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Agronegócio

Juros fecham em alta firme com disparada dos Treasuries

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Os juros futuros fecharam o dia em alta firme, acompanhando a piora no mercado de Treasuries, com a taxa da T-Note de 10 anos se firmando acima de 4,50%, em movimento justificado pelo índice de inflação ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos. A ata da reunião do Federal Reserve, realizada há três semanas, ressaltou as preocupações com a inflação e manteve a pressão sobre os ativos.

Internamente, o IPCA de março perto do piso das estimativas não foi capaz de se impor como vetor de redução para os prêmios. No fechamento, as taxas longas subiam 20 pontos-base. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025, que ontem teve ajuste a 9,937%, estava em 10,020%. O DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 10,17%, de 9,98% ontem, e a do DI para janeiro de 2027 subia de 10,30% para 10,51%. A do DI para janeiro de 2029 superava 11%, a 11,05%, de 10,85% ontem.

O volume de contratos negociados foi muito acima do padrão, o que, somado ao nível de abertura das taxas, sugere zeragem de posições vendidas em juros, que foram atropeladas pela reprecificação dos ativos com relação à política monetária nos Estados Unidos. O DI mais líquido, janeiro de 2025, girou, no horário acima, 2,3 milhões de contratos, ante média diária de 794 mil nos últimos 30 dias. O CPI cheio e o núcleo, ambos em 0,4%, vieram pouco acima do esperado (0,3%), mas em 12 meses se mantêm acima dos 3%, ainda longe da meta de 2%. A abertura do dado também não agradou, com destaque para a pressão em serviços.

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À tarde, a ata do Fed reiterou o “mantra” de que é necessário haver maior confiança na evolução da inflação, apesar de reconhecer os progressos. O mercado não só jogou para setembro a maior probabilidade de início do ciclo de corte de juros como passou a precificar chance mais forte de haver apenas um corte este ano, probabilidade empatada com duas quedas de 25 pontos-base. No fim da tarde, a taxa da T-Note de dez anos estava em 4,55%, renovando as máximas desde novembro.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta tarde, em entrevista à Globonews, afirmou que o CPI foi ruim e que as perspectivas são de que o ciclo de corte lá pode não iniciar em junho. Porém, voltou a dizer que não há relação mecânica entre o cenário dos juros americanos e o brasileiro e não dá para dizer que a mudança no cenário externo vai afetar decisão do Copom em maio. “Hoje, o cenário não mudou substancialmente”, disse.

De todo modo, em meio a movimentos de “stop loss”, a curva de juros precificava nesta tarde -45 pontos-base para a Selic no Copom de maio, ou seja, mostrava alguma chance de o corte na próxima reunião ser menor do que os 50 pontos indicados no forward guidance do Copom. Para junho, são -24 pontos, com aposta consolidada na redução do ritmo de 25 pontos. Para a Selic terminal, a curva a termo indica taxa perto de 10,00%.

O economista da CM Capital Matheus Pizzani explica que, embora a relação entre os juros lá e cá não seja automática, o mercado aposta que as ações do BC podem se guiar pelo diferencial de juros que deve afetar os fluxos internacionais e, por consequência, o câmbio. “A questão é se o câmbio vai pesar na inflação via bens comercializáveis, o que não temos visto por enquanto”, afirma.

Na sua avaliação, a queda da Selic em 50 pontos em maio não corre riscos. “O BC não precisa ser mais conservador tão logo, porque o juro real ainda é muito alto”, avalia. O IPCA de março teve apenas meia hora destaque na curva de juros, com queda firme das taxas até que saísse o CPI às 9h30. A alta de 0,16% veio bem abaixo da mediana das estimativas (0,24%) e colado ao piso das projeções (0,15%), ante 0,83% em fevereiro. Foi a menor taxa para o mês desde 2020.

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Em 12 meses, a inflação oficial saiu de 4,50% para ficar abaixo de 4%, a 3,93%. Os preços de abertura, porém, não entusiasmaram. Ainda que núcleos e serviços tenham desacelerado no acumulado de 12 meses, serviços subjacentes, aos quais o Banco Central dá atenção especial, ganharam fôlego, saindo de 4,89% para 4,99%.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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