Agronegócio
Dólar hoje: moeda fecha em queda pelo 3º pregão seguido
O dólar emendou o terceiro pregão consecutivo de baixa firme no mercado doméstico de câmbio na sessão desta terça-feira (23), acompanhando a onda de enfraquecimento global da moeda americana e o recuo das taxas dos Treasuries. Sinais de perda de força da economia do EUA, após a divulgação de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) referentes a abril, elevaram as chances de o Federal Reserve promover dois cortes da taxa de juros neste ano.
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Tirando um movimento limitado de alta na primeira hora de negócios, antes da divulgação de indicadores americanos, a divisa trabalhou em queda no restante do pregão. Com aprofundamento das perdas ao longo da tarde, em sintonia com o exterior, o dólar registrou mínima a R$ 5,1195. No fim do dia, a moeda recuava 0,74%, a R$ 5,1304 – menor valor de fechamento em dez dias.
Nos três últimos pregões, a divisa acumulou queda de 2,28%. Em abril, contudo, o dólar ainda apresenta valorização de 2,29% ante o real. No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho da moeda americana em relação a seis divisas fortes, em especial o euro – voltou a trabalhar abaixo da linha dos 106,000 pontos, com mínima aos 105,614 pontos.
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Entre as principais divisas emergentes e de países exportadores de commodities, os maiores ganhos foram do peso mexicano e do real. Trata-se de uma recuperação esperada dado que ambas as moedas ainda acumulam as piores perdas entre emergentes no mês. “O movimento de alta do dólar foi muito forte na semana passada e está sendo revertido aos poucos. O dólar está voltando também em relação a outras moedas. E aqui os exportadores estão trazendo recursos para aproveitar a taxa de câmbio mais alta”, afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. “O BC acertou em não intervir. Os fundamentos mudaram e não fazia sentido atuar para mascarar esse processo”.
Nos EUA, o PMI composto divulgado pela S&P Global caiu de 52,1 em março para 50,9 em abril, no menor nível em quatro meses. Analistas esperavam alta para 52,5. O PMI Industrial recuou de 51,9 para 49,9. Leituras abaixo de 50 indicam contração da atividade. Ferramenta dos CME Group mostrou aumento das chances de redução de 50 pontos-base de juros pelo Fed neste ano, que passaram a se situar um pouco acima das apostas em corte de apenas 25 pontos-base. “Esses PMIs são geralmente dados secundários. Mas hoje fizeram preço. Isso mostra o mercado muito sensível a qualquer informação marginal depois de o próprio Fed dizer que está mais ‘data dependent”, afirma Lima, ressaltando que, em fala na semana passada, o presidente do BC americano, Jerome Powell, adotou um tom mais conservador, evitando se comprometer com queda dos juros neste ano.
Na sexta-feira (26), sai o índice preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida pelo Fed. Para Lima, dados de atividade e inflação nos EUA, que vão balizar as apostas em torno dos próximos passos do Fed, ainda são determinantes para a trajetória do dólar. Não se pode desconsiderar, contudo, os impactos dos “fatores idiossincráticos” domésticos.
Apesar do fortalecimento da moeda americana no exterior em abril, o real poderia ter se depreciado menos não fossem questões locais, como a novela em torno dos dividendos da Petrobras e a mudança das metas fiscais no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No momento, as atenções se voltam para os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para desmontar a pauta-bomba no Congresso que pode engordar os gastos em R$ 70 bilhões. Após reunião hoje com o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), Haddad disse houve acordo para votação do projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com custo fixo de R$ 15 bilhões até 2026.
Para o Citi, o aumento do risco fiscal local ajuda a explicar a depreciação recente do real e deve levar o dólar a oscilar em torno de R$ 5,10 no fim de 2024. Antes, o banco esperava que a taxa de câmbio se mantivesse abaixo de R$ 5,00, dada a solidez das contas externas. “A depreciação do real, combinada a um aumento do CDS Credit Default Swap do Brasil acima da média dos emergentes, indica que os preços dos ativos domésticos não estão reagindo só a fatores externos”, diz o banco.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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