Agronegócio
É mais vantajoso financeiramente comprar on-line ou nas lojas físicas?
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, houve um boom de compras on-line que redefiniu os parâmetros do varejo. Hoje existem dois mundos: o e-commerce e o das lojas físicas. Pensando nisso, é possível constatar que há diferenças entre eles, principalmente no que tange o planejamento financeiro. Afinal, é mais vantajoso comprar on-line ou presencialmente?
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A economista Paula Sauer, que também é psicóloga e professora de finanças pessoais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), afirma que o fator que gera mais impacto nessa decisão é o preço e o quanto as pessoas pretendem gastar. “O consumidor tem a expectativa de encontrar boas ofertas, ou seja, preços mais baixos nas lojas físicas, e isso o agrada sempre. É isso o que vai maximizar sua satisfação”, afirma.
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Ao que parece, a maior parte dos consumidores ainda compra nas lojas físicas. De acordo com o relatório da Adyen, processadora tecnológica global de pagamentos digitais de empresas, 56,4% das transações foram processadas presencialmente no ano de 2023. O estudo foi feito em parceria com a Opinium Research LLP e Censuswide, reunindo respostas de 36 mil consumidores em 26 países.
“Em teoria comprar em uma loja on-line, deveria ser mais barato, mas nem sempre é isso o que acontece”, diz a economista. “Em alguns casos, o preço do frete e o prazo de entrega podem representar um problema. Muitas vezes, produtos importados pagam uma taxa de importação, que vai encarecer ainda mais o produto”, afirma.
Ainda de acordo com o relatório, os setores em que os consumidores mais possuem preferência por frequentar as lojas físicas é o de groceries ou mercearia (76%), roupas (53%), beleza (47%) e móveis (64%).
As lojas físicas se tornaram mais rápidas
O estudo aponta que mais da metade das pessoas (55%) prefere pagar com contactless, ou seja, fazer pagamento por aproximação. Além disso, o autoatendimento, que atualmente existe em quase todo estabelecimento de grande porte, permite um processo mais ágil e eficiente. Sem filas demoradas e sem necessidade de interações, as pessoas têm cada vez mais aderido a essa forma de pagamento autônoma.
Para a economista, trata-se de um processo empoderador para as pessoas que vão consumir. “É até mesmo mais divertido do que ficar no caixa observando o valor aumentar paulatinamente, enquanto gerenciamos como o funcionário coloca nossas compras na sacola”, diz.
Outros fatores que influenciam
59% dos entrevistados dizem que preferem ir até as lojas para experimentar itens. Paula Sauer salienta que é fundamental ter em mente que comprar é um “ato social”, ou seja, representa a maneira com que as pessoas se comunicam com o mundo. “Através das nossas roupas ou do que consumimos, tentamos literalmente comprar em lojas, o nosso ‘eu ideal’. Para chegar nele, é preciso observar o mundo que se quer pertencer”, diz.
Tanto as lojas digitais quanto as físicas possuem estratégias importantes, os chamados “gatilhos” que tem como objetivo estimular o consumo. Essas estratégias são cada vez mais sofisticadas, e conduzem o consumidor a tomada de decisão pelas compras sem que ele se dê conta. Para a especialista, não existe ambiente neutro. Tudo é pensado. “Cheiros de experiências marcantes, de casa de vó, de comida gostosa, de maresia, do primeiro namorado. Ainda não conseguimos reproduzir isso digitalmente”, diz a economista.
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“São texturas no chão em lugares estratégicos que fazem com que o consumidor ande mais rápido ou mais devagar, luzes, música, cores, perfumes, temperatura, disposição nas gôndolas”, afirma Paula Sauer. “Tudo pode ser milimetricamente construído para fazer com que o cliente tenha uma melhor experiência de consumo e um maior desembolso financeiro.”
Podem ser destacados alguns exemplos de experiências como os showrooms, que consistem na exposição dos produtos à venda em que é possível adentrar e experimentar, observação por meio de realidade aumentada, cafeterias dentro da loja, eventos, entre outros.
Afinal, qual dos dois é melhor?
De acordo com o especialista em varejo e fundador da All Set, Leopoldo Jereissati, ambas as formas de consumir estão a cada dia mais caminhando juntas. “Essa é uma barreira que já foi ultrapassada porque os canais on-line são vastos e úteis para a pesquisa. Mas, a experiência física conta muito”, diz.
Ele ainda ressalta que hoje em dia há uma tentativa de equiparar os preços entre lojas físicas e on-line. O valor muitas vezes é determinado pelo local no presencial. Porém, com o uso de algoritmos e dados armazenados, muitas vezes esse preço é personalizado.
“Elas sabem que você pode pagar um pouco mais, e outra pessoa pode pagar menos. Existe uma individualização”, afirma o especialista. “Isso se vê, por exemplo, no uso de carros por aplicativo. Muitas vezes duas pessoas estão no mesmo lugar, vão correr uma distância parecida e os preços são diferentes.”
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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