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Conheça a executiva e chocolatière por trás das criações da Dengo

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Luciana Lobo, chocolatière e head de inovação da Dengo, conta de onde vêm as ideias para os chocolates

Às vésperas da Páscoa, com 31 lançamentos rodando nas lojas da Dengo, a cabeça de Luciana Lobo já está no Natal – e na Páscoa do ano que vem. “São mais de 100 produtos lançados por ano”, diz a chocolatière, responsável pelas criações da marca de chocolates 100% brasileiros.

Durante a semana, Lobo se divide entre as lojas, a fábrica e o centro de pesquisa. No tempo livre, gosta de arriscar novas combinações na pequena máquina de chocolates que tem em casa. “Sinto falta da mão na massa”, diz ela, que também se realiza nas funções corporativas, como head de produto e inovação da Dengo.

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Chocolate de impacto social

Administradora de formação, Lobo ajudou a construir a marca desde o início. Hoje, equilibra testes e degustações com tarefas nem tão doces, como o planejamento estratégico da empresa.

A chocolatière foi convidada pelo cofundador da Dengo, e também fundador e presidente do conselho da Natura &CO, Guilherme Leal, para iniciar os testes de um chocolate feito com produtos totalmente brasileiros, sem gordura hidrogenada ou conservantes, com menos açúcar que os tradicionais e que valorizasse os pequenos e médios produtores de cacau da Bahia. “Ainda não existia o bean to bar”, ou do grão à barra, o que significa que os grãos de cacau são comprados e transformados em chocolate de qualidade.

A Dengo compra diretamente dos produtores a um preço mais de 90% acima do mercado. “Vendemos direto para o consumidor final, então não temos o varejo abocanhando de 30% a 40%.”

Os primeiros chocolates da Dengo

Em 2016, Lobo passou duas semanas na Suíça com o CEO e cofundador da empresa, Estevan Sartoreli, conhecendo as tecnologias mais avançadas para fazer chocolate, depois trazidas para o Brasil. “Trouxemos algumas bases de chocolate puro e quase fomos parados na alfândega.”

Com a pequena máquina na cozinha da sua casa, Lobo começava a criar o que seriam os primeiros chocolates da Dengo. “Fazia os primeiros quebra-quebras, bombons e drágeas e levava para aprovação.”

Em sete anos, a marca chegou a 35 unidades no Brasil e, no ano passado, inaugurou a primeira loja fora do país, na França. “Em 2019, abrimos 12 lojas, uma por mês”, lembra a executiva. A ideia é continuar essa expansão, dentro e fora do país.

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Inovando

Em visita à Bahia para conhecer os produtores de cacau, Lobo decidiu trazer para o seu chocolate outros frutos que cresciam no entorno. A Dengo não surfa no hype do pistache, por exemplo, que não tem produção no Brasil. O foco é realmente nos brasileiros: cupuaçu, cajá, mangaba, entre outros.

Para se manter inovando, fica sempre atenta, especialmente aos elementos não óbvios, seja a textura de uma árvore ou um sabor diferente. “Olho para o mundo sem nenhum filtro”, diz ela, que criou um chocolate com jaca e pimenta baniwa, inspirado num prato que comeu. Além disso, também acaba de se inscrever em uma pós de inovação na Fundação Dom Cabral.

Do corporativo ao mundo do chocolate

Quando fez a transição do mundo corporativo para a gastronomia, não imaginava que acabaria unindo os dois. Como executiva da empresa de pesquisa Nielsen, Lobo alimentava a paixão pela cozinha fazendo bolos para a diretoria e em aniversários dos colegas. “Cozinhava de madrugada e comecei a ter uma clientela.”

Quando as madrugadas na cozinha passaram a ser mais interessantes do que as manhãs no escritório, decidiu que era hora de seguir outro caminho. Depois de fazer cursos curtos em Paris e Londres, se inscreveu no Le Cordon Bleu da Austrália, onde se formou em pâtisserie e cuisine.

De volta ao Brasil, abriu uma cozinha industrial e começou a vender doces para buffets. Deu aulas, fez consultorias para empresas e foi chamada para desenvolver a Cau Chocolate. “Tentei convencer minha antiga chefe a fazer o chocolate, mas ela achou muita aventura e preferiu ficar com o Callebaut importado”, diz, citando a marca belga que é referência no mundo todo.

O diferencial da Dengo é justamente a cadeia rastreável, que vai das mais de 200 famílias produtoras de cacau às prateleiras das lojas. Agora, o desafio da empresa é continuar a expansão sem perder a identidade. “Muitos processos são feitos à mão. Vamos precisar criar novas maneiras para crescer e atingir mais famílias.”

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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