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Agronegócio

Juros fecham em queda limitada pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries e do dólar

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Os juros futuros terminaram o dia em queda, fazendo uma pausa no movimento de estresse que marcou as últimas sessões, numa tentativa de correção às altas recentes, mas limitada pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries e do dólar. Havia grande expectativa em relação à entrevista coletiva do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Washington, após as declarações de ontem que mexeram com as apostas para a Selic, mas não houve novidades que pudessem alterar o quadro.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,420%, de 10,429% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 passou de 10,76% para 10,67%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,94% (11,05% ontem) e o DI para janeiro de 2029, taxa de 11,34%, ante 11,47% ontem no ajuste.

A escalada das taxas nas últimas semanas deixou espaço grande para ajuste, mas o ambiente de incertezas no exterior e o risco de um ciclo de alívio monetário mais comedido no Brasil restringiram a queda dos prêmios de risco. “Finalmente, o mercado conseguiu hoje parar para respirar, depois de um turbilhão de dados e eventos geopolíticos e fiscais desde a semana passada”, afirmou a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.

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Ela classifica a quinta-feira como um dia de estabilidade possibilitada pela ausência de “fatores macro relevantes” e de “movimentos geopolíticos que pudessem alimentar a aversão ao risco”. As taxas longas, que vinham subindo em ritmo muito mais forte, tiveram alívio ligeiramente maior ante as demais, principalmente no início dos negócios, quando a taxa da T-Note de dez anos ainda rodava abaixo dos 4,60%.

No fim da manhã, voltou a cruzar aquela linha, assim como o yield da T-Note de 2 anos voltou a se aproximar de 5%, pressionadas por discursos de dirigentes do Federal Reserve, com destaque para a fala do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic. Ele afirmou que não será possível cortar os juros antes do fim do ano. As pontas curta e intermediária mostraram maior rigidez, mesmo depois da entrevista de Campos Neto por volta das 14h30.

Após a reação avassaladora das taxas ontem à sinalização dele que o Banco Central poderia não seguir o forward guidance caso o nível elevado das incertezas persista, a entrevista de hoje seria uma oportunidade para uma eventual correção de rota. Não houve retrocesso, tampouco ele colocou mais lenha na fogueira. Ele explicou que a visibilidade no cenário atual é menor, após a reprecificação do processo de desinflação. “A gente então passa agora a uma fase onde existe uma probabilidade maior de ter uma taxa de juros mais alta por mais tempo”, afirmou. Comentou ainda que a valorização do dólar só será levada em consideração se interferir nas variáveis que interferem na função de reação do BC.

Para Campos Neto, a alta do dólar pode impor a necessidade de reação de alguns banqueiros centrais, mas o Brasil está em uma situação melhor. Ele lembrou que os fundamentos externos do País são positivos, com aumento dos superávits comerciais. Desse modo, a precificação da curva para a Selic nos próximos meses não se alterou em relação ao que se via ontem, com apostas cravadas na redução da dose de alívio da Selic em maio para 0,25 ponto. Tal movimento de cautela já é visto também entre os economistas.

Na pesquisa do Projeções Broadcast, 29 entre 33 instituições consultadas mantém a expectativa de queda de 0,5 ponto em maio. Banco Pine, Asa Investments, GAP Asset e JFTrust são as que preveem desaceleração a 0,25 ponto.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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