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O enigma da imortalidade: o que impede o corpo humano de viver para sempre

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Dr. Hayflick foi pioneiro no desenvolvimento de uma linhagem de células humanas no final da década de 1950

O lendário cientista Leonard Hayflick faleceu no início de agosto. Embora ele não fosse conhecido pela maioria das pessoas, Hayflick fez uma descoberta notável no início dos anos 1960. Naquela época, enquanto realizava experimentos com células humanas, em parceria com Paul Moorhead, ele descobriu que nossas células só podem se dividir por um número limitado de vezes. A pesquisa foi feita com células individuais, mas constatou algo dramático: os humanos não podem viver para sempre.

Leonard descobriu que as células simplesmente param de se dividir após atingirem entre 40 e 60 ciclos de divisão. Nesse ponto, elas entram em uma fase chamada senescência e, eventualmente, morrem. O número de divisões que uma célula pode realizar é conhecido como o “limite de Hayflick”.

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Antes dos experimentos de Hayflick, muitos cientistas acreditavam que as células poderiam se dividir indefinidamente. Afinal, cada célula em nosso corpo tem uma origem, que veio dos nossos pais, e dos pais deles antes disso, e assim por diante, através das eras. Portanto, parecia lógico que as células poderiam continuar a se dividir para sempre. Além disso, no início do século 20, Alexis Carrel (laureado com o Nobel) afirmava ter cultivado células que continuaram a se dividir por décadas, sem sinais de declínio, em seus laboratórios.

(Uma observação: Jan Witkowski explicou em um artigo publicado em 1980 que provavelmente as células imortais de Carrel foram discretamente reabastecidas, sem o conhecimento do cientista, por membros de seu laboratório que estavam ansiosos para manter o chefe satisfeito.)

Voltando ao assunto: como todos os nossos órgãos estão destinados a se desgastar, nossos corpos simplesmente morrerão a menos que possamos intervir e restaurar as células ao seu estado jovem. Isso exigiria uma tecnologia que ainda não foi inventada. O próprio Hayflick estimou que o limite da longevidade humana é de 125 anos.

O limite de Hayflick levantou um enigma intrigante para a ciência: como uma célula microscópica consegue saber quantas vezes se dividiu? Em outras palavras, como uma célula pode calcular quantos anos ela tem? Todas as nossas células não têm o mesmo DNA? O próprio Hayflick não encontrou uma solução para isso, mas algumas décadas depois, outros cientistas descobriram.

A resposta para esse problema reside, ao que parece, em nosso DNA. Mais especificamente, nas sequências de DNA nas extremidades de nossos cromossomos, chamadas de telômeros.

Os telômeros em si não fazem muita coisa, e parecem muito simples: consistem em uma longa sequência de seis bases de DNA, TTAGGG, repetida centenas de vezes, de ponta a ponta. Todos os nossos cromossomos terminam com telômeros, em ambas as extremidades.

A peça-chave é que quando uma célula se divide, ela precisa copiar todos os seus cromossomos. O mecanismo de cópia não é perfeito e não consegue ir até o final do cromossomo, então a nova cópia fica um pouco mais curta. O telômero fica mais curto. Felizmente, temos uma enzima especial, chamada telomerase, que corrige esse problema adicionando algumas cópias extras de TTAGGG ao final de cada cromossomo, restaurando o comprimento adequado. Problema resolvido, certo?

Não exatamente. A telomerase não funciona perfeitamente, e os cromossomos às vezes ficam um pouco mais curtos a cada vez que se dividem e, quando ficam curtos demais, a célula não consegue mais se dividi e morre.

Sim, os cientistas têm explorado a possibilidade do comprimento dos telômeros ser a fonte da juventude. Porém, ninguém descobriu uma maneira de manter os telômeros longos, e não está claro se isso ajudaria de fato. Pelo contrário, como minha colega de Hopkins, Mary Armanios, relatou em um estudo no ano passado, telômeros longos podem ajudar as células individuais a sobreviver, mas não parecem evitar o envelhecimento.

O limite de Hayflick significa que realmente não podemos viver para sempre? Não necessariamente. Alguns tipos de células-tronco podem produzir “novas” células para, em teoria, repor nossas células velhas. Talvez algum dia tenhamos a tecnologia para substituir nossos órgãos por novos, possivelmente cultivados em laboratório, que terão a juventude e a energia de uma pessoa de 20 anos. Mas sem substituir nossas partes, estamos ao desgaste, mesmo que consigamos evitar o câncer, infecções e os muitos outros perigos que os humanos enfrentam.

Leonard Hayflick viveu até os 96 anos, uma idade avançada para os padrões atuais. Teria sido apropriado se ele tivesse chegado aos 125, o limite que ele estimou, mas nenhum ser humano jamais alcançou essa marca. Ainda.

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Steven Salzberg é colaborador da Forbes EUA

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Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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