Connect with us

Agronegócio

Conheça 3 novas expressões do mercado que significam problema para o Brasil

Avatar

Published

on

Basta mudar um pouco as perspectivas de mercado para os analistas financeiros apresentarem ao público novas expressões que sintetizam o momento do ambiente de negócios. E as mais recentes expressões não são muito favoráveis ao Brasil.

O reflation trade, por exemplo, é um termo que volta a ser utilizado para descrever a dinâmica forte da economia dos Estados Unidos, ante uma expectativa, até então, contrária, com todo mundo esperando um processo desinflacionário na maior economia do mundo.

Leia também: Só 15 fundos multimercados batem o CDI no ano. E eles têm uma aposta em comum

Para o brasileiro, isso significa que, mesmo uma inflação em desaceleração por aqui – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março em 0,16% veio abaixo do previsto – pode não ser suficiente para o Banco Central (BC) dar continuidade a sua política de redução de juros e estímulo à economia.

Saiba mais: Como um simples “S” se tornou a grande estrela da decisão do Copom

Com a economia americana forte o bastante para pressionar a inflação por lá, os juros americanos se impõem ao Brasil. As taxas dos EUA estimulam a saída de capital estrangeiro do País, que valoriza o dólar e pressiona os preços domésticos. “Esse movimento começa a causar impactos na curva de juros brasileira e a limitar o alcance do Banco Central em relação à queda da Selic“, diz João Piccioni, gestor de fundos da Empiricus Gestão.

No contexto geral do reflation trade, os investidores internacionais costumam dar preferência a ativos que se beneficiam do crescimento econômico e da elevação das taxas de juros.

Outras expressões do mercado financeiro

Essa elevação de taxas americanas traz o risco de outro jargão não muito simpático ao Brasil neste momento: o flattening, ou nivelamento. Isso pode acontecer porque lá, como dizem os analistas, os juros estão com a curva invertida.

Publicidade

Diferente do Brasil, onde os juros de curto prazo são menores, nos EUA a ponta longa é que está negociando a taxas inferiores. “A gente tem visto os juros de dez anos acelerarem, indo em direção aos juros mais curtos”, diz Piccioni. O nivelamento de curva mostra que o mercado passa a exigir mais juros, acreditando numa inflação persistente.

Veja ainda: Conheça o investimento de renda fixa sem come-cotas e com tributação menor que a dos fundos

Esse é o cenário de higher for longer, ou juros altos por mais tempo. Em março, os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram além das previsões, impulsionados pelos custos crescentes de combustível e habitação. Isso gerou incertezas adicionais sobre se o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciará a redução da taxa de juros este ano.

O pior quadro nesta conjuntura seria o de bear steepening – o inclinamento de baixa do mercado –, que indica uma expectativa de desaceleração econômica no futuro. No bear steepening, a ponta de juros longo começa a subir com mais velocidade que os juros curtos. “Se isso acontecer nos EUA, provavelmente veremos no Brasil também. A meu ver, apostas direcionais em quedas de juros no Brasil meio que vão ficar como carta fora do baralho”, opina Piccioni.

E juros altos não precisam de jargão para explicar o que significa, já que reduzem o consumo e o investimento, levando a uma desaceleração na economia.

Confira os novos jargões do mercado financeiro

Reflation Trade é uma tática de investimento usada quando se espera que a economia melhore. Normalmente, essa estratégia é usada quando a economia está se recuperando de uma fase de desaceleração ou recessão e caminhando para o crescimento

Flattening da curva é um efeito que ocorre quando as taxas de juros de longo prazo de títulos de renda fixa se aproximam ou se igualam às taxas de curto prazo. Isso geralmente acontece quando a economia pode estar caminhando para inflação ou recessão.

Bear steepening é quando a curva de rendimento se alarga devido ao aumento das taxas de juros de longo prazo em um ritmo mais rápido do que as taxas de curto prazo. Isso geralmente indica que há uma expectativa de inflação ou um aumento generalizado dos preços na economia.

Publicidade

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024

Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

Leia também

Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

Siga a ForbesAgro no Instagram

Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

Escolhas do editor

O post Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

Avatar

Published

on

By

O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

Publicidade

Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

Publicidade

Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

Continue Reading

Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

Avatar

Published

on

By

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O post Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continue Reading

Popular