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O que o Coachella tem de diferente dos grandes festivais brasileiros?

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Enquanto o Coachella é um ambiente diverso em termos de representações artísticas, os festivais no Brasil são mais voltados para a música

Grandes Festivais Brasileiros: Os festivais no Brasil, em geral, enfatizam a importância da música, sem abrir tanto espaço para outras manifestações artísticas. O Rock The Mountain e o MECA são algumas exceções que pensam seu formato como uma multiplataforma artística e privilegiam a música brasileira.

Desde sempre eu queria conhecer o Coachella, um festival icônico que transcende a mera celebração musical para se tornar um verdadeiro ícone cultural e que existe há mais de duas décadas no meio do deserto, na Califórnia. E depois que eu passei a trabalhar com live marketing, mergulhando profundamente no universo dos festivais brasileiros, a minha curiosidade em ver de perto essa máquina norte-americana cresceu ainda mais.

Viajei até a Califórnia a convite da marca de produtos para cabelo Braé e aproveitei tudo o que a viagem tinha a oferecer. E, mais do que isso, me dediquei nessa experiência única a analisar mais detalhadamente as diferenças marcantes entre o Coachella e os festivais brasileiros, abordando diversos aspectos que delineiam as particularidades de cada um desses eventos.

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Antes de falar do Coachella, quero trazer alguns números levantados pelo Mapa dos Festivais, plataforma criada em 2019 para catalogar informações sobre as iniciativas. O último estudo publicado por eles se refere ao ano de 2023, quando aconteceram cerca de 300 festivais no Brasil inteiro, um aumento de 54% em relação ao ano anterior.

Apenas a título de curiosidade, vamos focar em alguns números do Rock in Rio, o maior e mais importante festival brasileiro. Na edição de 2022, esteve presente um público de 700 mil pessoas, das quais 60% de fora do Rio de Janeiro, gerando 28 mil empregos e um impacto econômico de mais de R$ 2 bilhões para o Rio. Já o Coachella movimenta cerca de 650 mil pessoas nos dois fins de semana do evento e, só em venda de ingressos, arrecada mais de R$ 700 milhões.

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Mas vamos ao que interessa:

As principais diferenças que vi e senti entre os grandes festivais brasileiros e o Coachella

Localização

Coachella: O Coachella se destaca por sua localização no deserto californiano, proporcionando um cenário natural deslumbrante e único, que se integra perfeitamente à experiência do festival. O clima árido, as montanhas ao redor e o pôr do sol no deserto criam uma atmosfera única e memorável. Nem tudo são flores, o clima no deserto pode ser bastante complexo, com rajadas de vento com muita areia e uma diferença grande de temperatura entre o dia e a noite. O acesso ao festival não é simples: exige uma boa logística e muito tempo de deslocamento.

Grandes Festivais Brasileiros: No Brasil, os festivais frequentemente ocorrem em ambientes urbanos ou semiurbanos. Embora a natureza seja diferente, a energia vibrante e a diversidade cultural dos espaços urbanos adicionam um elemento especial à experiência dos festivais brasileiros e facilita, pelo menos em parte, a locomoção.

Foco na arte e música

Coachella: O festival é conhecido por seu compromisso com a arte e a música, apresentando uma variedade impressionante de apresentações em oito palcos distintos, além de artistas plásticos com grandes obras espalhadas por todo o espaço do evento. Desde nomes estabelecidos até novos talentos, o Coachella oferece uma plataforma para uma ampla gama de estilos e gêneros musicais e artísticos, misturando o mainstream com underground, novas apostas e criatividade na hora de escolher o line up.

Grandes Festivais Brasileiros: Os festivais no Brasil, em geral, enfatizam a importância da música, sem abrir tanto espaço para outras manifestações artísticas. O Rock The Mountain e o MECA são algumas exceções que pensam seu formato como uma multiplataforma artística e privilegiam a música brasileira.

Inclusão, sustentabilidade e diversidade

Coachella: O festival tem um compromisso evidente com a inclusão, sustentabilidade e diversidade. Iniciativas como áreas acessíveis para pessoas com deficiência, políticas ambientais rigorosas e uma variedade de artistas de diferentes origens culturais contribuem para criar um ambiente acolhedor e representativo.

Grandes Festivais Brasileiros: No Brasil, os festivais também têm se esforçado para promover a inclusão, sustentabilidade e diversidade. Embora os esforços possam variar de evento para evento, é cada vez mais comum ver ações que visam a inclusão de grupos minoritários, práticas sustentáveis e diversidade musical, apesar de essa não ser a principal preocupação da maioria dos festivais por aqui.

Financiamento e protagonismo de marcas

Coachella: A venda de ingressos do Coachella desempenha um papel fundamental no financiamento do evento, permitindo que ele mantenha um foco principal na experiência artística e cultural oferecida aos participantes, sem depender significativamente do protagonismo de marcas apoiadoras. Existem os espaços de marcas no Coachella, mas eles são muito mais discretos e menos badalados do que ocorre nos grandes festivais nacionais.

Grandes Festivais Brasileiros: No Brasil, devido aos altos custos envolvidos na logística e na contratação de grandes artistas internacionais, as marcas frequentemente assumem um papel de destaque como parceiras dos festivais, preparando espaços que são uma atração à parte. Essa parceria não apenas contribui para a viabilização financeira dos eventos, mas também pode enriquecer a experiência dos participantes através de ativações e patrocínios.

Cada festival oferece uma experiência distinta, enriquecendo o cenário musical e cultural tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, mas é interessante olhar de perto e entender as particularidades de cada mercado e cada país. Tentei passar as minhas percepções através dessa coluna. Espero que tenham gostado!

Juliana Ferraz é sócia da Holding Clube e tem quase 30 anos de carreira no universo da comunicação e eventos no Brasil.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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