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Imposto de Renda 2024: qual declaração escolher, completa ou simplificada?

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O Imposto de Renda (IR) 2024 apresenta diferentes etapas de preenchimento. Um dos pontos envolve a escolha entre a declaração completa e a simplificada. Na hora de optar por um dos modelos, o contribuinte deve verificar qual proporciona a maior vantagem financeira.

A versão simplificada possibilita um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis. Nessa opção, não é necessário apresentar documentos que comprovem as chamadas despesas dedutíveis – gastos que reduzem a base de cálculo do IR. No entanto, há um limite para o desconto padrão: ele não pode ultrapassar R$ 16.754,34.

A declaração completa, por sua vez, proporciona o abatimento das despesas consideradas dedutíveis pela legislação, que são: gastos com dependentes, saúde, educação, previdência, pensão alimentícia e livro-caixa. Qualquer uma das despesas declaradas deve estar amparada por documentos, como recibos, nota fiscal e comprovante de pagamento. Todos devem conter a identificação (CPF ou CNPJ) tanto de quem recebeu o serviço como de quem o prestou.

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Mas, qual é o melhor modelo de declaração em cada caso? Apesar da decisão parecer complexa, a resposta é simples. Para quem possui muitas despesas dedutíveis, a versão completa consiste na opção mais vantajosa.

Simulações para escolher o tipo de declaração do IR

Por exemplo, se um contribuinte recebeu rendimentos tributáveis anuais de R$ 50 mil e possui despesas dedutíveis de R$ 15 mil, ao escolher o modelo completo a base de cálculo para o IR será de R$ 35 mil, porque os R$ 15 mil serão descontados. Veja o cálculo abaixo:

R$ 50 mil (rendimentos tributáveis) – R$ 15 mil (despesas dedutíveis) = R$ 35 mil (base de cálculo)

Já se esse contribuinte optasse pelo modelo simplificado, a base de cálculo do seu IR seria de R$ 40 mil, porque haveria o desconto de apenas 20% de R$ 50 mil (R$ 10 mil). Entenda:

R$ 50 mil (rendimentos tributáveis) – 20% (R$ 10 mil) = R$ 40 mil (base de cálculo)

No entanto, a declaração simplificada representa a melhor opção para quem tem despesas dedutíveis inferiores a 20% do total de sua receita tributável. Ou seja, um contribuinte com rendimentos anuais de R$ 50 mil e despesas dedutíveis inferiores a R$ 10 mil (20% de R$ 50 mil), por exemplo, pagaria mais IR se escolhesse o modelo completo.

Quanto o contribuinte paga de Imposto de Renda

Lembrando que a chamada base de cálculo não representa o imposto devido pelo contribuinte. Ela consiste apenas na diferença entre a soma dos rendimentos recebidos durante o ano-calendário (exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva) e as deduções permitidas pela legislação.

Para chegar, de fato, ao valor que o contribuinte terá que pagar de IR, é necessário aplicar a alíquota de tributação sobre a base de cálculo e subtrair a parcela a deduzir.

Confira abaixo a tabela atualizada de incidência e deduções do Imposto de Renda para o ano-calendário de 2023:

Voltando ao exemplo do contribuinte com rendimentos tributáveis anuais de R$ 50 mil e despesas dedutíveis de R$ 15 mil. Ao optar pela declaração completa e atingir uma base de cálculo de R$ 35 mil, ele deve aplicar a alíquota de 15% (correspondente a essa base de cálculo) e subtrair a parcela a deduzir de R$ 4.382,38, conforme especificado na tabela acima. Entenda o cálculo:

R$ 35 mil (base de cálculo) x 15% (alíquota) = R$ 5.250
R$ 5.250 – 4.382,38 (parcela a deduzir) = R$ 867,62 (IR a pagar)

Ou seja, nessa situação, o contribuinte terá que pagar R$ 867,62 de Imposto de Renda. Se tivesse optado pela declaração simplificada, o valor seria maior, de R$ 1.617,62, já que a base de cálculo corresponderia a R$ 40 mil. Veja:

R$ 40 mil (base de cálculo) x 15% (alíquota) = R$ 6 mil
R$ 6 mil – 4.382,38 (parcela a deduzir) = R$ 1.617,62 (IR a pagar)

Ajuda do sistema da Receita federal

Quem tem medo de cálculos, não precisa se preocupar. O próprio sistema da Receita Federal mostra qual opção compensa mais para o contribuinte, a partir das informações apresentadas por ele no preenchimento da declaração.

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Para que o cálculo da Receita seja preciso, é importante preencher a declaração de forma completa, com todas as informações que dispor, principalmente as despesas de educação, saúde, pagamentos de pensão alimentícia e contribuições de previdência privada. Caso contrário, a análise entre as duas opções não será realizada de forma abrangente.

Quem quiser conferir a informação de forma prática também pode acessar a calculadora de Imposto de Renda da Receita Federal disponível no site do Ministério da Fazenda neste link. Por lá, o contribuinte deve indicar os rendimentos tributáveis obtidos e os gastos dedutíveis de 2023 para chegar ao resultado de IR que efetivamente deverá ser pago.

Tudo que você precisa saber sobre o Imposto de Renda 2024

Vale lembrar que a declaração do IR em 2024 deve ser entregue até o dia 31 de maio. Para ajudar os contribuintes no processo, o E-Investidor também disponibiliza gratuitamente o E-book do IR 2024, com informações atualizadas para sanar as principais dúvidas dos leitores. O material completo pode ser acessado neste link.

@estadao Vai declarar o Imposto de Renda pela primeira vez e não sabe por onde começar? O E-Investidor te ajuda nessa tarefa. No vídeo, você encontra as respostas para as principais dúvidas sobre o IR. Fique ligado e não perca o prazo de declaração! #impostoderenda #receitafederal #tiktoknotícias ♬ som original – Estadão

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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