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Agronegócio

Paraná terá mais 20% de área agricultável subsidiada para irrigação

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A Região Noroeste do Paraná, a que mais sofre com a falta de chuvas, é também a que tem a maior área agricultável coberta com sistema de irrigação. Ontem (22) o governo do estado anunciou um programa pelo qual pretende ampliar essa área irrigada, através de investimentos na casa de R$ 200 milhões, em linhas de crédito com juros subsidiados e pesquisa científica.

O programa Irriga Paraná deve incrementar em 20% a área irrigada do estado. O governador Ratinho Júnior destacou que o objetivo é incentivar o uso da irrigação, uma técnica que garante mais renda e previsibilidade para o produtor. “Com as mudanças climáticas e a necessidade de ampliar a nossa produtividade, decidimos implantar esse programa, que vai facilitar a vida do agricultor, tanto na parte de projeto técnico quanto das licenças e outorgas ambientais, além de juros subsidiados”, destacou.

Ele espera que a irrigação traga para o estado a possibilidade de fazer até cinco safras a cada dois anos, aumentando a renda do produtor e do estado, fazendo o agronegócio paranaense também crescer.

O Paraná conta com um baixo número de áreas irrigadas. Segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apenas 3% da área utilizada para lavouras conta com sistema de irrigação, o equivalente a 170 mil hectares. Desse total, 100 mil hectares ficam no Noroeste (área onde há menor disponibilidade de água e temperaturas mais elevadas), 15 mil hectares na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e o restante, 55 mil hectares, distribuídos pelas outras regiões.

Em fevereiro, uma comitiva do governo estadual foi ao estado de Nebraska (EUA), referência em sistemas de irrigação. O objetivo foi conhecer as soluções desenvolvidas por grandes empresas do setor e ver como o poder público de lá conseguiu desburocratizar e apoiar a instalação desses sistemas.

Dos R$ 200 milhões que serão investidos dentro do Irriga Paraná, R$ 150 milhões são para linhas de crédito para estímulo à instalação de sistemas de irrigação. São R$ 78 milhões via Banco do Agricultor Paranaense (por meio da Fomento Paraná, com subsídio da taxa de juros), R$ 42 milhões pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e R$ 30 milhões via Fundo de Equipamento Agropecuário do Paraná (FEAP), gerido pela Seab. A execução do programa será feita pelo Sistema Estadual de Agricultura (Seagri).

Agricultores familiares enquadrados nas linhas do Plano Safra terão juros zero por meio do Banco do Agricultor Paranaense, com bônus de até R$ 20 mil em casos de adimplência. Para os demais produtores, haverá subvenção de cinco pontos percentuais até o limite de financiamento, de R$ 1,5 milhão.

No BRDE, haverá uma linha de crédito específica com recursos livres, com subvenção dos juros que vão de 7% até 12% ao ano, conforme valor do financiamento, disponíveis durante todo o ano. Pelo FEAP, os projetos serão encaminhados pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Serão cadastradas empresas de serviços e equipamentos via chamada pública, que ficarão responsáveis pelos projetos a serem encaminhados ao Fundo. Caso a unidade técnica do programa aprove, o FEAP irá repassar o recurso diretamente ao produtor.

O Governo do Estado também apoiará a implantação de sistemas irrigados para a agricultura familiar com subvenção direta ao beneficiário final, de até 80% do valor do projeto, limitado a R$ 20 mil.

Entre os itens apoiados estão a captação e reservação de água superficial e subterrânea (poços), sistemas de distribuição de água para irrigação, equipamentos (conjunto motobombas, tubulação, sistemas de distribuição, pivô central, sistemas autopropelidos), instalações elétricas, sistemas de monitoramento de solo e clima (como estações meteorológicas compactas e sensores), sistemas de automatização, entre outros.

A meta do programa é chegar aos 35 mil hectares irrigados, informou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.

Pesquisa – Na área de pesquisa, serão destinados R$ 20 milhões com recursos do Banco do Agricultor, FEAP, Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FERH) e Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Entre os investimentos estão o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos em bacias estratégicas, com instalação de radar e estações; o estímulo ao uso de diferentes matrizes energéticas na agricultura irrigada, por meio do RenovaPR; e a promoção da utilização de água para reuso na irrigação, sobretudo em regiões de produção de proteína animal.

Além disso, serão incentivados cursos de capacitação sobre sistemas irrigados sustentáveis. O primeiro, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), teve início em 2022 e envolveu 15 técnicos do IDR-Paraná. Uma segunda turma será aberta em outubro com mais 20 vagas.

Números do agronegócio paranaense

O Paraná possui quase 15 milhões de hectares com cultivo, com 74% da área total do Estado coberta por terras agrícolas, sendo a segunda maior área plantada do país.

Nas últimas cinco safras paranaenses, o prejuízo estimado foi de aproximadamente R$ 40 bilhões, devido às condições climáticas desfavoráveis, sobretudo por déficit hídrico. Mesmo tendo uma boa média de chuvas no estado, nos últimos anos têm se intensificado grandes volumes de precipitação em pouco espaço de tempo, seguidos por longos períodos de seca, o que prejudica o andamento das lavouras.

O Estado ocupa apenas 2,34% do território brasileiro e responde por cerca de 5,44% da população, com 11,5 milhões de habitantes. Cerca de 1,53 milhão, ou 13,3%, são de residentes em áreas rurais. O Paraná é líder nacional na produção de frangos, peixes, seda, mel, erva-mate, cevada e feijão; segundo na produção de soja, milho, suínos, leite, aveia, ovos, trigo e mandioca; e terceiro em açúcar e laranja. O Valor Bruto de Produção (VBP) em 2023 foi de R$ 197,8 bilhões. (com informações de Agência Estadual de Notícias)

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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