Agronegócio
Anbima aponta dois fundos que estão recebendo fluxo de ativos isentos; veja
O vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Pedro Rudge, avalia que a diminuição da oferta de títulos isentos – a partir dos ajustes anunciados em fevereiro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – tem contribuído no direcionamento de fluxo para fundos de renda fixa e de infraestrutura. No primeiro trimestre deste ano, esses segmentos tiveram captação líquida de R$ 131,7 bilhões e R$ 22,2 bilhões, respectivamente.
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“Houve uma redução de tamanho da oferta. Todo mês emitem-se títulos isentos, mas isso diminuiu. E à medida que os títulos vencem, os recursos precisam achar outras alternativas de investimentos. Com isso, os fundos de renda fixa e de debêntures de infraestrutura parecem estar recebendo parte desses recursos”, disse Rudge, há pouco, durante coletiva de imprensa.
O executivo destaca que os fundos de infraestrutura têm apresentado melhora progressiva da captação líquida nos últimos meses, com entradas de R$ 6,1 bilhões em janeiro, R$ 6,8 bilhões em fevereiro e R$ 9,3 bilhões em março. Atualmente, o número de fundos é 508, ante 301 em março de 2023.
Fiagros não preocupam
Rudge também avalia que o noticiário recente sobre inadimplência de títulos em fundos de investimento em cadeias agroindustriais (Fiagros) não parece “abrangente ou problemática”. Para o executivo, tratam-se de “soluços” que acontecem no mercado de crédito.
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“Ainda não é muito relevante. Até onde conseguimos identificar são alguns poucos fundos. E faz parte da estratégia desses fundos, à medida que se corre risco de crédito, há eventuais soluços e solavancos. Como investidor tem que entender que faz parte do jogo. Não nos parece ser nada abrangente ou problemático”, disse.
O executivo afirma que a associação tem acompanhado os casos de “estresse” que têm aparecido na indústria, mas afirma que os Fiagros ainda são atrativos. “É um produto que dá oportunidade aos investidores terem exposição ao setor agro, onde o Brasil é competitivo, tem demanda de capital e necessidade de investimento”, diz.
Fluxo pode melhorar
Rudge afirma que uma conjunção de fatores deve apoiar o aumento na busca por risco e o fluxo para fundos de investimento, como o início do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos e a questão fiscal doméstica melhor endereçada, com um ambiente de negócios “mais calmo”. “É uma conjunção de fatores com a qual o investidor tende a ter mais confiança e buscar ativos de risco”, disse Rudge.
Para o executivo, conforme o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) demora a iniciar os cortes, isso pode afetar as decisões do Banco Central brasileiro. E com uma velocidade de queda de juros menor por aqui, os investidores podem preferir os retornos atraentes da renda fixa.
Mas Rudge avalia que, após dois anos de saída de recursos, a captação líquida positiva em R$ 105 bilhões no primeiro trimestre de 2024 é um “retorno à média”, uma retomada. “A trajetória de queda de juros [no Brasil] e a limitação de instrumentos isentos fez com que os fundos ficassem mais atrativos que antes”, afirma.
Segundo os dados da Anbima, a classe de renda fixa ainda é o carro-chefe na captação de recursos, com R$ 131,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Mas Rudge observa que as classes de ações e multimercados têm apresentado uma saída de dinheiro em velocidade menor. No primeiro trimestre de 2023, os resgates foram de R$ 22,2 bilhões em ações e de R$ 33,7 bilhões em multimercados, enquanto nessa janela de 2024 foram de R$ 2,1 bilhões e R$ 28,2 bilhões, respectivamente.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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