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Agronegócio

Mercado hoje: relatório de emprego dos EUA e agendas de Haddad e Campos Neto movimentam a sexta-feira

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A publicação do relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, de março é o evento mais aguardado pelo mercado global na agenda desta sexta-feira (5) e, junto com discursos de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ao longo do dia, pode dar um direcionamento mais claro sobre o provável momento do início de cortes de juros nos EUA neste ano.

No Brasil, serão acompanhados o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), os dados do setor público consolidado e as falas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem compromissos no Recife e no Ceará e retorna para Brasília no início da tarde em meio ao noticiário sobre a eventual troca de comando na Petrobras (PETR3; PETR4).

Os ativos financeiros americanos ajustam-se em alta nesta sexta-feira, no aguardo do payroll e de novos sinais do Fed sobre a política monetária nos EUA. A mediana de estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast aponta uma criação de 200 mil vagas em março, um ritmo ainda bem robusto para padrões históricos.

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Porém, as bolsas europeias mostram quedas significativas reagindo a dados econômicos decepcionantes na região e se ajustando às perdas das ações em Wall Street nessa quinta-feira (4), após comentários de dirigentes do Federal Reserve reforçarem preocupações sobre a trajetória dos juros básicos americanos.

Mesmo com a postura paciente das autoridades, a curva futura apontava chance majoritária de o ciclo de relaxamento começar em junho e acumular corte de 75 pontos-base até o final do ano, conforme indica plataforma de monitoramento do CME Group.

Na zona do euro, as vendas no varejo tiveram recuo mensal de 0,5% em fevereiro, um pouco mais acentuado do que se previa. Apenas na Alemanha, a maior economia do continente europeu, as encomendas à indústria mostraram leve avanço de 0,2% no mesmo período, menor do que o esperado.

O ministro da defesa da Alemanha anunciou nesta quinta-feira um plano para simplificar e reorganizar o comando militar do país como parte dos esforços para tornar suas forças armadas “capazes de guerra”. O petróleo se mantém no maior patamar desde outubro, acima de US$ 90 o barril, por ameaça à oferta da commodity decorrente das crescentes tensões no Oriente Médio.

Embaixadas israelenses ao redor do mundo foram colocadas sob alerta para possível ataque, dias após uma ofensiva a um consulado iraniano na Síria. O risco de uma guerra direta entre Israel e Irã atingiu o maior nível desde o começo do conflito em Gaza, afirma a Capital Economics. Uma eventual campanha bélica entre os dois países poderia elevar os preços de petróleo de maneira significativa, segundo a consultoria.

Mercado hoje no Brasil

As altas moderadas dos índices futuros em Nova York e do petróleo podem amenizar o humor local, mas ser insuficiente para apoiar a Bolsa em meio a preocupações no mercado com possível troca de comando na Petrobras (PETR3; PETR4).

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um procedimento na Gerência de Acompanhamento de Empresas 1 para investigar a circulação de notícias sobre uma possível saída do diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, com Aloizio Mercadante sendo o principal cotado ao posto.

Uma leve queda de 0,19% do minério de ferro em Cingapura nesta manhã de sexta-feira pode pesar nas ações da Vale (VALE3) também. Já o avanço dos juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) e do dólar frente as moedas principais e várias emergentes e ligadas a commodities tende a puxar a curva de juros futuros e dar fôlego ao mercado de câmbio, embora a moeda americana mostre queda ante o peso mexicano e o rand sul africano, que pode trazer pressão de baixa pontual antes do payroll.

O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na quinta-feira que diante do mercado de trabalho e da atividade aquecidos, é natural esperar uma possível desinflação mais lenta. “Não vi divergência na última reunião do Copom”, afirmou. Para ele, não são necessárias novas intervenções no câmbio e o momento é de reforçar que a retirada do forward guidance (projeção utilizada para influenciar as expectativas do mercado) de sua comunicação foi para ganhar mais alguns graus de liberdade.

No comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) mais recentes, o BC mudou sua orientação de cortes da Selic em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões (no plural) para apenas mais um corte na mesma magnitude na reunião de maio.

Agenda econômica do dia

O relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) de março é o destaque do dia (9h30). Saem também dados de crédito ao consumidor americano em fevereiro (16h). Pelo menos quatro dirigentes do Fed discursam: Susan Collins, de Boston (9h30); Thomas Barkin, de Richmond (10h15); Lorie Logan, de Dallas (12h); e a diretora Michelle Bowman (13h15).

Estão programados também o IGP-DI de março (8h), para o qual a mediana das estimativas indica queda de 0,39%, ante 0,41% em fevereiro, e os dados do setor público consolidado de fevereiro (8h30).

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O déficit primário de R$ 58,444 bilhões do governo central em fevereiro – o pior desempenho em termos reais para a série histórica do Tesouro nacional, iniciada em 1997 – deve impulsionar o saldo negativo do setor público consolidado no mês, avaliam economistas consultados pelo Projeções Broadcast.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, fala em evento do Grupo de Líderes Empresariais (10h). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de painel em evento (17h), entre outros compromissos.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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