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Agronegócio

Seca reduz safra de milho no centro-norte do Brasil, diz EarthDaily

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Plantação de milho – Foto: Lamyai – Gettyimages

Dados meteorológicos apontam tempo seco na maior parte do centro-norte e sudeste do Brasil.

Enquanto alertas de retorno das tempestades no Rio Grande do Sul indicam novas ameaças para cidades e a zona rural do Estado afetado por inundações, a maior parte do centro-norte brasileiro enfrenta uma estiagem e segue sem previsão de chuvas nos próximos dias, o que deve reduzir o potencial produtivo da principal safra de milho do país, apontou a EarthDaily Agro, especializada em dados agrícolas e de clima.

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Os extremos climáticos no Brasil, maior exportador global de milho na última temporada, ocorrem em meio aos efeitos do fenômeno El Niño, que limitou precipitações nas áreas centrais e norte nesta safra 2023/24, mas, como de costume, provocou chuvas mais intensas no sul.

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Estados do Centro-Oeste, Sudeste e Paraná — área que responde por cerca de 90% da segunda safra de milho do Brasil — receberam apenas 4 milímetros de chuvas entre 20 de abril e 7 de maio, volume 87,9% abaixo da normalidade, segundo dados da EarthDaily Agro. Isso resultará em produtividades menores, afirmou à Reuters a empresa que trabalha com dados climáticos e de satélites para orientar agricultores.

No mesmo período, a média de algumas regiões do Rio Grande do Sul recebeu cerca de 300 milímetros de chuvas, segundo dados meteorológicos do terminal da LSEG. As inundações afetaram principalmente as lavouras de soja e arroz, mas que estavam em fase final de colheita.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de milho primeira safra, com mais de 5 milhões de toneladas, e já havia colhido quase toda a produção. Mas, por questões climáticas, o Estado não planta a segunda, conhecida como “safrinha”, que hoje responde por cerca de 75% da produção nacional do cereal — é esta que está ameaçada pela seca no centro-norte.

“É mais provável que as quedas fiquem de 2% a 4%”, disse Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro, citando o recuo em relação à produtividade antes esperada.

Segundo ele, os problemas para o milho segunda safra só não são maiores porque o ciclo está mais adiantado na temporada 2023/24, o que evitou que as lavouras sofressem mais com a recente estiagem em áreas centrais.

“Caso façamos reduções em nossas estimativas, estas dificilmente atingirão queda de 10% frente ao número atual, que é de 5,81 toneladas/hectare”, ponderou Reis, em análise enviada à Reuters.

Segundo ele, um “ponto crucial” na temporada foi o período do plantio em 2024, que acabou sendo “precoce”.

“Ou seja, as lavouras (do centro-norte do país) ficarão menos expostas nessa seca, uma vez que algumas regiões já devem começar a colheita ainda em maio, principalmente no caso do Mato Grosso”, afirmou.

Dados meteorológicos do terminal da LSEG apontam tempo seco na maior parte do centro do Brasil, incluindo partes do Sudeste e Nordeste, até o final da primeira quinzena de maio.

Além disso, as temperaturas seguirão acima da média em boa parte das áreas, o que aumenta a evapotranspiração e resulta em queda mais acentuada da umidade do solo, à medida que um bloqueio atmosférico de ar quente e seco no centro do Brasil dificulta o avanço das frentes frias do Sul, que por sua vez sofre com as enchentes.

Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná, os maiores produtores de milho na segunda safra, tiveram o menor volume acumulado de chuva desde o dia 20 de abril em pelo menos 30 anos, segundo o especialista da EarthDaily Agro.

“É fato que a seca nessa reta final (até a colheita) irá, ao menos, limitar o potencial produtivo. Os impactos podem ser mais severos dependendo da região”, afirmou Reis, lembrando que a região central do Brasil está “vivenciando uma estação das águas mais curta do que o normal”.

Até o momento, a safra de milho do Brasil está estimada em cerca de 111 milhões de toneladas, com queda de 16% ante a temporada passada, que foi recorde, devido a um recuo da área plantada em meio a menores preços e também redução das produtividades.

Desse volume, a segunda safra responde por 85,6 milhões de toneladas, segundo a estatal Conab, que deverá atualizar seus números mensais no próximo dia 14.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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