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Halving do Bitcoin acontece hoje; veja o que esperar da cripto após o evento

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A chegada do halving deve adicionar ainda mais volatilidade ao bitcoin (BTC) e pode trazer dúvidas para o investidor sobre o que pode acontecer com a moeda digital nos próximos meses. Com base nas experiências anteriores, o evento que está previsto para este fim de semana costuma puxar para cima a cotação do BTC após reduzir pela metade as recompensas aos mineradores de criptomoedas – os responsáveis pelos registros das transações.

O que é o halving do bitcoin?

No entanto, os analistas alertam que essa valorização não deve ser imediata e, no lugar de ganhos, a maior criptomoeda em valor de mercado pode apresentar uma desvalorização. Isso deve acontecer porque, segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, há investidores – especialmente aqueles que compraram na última máxima histórica do BTC – que podem vender suas posições durante qualquer movimento de alta para reduzir os prejuízos ou alcançar lucros no curto prazo. Se esse movimento ocorrer, tende a empurrar o preço do BTC para baixo.

“O grande ponto é entender se o tamanho da oscilação de preços que o halving deve gerar pode valer a pena a realização de lucros para, depois, comprar novamente”, diz Fernandes. As expectativas dos investidores não atendidas nos primeiros dias após o halving também podem trazer uma pressão de venda para o bitcoin e derrubar a cotação. Apesar da possibilidade de uma desvalorização, as perspectivas para o médio e longo prazo são mais otimistas com as expectativas de avanços ainda mais significativos do bitcoin.

Com base nos halvings anteriores, o bitcoin apresentou uma valorização exponencial no mercado. No dia do primeiro halving, em 2012, o preço era de US$ 12 e seis meses depois atingiu US$ 130. O avanço consistente seguiu nos eventos seguintes. Em 2016, no segundo halving, o preço do BTC era de US$ 660 e seis meses depois alcançou o patamar de US$ 900. “Os ciclos do bitcoin, quando analisamos do ponto de vista do evento do halving, costumam entregar muitos ganhos dentro de 12 a 18 meses”, diz Israel Buzaym, head de comunicação do Bitybank.

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Atualmente, a recompensa em cada bloco minerado é de 6,25 BTC. Após o halving deste ano, a recompensa cai para 3,125 BTC por bloco minerado – os cálculos matemáticos que registram as transações de criptomoedas na rede. Os efeitos dessa redução serão ainda mais contundentes com o aumento da demanda pelo ativo por meio dos ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos, lançados em janeiro deste ano. “A BlackRock, sozinha, ao longo de vários dias no primeiro mês de operação do seu ETF de Bitcoin SPOT, comprou cerca de 9.000 BTC. Ou seja, é possível supor que exista uma demanda 10x maior do que a oferta (criação de novos bitcoins)”, ressalta Buzaym.

A melhora do cenário macroeconômico com as perspectivas de queda de juros também endossa o movimento de valorização da criptomoedas. Na reunião do dia 20 de março sobre a taxa de juros, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) informou que mantém a projeção de três cortes de juros até dezembro. Se as expectativas se concretizarem, o apetite a risco deve aumentar entre os investidores com a perspectiva de queda de rentabilidade dos ativos de renda fixa que se beneficiam com a alta dos juros.

Esse contexto macroeconômico favorece a cotação do bitcoin no médio prazo, já que os analistas consideram a criptomoeda como um ativo de alto risco. “Pode haver um aumento da participação de detentores (investidores) de longo prazo no BTC. Caso isso ocorra, é provável que haja melhoria na performance geral do Bitcoin nos próximos meses”, avalia Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.

O que o investidor deve fazer?

O investidor com posição em bitcoin não deve se intimidar com as volatilidades de curto prazo. A atenção deve estar voltada, como orientam os analistas, para os movimentos esperados no longo prazo. “O investidor geralmente sofre muito mais por ficar de fora do que por quedas momentâneas e passageiras. No longo prazo, sabemos que o BTC vai continuar vencendo”, ressalta Buzaym.

Ainda com base nos movimentos dos últimos halvings, os efeitos da redução de recompensas aos mineradoras duraram no mercado em média de 12 meses a 18 meses após a realização do evento. Foram nesses períodos que o BTC conseguiu renovar suas máximas históricas. A grande questão deste ano é que a criptomoeda já alcançou novas máximas históricas um mês antes do halving, como mostramos nesta reportagem.

Para Fernandes, o comportamento atípico, até o momento, não mudou as projeções de altas no médio e longo prazo para o BTC. “Analisando os dados históricos e alguns modelos consolidados, como o stock-to-flow, e até o comportamento de parte do mercado em relação aos ETFs de Bitcoin, essa projeção de 1 ano parece ainda dentro do jogo”, diz o analista da Foxbit.

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Já Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, acredita que o ambiente econômico abre espaço para a moeda digital alcançar o patamar de US$ 100 mil em dezembro deste ano. No entanto, ele alerta que o movimento de alta não será linear. “A última vez que o Bitcoin rompeu a máxima caiu bastante. Algumas semanas subiu, tentou romper de novo e caiu novamente”, afirma o especialista.

Independentemente do patamar que o BTC alcançar no futuro, os analistas são unânimes na orientação aos investidores: realizar pequenos aportes, diversificar os investimentos e manter o foco no longo prazo. A estratégia, além de reduzir os riscos do portfólio, garante a exposição dos investidor em vários períodos de valorização do bitcoin.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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