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Vale (VALE3) e BB Seguridade (BBSE3) brilham nos dividendos; qual ação comprar?

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As ações da Vale (VALE3) e BB Seguridade (BBSE3) estão entre os melhores retornos de dividendos em relação ao valor dos papéis (dividend yield – DY), na lista de ativos que fazem parte do Índice de Dividendos (IDIV).

De acordo com levantamento realizado por Einar Rivero, sócio fundador da Elos Ayta Consultoria, a BB Seguridade é a empresa que teve o terceiro maior dividend yield (DY) no acumulado do primeiro trimestre de 2024. A BBSE3 teve um retorno de 3,75% do valor da ação no período, enquanto o papel da Vale retornou 3,55% do preço de sua ação para o investidor, ficando em quarto lugar.

É importante ressaltar que os valores são baseados no fechamento de 28 de março, quando a ação da Vale encerrou o pregão cotada a R$ 60,83. Já as ações da BB Seguridade terminaram o pregão daquele dia a R$ 32,52. “Vale ressaltar que esse é o DY informado para a B3 e não o que foi pago efetivamente pelas empresas”, diz Rivero.

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O primeiro lugar do ranking ficou com a Copasa (CSMG3), que pagou 4,26% do seu valor em dividendos. O segundo lugar ficou com a Itaúsa (ITSA4) que pagou 3,8% do valor da sua ação em dividendos em três meses.

Com base nos números do levantamento, o E-Investidor conversou com analistas do mercado financeiro para saber os motivos desse bom volume de pagamentos de dividendos de Vale e BB Seguridade e qual delas o investidor deve ter em sua carteira.

Segundo Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, um dos motivos para BB Seguridade e Vale estarem com essa número alto de dividendo yield é que as duas companhias pagam um grande volume de dividendos entre fevereiro e março.

“A BB Seguridade costuma pagar a maioria dos seus proventos nos meses de fevereiro e agosto. Enquanto a Vale paga a maioria em março e setembro. As duas empresas realizaram pagamentos relativamente bons no primeiro trimestre de 2023, por isso, elas aparecem no topo da lista”, explica Serra.

Felipe Moura, analista da Finacap, comenta que as ações da Vale possuem um segundo fator para estarem o com um DY elevado, que é a queda do papel nos últimos meses. “As ações caíram em um ritmo muito mais acelerado que os fundamentos por causa de um excesso de pessimismo do mercado”, afirma Moura.

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As ações da Vale recuaram 21,2% entre o fechamento de 28 de dezembro de 2023, último pregão do ano passado, e a última quinta-feira (28). A queda foi de R$ 77,20 para R$ 60,83.

De acordo com os analistas da Ativa Research, a queda foi devido aos temores relacionados à economia chinesa, que jogou os preços do minério de ferro para baixo. “A queda ocorre por conta da baixa recente dos preços na China, por dúvidas envolvendo o crescimento econômico do país e as incertezas oriundas do seu processo de sucessão e dos provisionamentos de Mariana”, afirma a corretora.

Qual ação deve pagar mais dividendos?

Os analistas concordam que “as duas ações são ótimas” alternativas para o investidor. No entanto, é possível o investidor ter três saídas diferentes. A primeira opção é se o investidor não se importar com a volatilidade do mercado de commodities para buscar um dividendo um pouco melhor.

Nesse caso, a preferência dos analistas é que o investidor escolha as ações da Vale (VALE3). Segundo os analistas, a empresa deve pagar um porcentual maior em dividendos em relação ao valor de seu ativo no mercado.

Segundo Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, os papéis da Vale estão descontados e muito atrativos para o investidor. “O preço está bem interessante, visto que a companhia está gerando muito caixa. Esperamos um dividend yield de 10% nos próximos 12 meses”, diz Soares.

O analista comenta que os preços do minério de ferro na China não vão surpreender e devem encerrar o ano no patamar de US$ 110 a US$ 120 por tonelada. Na quinta-feira (28), o minério de ferro encerrou o pregão na Bolsa chinesa de Dalian cotado a 797 iuanes, equivalente a US$ 110,27. O valor máximo da estimativa de Soares (US$ 120) representa uma alta de 8,82% em relação à cotação atual. O valor mínimo (US$ 110) representa uma queda de 0,2%.

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A Ativa Investimentos estima um Dividend Yield mais generoso para a companhia, de cerca de 11,6% em 12 meses. “Esperamos que a empresa pague R$ 6,74 por ação em dividendos em 2024. Isso porque a companhia está com a política de pagar 30% do Ebitda ajustado em proventos e deve realizar menos investimentos”, explica a Ativa em relatório.

Já João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research, é mais conservador. Ele estima que a empresa pode ter seu resultado atrapalhado pela não aceleração da economia chinesa e pagar cerca de 9,5% do valor da ação em proventos. “Apesar do crescimento programado, a queda de demanda China pode atrapalhar o resultado”, comenta Tonello.

O analista menos otimista com os dividendos da Vale é Lucas Serra, da Toro Investimentos. Ele estima que a mineradora deve pagar 8,75% do valor da ação em dividendos. Ele comenta que a ação é muito atrativa e paga dividendos recorrentes.

“No entanto, vale frisar que o papel tem um limite de entra para não ficar caro. O ponto de entrada máximo em Vale seria entre os R$ 82,61 para os investidores mais conservadores e os R$ 86,36 para os investidores mais arrojados. Das últimas vezes que a Vale atingiu o patamar de R$ 85, sempre apareceu uma força vendedora. Então, acho que fica um pouco mais complicado comprar as ações da Vale acima desse patamar”, argumenta Serra.

Na média geral, somando as quatro estimativas e dividindo por 4, os analistas calculam um Diviend Yield de 9,96% para Vale, ou seja, praticamente de 10%. O número é um pouco maior que a média estimada para BB Seguridade, que é de 9,82%.

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“A Vale deve pagar mais dividendos e apresenta um ação bem descontada, o faz com que o ativo seja melhor para quem busca um lucro maior”, salienta Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama. O especialista tem preferência pela ação da Vale.

Qual papel é mais defensivo?

Lucas Serra, da Toro Investimentos, diz que a ação da BB Seguridade pode ser mais interessante para o investidor que tem o perfil defensivo. “É uma escolha difícil, visto que as duas empresas pagam bons dividendos. No entanto, o papel da Vale tem mais volatilidade por estar ligado a uma commodity, que é o minério de ferro. Por isso, vejo a BB Seguridade como uma ação mais defensível, por ter uma volatilidade menor”, explica Serra.

O analista é o único a estimar que a BB Seguridade deve pagar um dividend yield maior que a Vale. Para ele, a mineradora tende a pagar um DY de 8,75% nos próximos 12 meses, enquanto a seguradora do Banco do Brasil deve pagar 10,68% do valor de sua ação em dividendos nos próximos 12 meses.

Os analistas da Ativa também são otimistas com a BB Seguridade e estimam um DY de 10,6% para 2024, menor que o DY de 11,6% da Vale. Na visão da corretora, esse patamar de pagamento da BB Seguridade deve acontecer por causa da política de payout da companhia. A empresa paga 90% do lucro de seu lucro em dividendos, o que é positivo para o investidor, visto que a companhia apresenta um resultado financeiro ainda sólido.

“Por outro lado, existem alguns riscos no nosso radar e que podem afetar o yield. Temos preocupações com a quebra de safra do agronegócio, que por sua vez, embora a BB Seguridade ressegure uma parcela relevante dos seus prêmios do segmento, devem gerar um aumento de sinistralidade e impactar o resultado”, dizem os analistas da Ativa.

Por causa dos riscos, a Ativa estima que o teto para o investidor comprar as ações da BB Seguridade seria por volta dos R$ 35. “Acima disso, a empresa começa a demonstrar baixa probabilidade de entregar bons retornos para o investidor”, argumentam os analistas da corretora.

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Lucas Serra, da Toro, relata também que o papel da BB Seguridade pode ser impactado pela redução da taxa básica de juros da economia, a Selic. A taxa de juros começou 2024 em 11,75%. O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), reduziu a Selic em 1 ponto porcentual em dois cortes de 0,5 ponto porcentual em 2024. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,75%. Segundo o mais recente boletim Focus, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano.

“A Selic é uma das fontes de remuneração da companhia, visto que o caixa da empresa que fica investindo em Selic. Ou seja, com a queda da taxa juros, imaginamos que o lucro e consequentemente os dividendos devem ter uma pequena redução. Mesmo assim, a ação deve continuar bastante atrativa para aquele investidor que foca no recebimento de proventos”, comenta Lucas Serra.

Já a Ativa diz que esse fator deve ser aliviado pela redução da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). “Esperamos um resultado financeiro ainda forte, mesmo com a queda dos juros, impulsionado por um desempenho ainda fraco do IGP-M, importante indexador para alguns passivos financeiros da empresa”, explicam os especialistas.

A Órama e a Benndorf Research concordam com as estimativas dos demais analistas, principalmente em relação à probabilidade de redução de lucro devido à queda da Selic. A Bendorf e a Órama estimam um dividend yield de 9% para a BB Seguridade.

Segundo o especialista da Benndorf Research, a BB Seguridade é uma empresa para quem teme uma piora da economia da China e uma grande recessão global, enquanto o papel da Vale é para quem acredita na melhora do país asiático e da economia global.

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Por isso, o analista da Toro conclui que o melhor é ter as duas ações na carteira. “Os dois papéis são ótimos. O melhor para o investidor é ter as duas ações na carteira como uma forma de diversificação. Mas se o investidor ainda não quiser diversificar, eu reitero minha preferência pela BB Seguridade”, recomenda.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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