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Agronegócio

Embrapa indica que apenas 0,57% de região cafeeira amazônica teve desmate desde 2020

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Reuters

Frutos de café

A principal região produtora de café robusta da Amazônia, situada em Rondônia, teve apenas 0,57% do total cultivado em áreas desflorestadas após 2020, o que mostra que a zona cafeeira está quase toda em conformidade para atender a nova legislação antidesmatamento da União Europeia, segundo estudo da Embrapa divulgado nesta terça-feira.

As Matas de Rondônia englobam 4,2 milhões de hectares, sendo mais da metade de florestas nativas, que contam com reservas indígenas na maior parte delas, enquanto os cafezais estão espalhados por 34,4 mil hectares, ou 0,8% do total da região, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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“A gente sabe exatamente onde estão as áreas onde houve desmatamento recente. Então, qualquer país, seja da Europa ou não, que queira garantias de que o café que ele está comprando não provém de áreas de desmatamento recente, a gente pode dar”, afirmou o pesquisador da Embrapa Rondônia Enrique Alves, um dos autores do trabalho.

O estudo, que também contou com a participação dos pesquisadores da Embrapa Territorial Carlos Ronquim e Nívia Rocha, comparou imagens e dados de área de 2020 e de 2023, identificando 194,8 hectares de desmatamento recente.

“Mas a legislação europeia vai considerar a partir de 31 de dezembro de 2020…, basicamente a partir de 2021”, disse Alves, em referência à data de corte que deve barrar importações de commodities ligadas ao desmate no mundo, e que não geraria problemas para a principal área produtora de Rondônia.

Segundo Alves, com base nos dados do estudo, uma cafeteria poderá comprar o café de Rondônia “com certeza de que não veio de desmatamento”.

A cafeicultura rondoniense, que atualmente detém a maior produtividade média entre os Estados produtores de café do Brasil, com cerca de 50 sacas por hectare, segundo dados da estatal Conab, evoluiu muito desde 2010 com a incorporação de variedades mais produtivas, melhora no manejo e adensamento.

A produção total do Estado é estimada em 3,2 milhões de sacas de 60 kg, enquanto as Matas de Rondônia — com mais da metade da área cafeeira rondoniense e uma produtividade de 68 sacas, acima da média estadual — devem responder por mais de 2 milhões do total da colheita, que já começou na safra atual.

A produtividade do Estado também é bem superior à média nacional, de 30 sacas por hectare, já que Rondônia só cultiva grãos canéforas, com rendimento agrícola superior ao arábica, dominante na lavoura brasileira.

Produtores da região das Matas de Rondônia, que conta com indicação geográfica (IG) do tipo denominação de origem (DO) para café canéfora (conilon e robusta) desde 2021, também tem buscado melhorar a qualidade, de olho no mercado externo, que já tem absorvido parte da produção do Estado.

O pesquisador ponderou que o trabalho ainda vai ajudar pequenos proprietários rurais que teriam dificuldades em produzir evidências sobre o cumprimento dos critérios da legislação da Europa, principal destino dos grãos do Brasil. Tais comprovações exigem a geração de dados que demandam tecnologia e investimentos.

Potencial de crescimento

Embora Rondônia seja um produtor menor do Brasil em termos absolutos, com safra estimada pela Conab para 2024 em 3,2 milhões de sacas, ou pouco mais de 5% da safra nacional, trata-se de um Estado com grande potencial de crescimento.

Nas Matas de Rondônia, por exemplo, há quase 2 milhões de hectares de pastagens para gado abertas em um passado mais distante, que poderiam ser convertidas em cafezais sem desrespeitar legislações, segundo a Embrapa.

Impulso não falta, já que os preços do café robusta estão em máximas de 16 anos na bolsa de Londres por conta da menor oferta no Vietnã, maior produtor global de robusta.

“São áreas de pastagens e de outras culturas que poderiam ser utilizadas para expansão da cafeicultura sem desmatar nada, isso é uma informação muito importante. Se usássemos parte das áreas de pastagens da região das Matas de Rondônia… já produziríamos o mesmo que o Vietnã”, disse.

Conforme hipótese levantada no estudo, se as lavouras de café avançassem sobre 25% das pastagens degradadas das Matas de Rondônia, ocupariam 475 mil hectares. Somando-se com os 34,4 mil hectares atuais e considerando a produtividade média prevista para o Estado, apenas esta região produziria mais de 26 milhões de sacas de café, produção parecida com a do Vietnã

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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