Agronegócio
Juros fecham em queda, com discurso do presidente do BC dos EUA no radar
A sinalização de corte de juros iminente nos Estados Unidos, dada pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ecoou também nas taxas de Depósito Interfinanceiro (DI), que acompanharam o movimento da curva americana e recuaram cerca de 10 pontos-base nesta sexta-feira (23), mas seguem apontando para expectativa de aumento na Selic em setembro.
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Em um discurso no simpósio econômico de Jackson Hole, nos Estados Unidos, Powell disse que “chegou a hora” de o Fed ajustar a política monetária – leia-se reduzir a taxa de juros.
A fala foi suficiente para que o mercado voltasse a aumentar a aposta numa redução de 50 pontos-base na taxa dos Fed Funds no mês que vem, ainda que Powell tenha avisado que o momento e o ritmo dos cortes dependerá de indicadores econômicos e do balanço de riscos à inflação. O cenário mais provável, no entanto, continua sendo o de queda de 25 pontos-base, segundo a Ferramenta CME FedWatch.
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As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) recuaram, principalmente entre os vencimentos mais curtos, e arrastaram consigo os juros dos contratos de DI, que ontem haviam subido também por influência do mercado americano.
A queda das taxas brasileiras, porém, não foi forte o suficiente para apagar da curva a expectativa de elevação da Selic em setembro, que vem gradualmente se consolidando como o cenário base do mercado após o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, enfatizar em vários pronunciamentos recentes que o juro básico pode subir se o Copom julgar necessário.
Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, aponta que a atividade econômica e a inflação resistentes no Brasil também colaboram para manter a alta da Selic no radar dos investidores, assim como a dúvida em torno da trajetória da dívida pública, tendo em vista o crescimento contínuo das despesas obrigatórias do governo e a compressão do espaço disponível para o controle dos gastos discricionários.
“Parece mais provável que o Banco Central tenha que começar a aumentar os juros este ano. A questão é se até setembro os dados vão confirmar esse cenário”, afirmou o economista. Ele estima manutenção da Selic em 10,5% no mês que vem, mas a projeção tem viés de alta e está em revisão.
Nem todo o mercado, porém, está convencido de que o avanço da taxa básica será inevitável. “A gente não acha que vai ter alta de juros este ano”, disse Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group. “Grande parte do movimento de precificação de alta de juros se deu pela alta do câmbio, do dólar, e isso se deveu muito menos a fatores Brasil e muito mais ao iene e ao carry trade”, avaliou.
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“Como o banco central japonês falou que não vai mais aumentar os juros, o segundo semestre tende a ter um comportamento bem mais benéfico. Boa parte do carry trade foi zerado”, acrescentou.
Miraglia acredita também que, a partir do momento em que o Federal Reserve efetivamente reduzir a taxa de juros americana, os ativos de risco serão beneficiados por um fluxo ligado a essa decisão, trazendo o dólar para mais perto de R$ 5 até o final deste ano. “Neste cenário, a gente acha que a manutenção da Selic é dada” em setembro, com um corte de 0,25 ponto acontecendo em janeiro de 2025, afirmou.
A taxa do contrato de DI para janeiro de 2026 fechou a 11,465%, de 11,621% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 diminuiu a 11,450%, de 11,629%, e a taxa para janeiro de 2029 recuou a 11,550%, de 11,703%. Na semana, porém a curva ganhou inclinação, com as taxas curtas acumulando queda e as longas, leve alta.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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