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Economia

Como ficam os investimentos com a taxa Selic em 11,25% ao ano

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O Comitê de Política Monetária (Copom) seguiu o ritmo de afrouxamento monetário e reduziu a taxa básica de juros do País, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Com a decisão desta quarta-feira (31), agora os juros estão em 11,25% ao ano – o menor patamar desde março de 2022.

A redução da taxa não é surpresa e, sem novas alterações no cenário, a expectativa do mercado é que a Selic caia para 9,0% ao final de 2024, como projeta o Boletim Focus.

A perspectiva de que a taxa de juros só será estabilizada quando bater a casa de um dígito está mexendo com as estratégias de investimentos desde que a Selic começou a cair, em agosto do ano passado. Afinal, retornos de 1% ao mês em ativos de renda fixa de baixo risco, como aconteceu ao longo de 2023, podem ficar cada vez mais difíceis de serem alcançados. Mas isso não significa que essa classe de ativos deva sair da carteira.

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“Com o prolongado ciclo de corte de juros, ativos de risco ou de renda variável passam a chamar atenção”, diz João Coutinho, economista da RJ+Asset. “Porém, o Brasil ainda tem um dos maiores juros reais do mundo, o que mantém o investimento em renda fixa ainda atrativo.”

As melhores opções da renda fixa

Um levantamento feito por Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank, mostra que os ativos de renda fixa com maior retorno líquido com a Selic em 11,25% ao ano são as Letra de Crédito Imobiliário (LCIs), Letra de crédito do agronegócio (LCAs) e as Debêntures Incentivadas. Por serem ativos isentos de Imposto de Renda, esses investimentos garantem retornos superiores aos outros títulos mais conhecidos da renda fixa, como o Tesouro Selic ou até mesmo os Certificados de Depósito Bancário (CDBs).

O levantamento levou em conta uma estimativa de CDI de 9,97% em 1 ano, com base no contrato de DI futuro, e uma expectativa de inflação em 12 meses de 3,86%, baseado na projeção mais recente do Boletim Focus.

A simulação mostra que uma LCI de 96% do CDI paga mais do que um CDB de 115% do CDI, por exemplo. Isso significa que um investimento de R$ 1 mil nos dois ativos renderia, após um ano, 9,57% versus 9,45%.

“Títulos isentos ganham um destaque importante quando fazemos o cálculo. No dia a dia, o investidor não se atenta e busca a maior taxa nominal, mas o ideal é sempre fazer conta”, destaca Larissa Frias, planejadora financeira do C6. “Especialmente para valores e prazos maiores, a não incidência do IR faz muita diferença no bolso do investidor.”

Esta é a fórmula para decidir onde aplicar o dinheiro: CDB, LCI ou LCA

Uma outra opção que também agrada os especialistas são os ativos prefixados ou híbridos, aqueles com uma taxa pré e um indexador pós-fixado, como o IPCA. Dada a expectativa de continuidade da queda na Selic, esta pode ser uma boa chance de “travar” uma rentabilidade maior com uma taxa já pré estabelecida.

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Os dados do C6 mostram que, em um ano, um CDB prefixado a 11,3% ao ano tem uma rentabilidade líquida de 9,32%; muito semelhante a dos títulos isentos, por exemplo. Já ativos indexados à inflação, com uma taxa IPCA + 6,35% ao ano, oferecem ao investidor um retorno líquido de 8,63% em um ano.

“Visando um cenário de vencimentos mais longos, o investidor ainda pode aplicar nos ativos de inflação. As pontas prefixadas estão atrativas, com prêmios acima de 5% de retorno real”, diz Jaqueline Benevides, head de renda fixa da InvestAi.

Ainda que um ativo pareça mais atrativo que outro, as especialistas reforçam que é preciso manter em mente o objetivo daquele investimento e o próprio perfil de risco. Não é porque a taxa de juros está em trajetória de queda que toda a carteira precisa ser de títulos prefixados, por exemplo.

Como contamos nesta reportagem, a reserva de emergência deve estar alocada em um ativo pós-fixado, que tenha segurança e tenha liquidez diária, ainda que isso signifique um retorno menor. Nesse caso, CDBs ou o próprio Tesouro Selic são boas opções – a poupança, como mostra o levantamento, tem o menor retorno da renda fixa. “De fato, a poupança tem ficado para trás em termos de rentabilidade mesmo considerando outras opções que pagam IR. O Tesouro e o próprio CDB acabam tendo rentabilidades superiores e com risco equivalente; em prazo um pouco mais longo, essa diferença fica maior ainda”, afirma Larissa Frias.

Quanto rende investir?

O levantamento do C6 também traçou uma simulação de rendimentos de aportes de R$ 1 mil, R$ 10 mil, R$ 25 mil e R$ 50 mil nos diferentes produtos da renda fixa com a Selic em 11,25% ao ano. Foi utilizada a rentabilidade líquida (descontada taxas e IR) e um período de 12 meses. Confira:

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Agronegócio

Simone Biles voa para ganhar terceira medalha de ouro em Paris, dessa vez no salto

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Hannah Mckay/Reuters

Simone Biles durante final no salto na Olimpíada Paris 2024

Simone Biles venceu a final do salto nos Jogos de Paris, dominando a competição com o seu salto Billes 2 para superar a medalhista de prata brasileira Rebeca Andrade, enquanto a norte-americana Jade Carey ficou com o bronze.

Biles voou alto com o duplo Yurchenko para garantir a nota impressionante de 15,700. No seu segundo salto, ela teve 14,900.

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A ginasta de 27 anos teve uma vitória confortável na Bercy Arena com uma media de 15,300 pontos.

Biles chegou em Paris como a ginasta com mais conquistas da modalidade e atingiu um patamar ainda maior com ouro em três eventos em Paris. Ao todo, ela conquistou 10 medalhas olímpicas, sendo sete delas de ouro.

Ela liderou a equipe dos Estados Unidos ao topo do pódio na final por equipes antes de conquistar o título no individual geral, pela segunda vez, há dois dias.

Biles pode ainda aumentar ainda mais a sua coleção de medalhas, pois ainda disputará as finais na trave e no solo, na segunda-feira.

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Agronegócio

Duas novas frentes frias provocarão temporais e baixas temperaturas; veja quando e onde

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Foto: Inmet/reprodução

Uma nova frente fria avançará pelo Sul do Brasil neste final de semana, trazendo mudanças significativas no tempo, especialmente no Rio Grande do Sul.

O sistema ficará estacionado na Região, elevando os volumes de chuva e trazendo alertas para temporais, de acordo com a Climatempo.

Primeira frente fria de agosto

Foto: Climatempo

A primeira frente fria de agosto chega ao Rio Grande do Sul neste final de semana, favorecendo a ocorrência de chuvas. No mapa acima, é possível notar que o destaque fica para a faixa centro-sul do estado.

Assim, os acumulados de chuva entre este sábado e segunda-feira (5) são significativos, com áreas em vermelho e laranja, representando a região central e o Vale do Rio Grande do Sul, onde os acumulados poderão superar 100 mm ao longo do final de semana.

Mais uma na próxima semana

Além da frente fria que afetará o Rio Grande do Sul neste final de semana, os modelos meteorológicos indicam o avanço de um novo sistema já no decorrer dos próximos dias com força o suficiente para provocar mudanças no tempo em outros estados do centro-sul do Brasil no próximo final de semana.

Este sistema trará chuva e será acompanhado por uma massa de ar polar que derrubará as temperaturas em amplas áreas entre os dias 9 e 12 de agosto.

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Agronegócio

Governo federal amplia número de adidos agrícolas no exterior

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Foto: Pixabay

O governo federal autorizou o aumento do número de adidos agrícolas brasileiros no exterior de 29 para 40. A ampliação consta em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem, quarta-feira (31), a Várzea Grande (MT), e publicado na quinta-feira (1º) de agosto, no Diário Oficial da União (DOU).

Os adidos agrícolas são os representantes diplomáticos do Brasil no exterior voltados à agenda de mercados agropecuários.

Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!

O decreto 12.125/2024 autoriza a criação de 11 novos postos; desses, cinco serão direcionados para a Ásia, três para África, dois para a América do Sul e um para a Europa.

Em nota, o Ministério da Agricultura informou que os locais dos novos adidos serão definidos posteriormente por meio portaria interministerial da Agricultura e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

O decreto estabelece ainda que um ato conjunto do ministro da Agricultura e do ministro das Relações Exteriores irá definir quais os adidos agrícolas que exercerão suas funções junto a representações diplomáticas do Brasil perante governos estrangeiros ou organismos internacionais.

Itamaraty e Agricultura devem definir, juntos, ainda quais as representações diplomáticas que poderão dispor de mais de um adido e qual o período mínimo a ser cumprido entre as missões permanentes de assessoramento em assuntos agrícolas pelo servidor ou pelo empregado público.

Maior aumento no número de adidos agrícolas em uma única vez

O Ministério da Agricultura afirmou, em nota, que esse será o maior aumento no número de adidos agrícolas em uma única vez desde que a função foi criada em 2008. “Agora vai ter adido do Ministério da Agricultura nas embaixadas brasileiras para ajudar a vender as coisas que produzem. Isso é coisa do Fávaro, que passa o dia inteiro pensando em abrir um novo mercado para vender os produtos de vocês”, disse Lula, na quinta-feira em Mato Grosso.

Os adidos agrícolas assessoram as representações diplomáticas brasileiras no exterior, buscando oportunidades de comércio, investimento e cooperação para o agronegócio brasileiro. “Desde o início da gestão do presidente Lula, temos batido recordes de aberturas de mercado, alcançando 166 em 55 diferentes destinos. Isso tem sido possível, em grande parte, graças ao trabalho dos nossos adidos agrícolas, responsáveis por quase 70% dessas aberturas”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na nota.

O secretário de Comércio Exterior e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que os adidos iniciarão suas missões nos próximos meses. “Com essa expansão, o Brasil terá representações agrícolas em mais países, ampliando sua presença junto a importantes parceiros econômicos e potencializando oportunidades, como a abertura de novos mercados”, disse Perosa, em rede social.

De acordo com o Ministério, hoje o Brasil possui adidos agrícolas nos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Cingapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã.

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