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Esta empresária quer levar o dinheiro da Faria Lima para a descarbonização

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No Brasil, estima-se que sejam necessários entre US$ 160 bilhões por ano para convergir em direção à descarbonização da economia

O termo ESG, que se refere a quesitos ambientais, sociais e de governança, ganhou muita força no mercado nos últimos anos. Porém, na visão da empresária Marina Cançado, só falar sobre o assunto não é suficiente. Para ela, é preciso pensar que os investimentos feitos agora serão decisivos para a existência de qualquer futuro. E é nisso que ela está trabalhando.

Os números não mentem. No Brasil, estima-se que sejam necessários entre US$ 160 bilhões por ano para convergir em direção à descarbonização da economia, o que também teria um efeito positivo em PIB e emprego, segundo o Plano de Transformação Ecológica do Governo. No mundo, esse valor chega a US$ 4,5 trilhões ao ano.

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A empresária não tinha ideia de seu propósito com essa questão, mas já tinha noção, desde muito jovem, das dificuldades sociais. Filha de médico, Cançado passou sua infância brincando pelos corredores da Santa Casa, onde começou a perceber os desafios do sistema público. Com essa experiência, ela decidiu estudar administração na Fundação Getúlio Vargas, onde conviveu com colegas que tinham iniciativas bem próximas das suas, focando no meio ambiente e no social.

Sua intenção sempre foi ter um impacto relevante na sociedade e, para isso, decidiu desenhar, ao longo de seu curso, diversas estratégias para apoiar o governo em soluções focadas para o sistema público, forma que acreditava ser a mais fácil de ganhar escala dentro do Brasil.

Com isso, com 20 anos ela fundou seu primeiro negócio, o Instituto Tellus, que tinha o objetivo de levar inovação para os governos do país, colocando o cidadão no meio da política pública. O projeto recebeu investimentos de personalidades como Ana Maria Diniz e Luciano Huck.

Em 2013, com o projeto em pleno funcionamento, Cançado recebeu dois convites: um para liderar o programa de educação financeira do projeto Bolsa Família. “Pra mim, foi uma oportunidade única de conhecer a fundo o Brasil e entender realmente, fora da bolha, quais eram as questões que precisavam ser trabalhadas”, afirma.

O outro convite, completamente oposto, foi para criar um programa para jovens herdeiros em nome do FHC, que chamava-se “Legado para a juventude”. “A ideia do FHC era construir uma visão compartilhada entre essas novas lideranças sobre o que o Brasil poderia se tornar nos próximos anos e assim criar negócios com esse foco”, explica a empresária.

Ela aceitou os dois convites, decidindo deixar o Tellus para trás, na liderança de seu sócio, que mantém o projeto até hoje. Com essas experiências, Cançado percebeu uma grande distância entre a visão de país dos grandes empresários e o destino de seus investimentos, o que não fazia sentido para ela.

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“Com isso, eu comecei a montar um planejamento para levar os negócios de onde eles estavam para uma trajetória de futuro desejável, pensando em projetos e caminhos para que isso realmente acontecesse”, diz a empresária. Nessa trajetória, ela percebeu que precisava se aprofundar mais no assunto e decidiu viajar o mundo por um ano para conhecer as principais lideranças no setor e aprender com eles por meio de eventos e congressos.

Foi aí que ela se deu conta de que o Brasil estava muito atrasado em relação ao mundo quando o assunto era ESG e agenda climática. Nesse momento ela decide criar um evento, o Converge Capital Conference, que tem como objetivo trazer o capital para essas questões que vão definir o futuro do mundo. O evento aconteceu em fevereiro de 2020 e uniu mais de 25 palestrantes internacionais, que trouxeram suas perspectivas sobre o assunto.

“Minha ideia era unir os principais tomadores de decisão e levá-los para uma imersão de dois dias falando sobre como o futuro vai ser resultado de nossas escolhas de capital hoje”, diz. “E nós conseguimos juntar as maiores famílias empresárias do país para falar sobre o assunto, feito que até hoje não sei como foi possível.”

Com a repercussão do evento, Cançado foi chamada para montar a área de investimentos sustentáveis na XP, focando em clientes private e depois disseminando para o público geral.

Nessa experiência, ela conseguiu mostrar aos investidores que não é possível ignorar as mudanças climáticas dentro dos investimentos. “Se você vai investir em uma empresa de agro, precisa saber como ela vai ser impactada com essas mudanças. É preciso pensar nesse futuro e em como as companhias e o mundo serão afetados, porque isso afeta o dinheiro de todos também”.

Cançado sabe que esse é um trabalho de formiguinha, mas com o apoio e dinheiro de grandes companhias, ele se torna mais rápido e eficaz. Pensando nisso, quatro anos após o primeiro evento, a empresária traz novamente o Converge Capital Conference, no dia 21 de maio. Agora com cinco dias de duração, o evento se transforma no Brazil Climate Investment Week.

Com essa nova edição, a empresária tem a intenção de ensinar o mercado financeiro sobre a descarbonização, entendendo como analisar risco e quais são as oportunidades de investimento no setor sustentável. “O capital não está fluindo para essas oportunidades na magnitude que precisamos e é isso que queremos mudar”, complementa a executiva.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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