Agronegócio
Conheça primeiro diretor de inteligência artificial da história da Nasa
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Antes de dominar o planeta Terra, a inteligência artificial esteve em outros planetas — de alguma forma — décadas atrás. Desde o planejamento e a programação de missões para rovers até a análise de vastos conjuntos de dados de satélites e a identificação de anomalias em espaçonaves, as capacidades analíticas da IA estão presentes em todos os cantos do espaço.
O rover robótico Sojourner, da Nasa, é um exemplo disso. O dispositivo se tornou o primeiro robô a pousar e operar na superfície de Marte em 1997, e precisou tomar decisões por conta própria, afinal, estava a 225 milhões de quilômetros de casa.
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Então, por que a Nasa promoveu David Salvagnini, seu diretor de dados, ao posto de primeiro diretor de inteligência artificial da agência?
Ordem executiva de Biden
No cerne da nomeação está uma resposta à ordem executiva da administração do presidente Joe Biden, emitida em outubro de 2023, que exigiu que as agências federais analisassem o uso de IA e garantissem a utilização segura, transparente, responsável e ética. Desta forma, a diretriz obrigou a Nasa a nomear um diretor de IA e a estabelecer mecanismos de governança para o uso da tecnologia.
Posteriormente, o Escritório de Gestão e Orçamento dos EUA (OMB) emitiu mais de 20 páginas de orientações detalhadas sobre o que as agências federais deveriam fazer, como um plano de conformidade de IA, uma estratégia de IA e um inventário anual de IA — a Nasa faz este último item há quatro anos consecutivos.
Vanguarda tecnológica
“A razão para a expansão foi dupla”, disse Salvagnini em uma entrevista. “Fazer a coisa certa para a NASA, porque o mundo ao nosso redor está mudando, mas também atender às ações exigidas pela ordem executiva e pelo memorando do OMB.”
Agora, Salvagnini é responsável por alinhar a visão estratégica e o planejamento do uso de IA da Nasa. Na prática, isso significa promover a inovação e garantir que a agência esteja na vanguarda da tecnologia.
Assegurar o uso responsável da IA no cosmos e na Terra — em benefício de toda a humanidade — pode parecer uma tarefa árdua, mas Salvagnini não se intimida. “Nos anos 1960, pesquisadores da Nasa já identificavam a IA como uma área emergente de tecnologia”, disse ele. “Eles estavam cientes disso e acompanhavam o desenvolvimento, mas o poder de processamento ainda não estava disponível para viabilizar o que vemos emergir hoje.”
Sistemas autônomos
O que a NASA quer fazer com as novas técnicas de inteligência artificial — como aprendizado de máquina e IA generativa — é o motivo pelo qual Salvagnini precisa fomentar a inovação na agência espacial.
“Uma das áreas-chave são os sistemas autônomos”, afirma. Toda espaçonave lançada da Terra pela Nasa é construída com sistemas que se autogerenciam. “Uma nave espacial é, em muitos aspectos, totalmente autônoma — ela é lançada, colocada em órbita, e depois continua em direção ao sistema solar e além de forma autônoma ou semi-autônoma.”
“Se uma anomalia é detectada, o sistema tem algumas capacidades internas de autorrecuperação, onde ele pode analisar um conjunto de condições e responder de forma autônoma, tentando tomar ações corretivas.”
Enquanto isso, o rover Perseverance da Nasa, que está em Marte, utiliza IA para identificar minerais em rochas do planeta vermelho. O espectrômetro PIXL, integrado ao dispositivo, mapeia a composição química dos minerais para determinar se uma rocha poderia ter suportado vida microbiana. Em seguida, uma tecnologia de “amostragem adaptativa” posiciona com a ajuda de inteligência artificial o instrumento perto de uma rocha e analisa as varreduras do PIXL em tempo real, permitindo que o rover tome decisões sem intervenção humana.
Modelagem climática
A Nasa também está na vanguarda do uso de IA para modelagem climática. A agência possui uma frota de satélites em órbita que gera dados sobre tudo, desde o aumento do nível do mar e qualidade do ar até incêndios florestais, gases de efeito estufa, energia sustentável e agricultura. Você pode ver as visualizações geradas por IA no Centro de Informação da Terra interativo da Nasa em Washington, DC.
“Estamos modelando não apenas as tendências tecnológicas, mas também a dissipação de gases de efeito estufa e os efeitos desses gases na temperatura e tempestades”, conta Salvagnini. “Observamos a composição das florestas e o potencial para incêndios florestais, fazemos projeções para geleiras, calotas polares e oceanos.”
Os modelos e as previsões que saem deles são exemplos comprovados e revisados por pares de IA.
Checagem e equilíbrio
O que torna a abordagem da Nasa em relação à IA tão interessante — tanto recentemente quanto ao longo das últimas décadas — é que ela é ao mesmo tempo empolgante e testada várias vezes.
“O uso tradicional de IA na Nasa é verificado, validado, testado ao longo do ciclo de vida da engenharia de sistemas ou amplamente revisado pela comunidade científica”, garante Salvagnini. Em termos simples, há checagem e equilíbrio. “A cultura na NASA é muito inovadora, e as pessoas buscam formas de utilizar a IA para fazer algo de forma mais eficaz — melhorar a segurança de voo, a segurança da tripulação, avançar em nossas pesquisas climáticas, e assim por diante.”
No entanto, o principal objetivo da ordem executiva de outubro é mitigar os temores sobre como o uso de IA generativa, como o ChatGPT, o Copilot e o Gemini, poderia ameaçar a privacidade dos cidadãos dos EUA. Isso não afeta a Nasa da mesma maneira que afeta organizações federais que coletam muitos dados pessoais, mas a agência ainda está comprometida em desenvolver as regras para o uso da tecnologia.
“Precisamos equipar a força de trabalho da Nasa para usar essas ferramentas de forma segura e responsável e determinar como também proteger os dados proprietários da agência”, explica Salvagnini. “Uma das coisas que pontuamos para a força de trabalho da Nasa é que o nível final de responsabilidade por qualquer decisão ou produto é da pessoa, não da IA.”
Implementação da IA
Atualmente, Salvagnini está avaliando como oferecer aos funcionários da Nasa ferramentas de IA generativa hospedadas dentro de um ambiente da instituição por meio de um provedor de nuvem, para que o resultado permaneça dentro do ambiente da NASA. “Quando falamos sobre implementar capacidades de IA, é exatamente isso que buscamos fazer”, relata Salvagnini. Só então a NASA poderá começar a usar a inteligência artificial generativa para algo além de dados públicos.
Por fim, os astronautas da Nasa poderão se beneficiar do uso da IA durante viagens espaciais de longa duração. “Pense na saúde dos tripulantes. Se eles perdessem contato com o controle da missão, a tecnologia médica assistiva habilitada por IA poderia atendê-los.”
Com décadas de experiência em IA e planos ambiciosos para o futuro, a Nasa está na vanguarda da tecnologia Agora, a agência tem a chance de ser um exemplo para o resto do governo dos Estados Unidos sobre como usar a IA para o benefício da humanidade.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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