Agronegócio
Mercado hoje: inflação e ata do banco central dos EUA e entrevista com Campos Neto movimentam as bolsas nesta quarta-feira
O destaque desta quarta-feira (10) fica com a divulgação dos índices de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, Brasil e China. Lá fora, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) publica a ata da mais recente reunião. Por aqui, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, concede entrevista à GloboNews.
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Os mercados nos EUA e na Europa operam com margens estreitas em sua maioria nesta manhã de quarta-feira. Há grande expectativa em relação à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano de março, que poderá ajudar nas apostas para a trajetória dos juros do país, em meio ao avanço das incertezas.
A expectativa mediana para o CPI é de alta de 0,3% em março, após 0,4% em fevereiro. Recentemente, o payroll forte elevou as dúvidas quanto ao início dos cortes do juro básico dos EUA – se junho ou julho – e em relação à quantidade de quedas. Outro foco fica com a ata do Fed, além da participação de dirigentes do BC americano em eventos nesta quarta-feira.
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Enquanto isso, os índices futuros de ações de Nova York sobem de forma moderada, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) miram queda, após avanço discreto mais cedo.
A alta das bolsas europeias também é módica e o petróleo sobe levemente, enquanto o dólar mantém estabilidade ante outras moedas fortes. As bolsas asiáticas fecharam em baixa, com exceção da bolsa de Hang Seng, em Hong Kong, após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês.
Agenda econômica no Brasil
Os ativos domésticos podem abrir próximos da estabilidade, seguindo o comportamento moderado no exterior e digerindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), à espera do CPI americano de março. No Ibovespa, as commodities podem ajudar em alta, mesmo após a valorização de 0,80% (129.890,37 pontos) nessa terça-feira (9).
O minério de ferro em Dalian, na China, subiu 1,43% e pode instigar recuperação dos papéis da Vale (VALE3). Já o petróleo avança levemente, o que pode eventualmente estimular os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4). Os ADRs (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) das duas empresas sobem no pré-mercado de Nova York nesta manhã de quarta-feira.
No entanto, ficam no radar as incertezas na Petrobras. Na terça-feira (9), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu “paz” à estatal e disse que o cargo de presidente da empresa cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os mercados ainda avaliarão com afinco o IPCA de março, para o qual espera-se arrefecimento, no sentido de encontrarem pistas sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) após junho, dado que para este mês parece certo um novo corte da Selic de meio ponto porcentual.
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Além disso, fica no radar a aprovação, pela Câmara, nessa terça-feira à noite, de uma alteração no arcabouço fiscal que permite ao governo antecipar cerca de R$ 15 bilhões em despesas.
Agenda desta quarta-feira
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA de março (9h) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de cerimônia da Ordem do Mérito Judiciário Militar, em Brasília (10h). Às 14h30, Campos Neto participa do Programa Estúdio i, da GloboNews.
No exterior, sai o CPI dos EUA (9h30) e dados de inflação da China (22h30). O Fed publica a ata da mais recente reunião (15h).
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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