempo e Cultivo do Departamento Economia Rural (Deral/PR). As parcelas já colhidas revelam quebras na produção. Os produtores estão realizando os tratos culturais quando possível, mas o tempo seco não permite que sejam feitos da maneira adequada e há informações sobre o aumento da incidência de pragas e doenças.

O registro de geadas também preocupa especialmente no Sul e Sudoeste. Nos primeiros dias após as geadas, algumas lavouras já mostraram perdas significativas, com espigas esbranquiçadas, mas as lavouras serão melhor avaliadas pelos técnicos Deral nesta semana, quando os efeitos estarão mais visíveis. A maioria concorda que os danos teriam sido muito mais severos se uma chuva tivesse ocorrido antes da onda de frio. Para as áreas que estavam em fase inicial de desenvolvimento, as plantas deverão apresentar uma intensificação no perfilhamento, positiva para a cultura.

Entre os demais cereais de inverno, as aveias (preta e branca) e a canola foram os mais afetados onde o frio foi intenso, pois a maior parte das lavouras já estava em plena floração e frutificação.

As áreas destinadas ao plantio de verão estão em fase de preparo. Em relação à soja, alguns produtores já realizaram a primeira dessecação pré-plantio, enquanto os demais aguardam melhores condições para aplicação nos próximos dias.

Acompanhe os efeitos das variações climáticas em outras culturas, segundo Deral:

Milho – Restam apenas algumas áreas de milho 2ª safra a serem colhidas. Considerando a intensidade da estiagem, alguns rendimentos têm surpreendido positivamente, apesar das perdas consolidadas. As geadas tardias causaram preocupação entre os produtores que planejavam iniciar o cultivo do milho nesta semana. Muitos deles alteraram seus planos para começar o plantio apenas na segunda semana de setembro. Também foram realizadas a dessecação e o preparo do solo para o plantio de batata e feijão. Com as cotações da soja e do milho em baixa, a comercialização da safra está se tornando ainda mais lenta. O preço da saca do milho deve gerar redução na área dedicada à cultura. No entanto, alguns produtores comentam a intenção de manter as áreas de milho, que são importantes para a rotação e manutenção das boas condições do solo, ajudando a reduzir custos.

Cana-de-açúcar – As condições climáticas continuam favorecendo a colheita da cana-de-açúcar, embora as produtividades apresentem uma pequena diminuição.

Mandioca – Na colheita de mandioca há algumas dificuldades de arranquio devido à seca, mas as práticas agrícolas continuam com um bom ritmo. Para as áreas que estão sendo plantadas, observa-se a necessidade de chuvas para um melhor desenvolvimento.

Café – Para o café restam apenas as variedades mais tardias a serem colhidas, bastante à frente do ritmo do ano anterior, e a produtividade está prejudicada pela presença de grãos menores e mais leves. Atualmente a colheita está ocorrendo de forma mais lenta, devido ao processo manual. A qualidade também está inferior à do ano passado.

Batata/morango – A colheita da batata de 2ª safra está em andamento, com produtividade dentro do esperado. A colheita do morango na região mais quente, que normalmente começa em junho, só teve início agora em agosto devido ao clima atípico deste ano. As altas temperaturas afetaram o desenvolvimento da cultura e comprometeram a produtividade.

Pastagens – O longo período de baixa umidade no solo e altas temperaturas comprometeram o desenvolvimento das pastagens no Noroeste e em parte do Norte. A pecuária bovina (corte e leite) continua enfrentando preocupações devido à redução da oferta de alimentação, resultando em perda de peso diária, que é normal no inverno, mas não tão acentuada como atualmente. Acrescentou-se a este problema a formação de geadas nas demais regiões do Paraná nos últimos dias, pois muitas pastagens foram atingidas no início da rebrota, que deve dificultar a recuperação da oferta de alimentos para os animais.

Centeio/ Triticale/ Cevada – O centeio e o triticale também foram atingidos, mas em menor quantidade, pois as áreas em estágio fitossanitário avançado são poucas. A cevada praticamente não sofreu danos com a geada, pois seu período de desenvolvimento vegetativo é mais longo que o dos demais cereais de inverno. Também se destacam com perdas por geadas as olerícolas.

Hortaliças/ tomate- As hortaliças cultivadas fora de ambiente protegido foram as mais prejudicadas, especialmente as folhosas, mas, mesmo em estufas, o frio e a geada foram intensos em parte do Sul e Sudoeste. Além disso, também foram relatadas perdas na cultura de tomate.

Cebola – Na produção de cebola, os produtores continuam trabalhando nos canteiros, colhendo mudas para realizar os transplantes para a lavoura definitiva. As lavouras já implantadas estão apresentando boas condições, e os produtores já estão realizando adubações de cobertura. O processo de irrigação continua.

Maçã – Para a maçã, o frio deve beneficiar a cultura, pois a planta se encontra em dormência e há necessidade de horas de frio para a quebra dessa dormência. No entanto, deve-se ressaltar uma pequena área da variedade Eva, cuja característica é mais precoce e já começava a apresentar início de brotação.

Tabaco – O tabaco plantado nesta época também foi afetado pela geada. No entanto, os trabalhos para a cultura se concentram no preparo do terreno para o transplante de mudas e nos cuidados com o canteiro. (Texto e informações: Boletim Tempo e Cultivo – Deral)

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Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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