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Dólar hoje: moeda fecha em queda, de olho nos títulos dos EUA e Copom

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O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira (14) em queda moderada, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior e à baixa das taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano). Apesar de a inflação ao produtor nos EUA ter vindo acima do esperado em abril, a abertura do indicador mostrou sinais benignos e houve revisões para baixo de índices anteriores. As chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduzir juros em setembro se sustentam acima de 60%.

O real também se beneficiou do tom mais duro da ata do Copom, que desfez parte do desconforto com o dissenso na votação do comitê na semana passada e acenou com fim iminente do ciclo de cortes da taxa Selic. A manutenção de juros domésticos reais elevados nos próximos meses pode desencorajar apostas mais contundentes contra a moeda brasileira.

Em queda desde a abertura dos negócios, o dólar rompeu o piso de R$ 5,15 ainda na primeira hora do pregão e registrou mínima a R$ 5,1250 ainda pela manhã. Após orbitar o nível de R$ 5,13 ao longo da tarde, a moeda encerrou o dia a R$ 5,1303, em baixa de 0,40%. No mês, a divisa acumula queda de 1,19%. No ano, ainda avança 5,71%.

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O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, vê o comportamento do dólar no mercado doméstico muito ligado ao vaivém das taxa dos Treasuries, que reflete as apostas em torno da política monetária americana. “O PPI de abril foi bem pior que a expectativa, mas houve revisão para baixo da leitura do PPI de março de 0,2% para -0,1%, o que derrubou as taxas dos Treasuries e o dólar”, afirma Weigt, em referência ao índice de preços ao produtor nos EUA.

Amanhã sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em abril, o que pode mexer com as expectativas em torno do início e da magnitude de eventuais cortes de juros pelo Fed. Por ora, as chances maiores são de apenas uma redução da taxa básica em 25 pontos-base neste ano.

Apesar de o quadro externo ser predominante para o rumo do dólar, Weigt ressalta que a taxa de câmbio ainda carrega prêmios de risco associados a possível mudança de postura do Banco Central no combate à inflação em 2025, quando nomes indicados pelo atual governo vão ser maioria no Copom.

“O dólar subiu depois da decisão do Copom e superou R$ 5,15, chegando até a R$ 5,17. Está recuando. Mas nesse nível de hoje ainda não devolveu o prêmio de risco acumulado. Isso só vai acontecer quando voltar para os R$ 5,10”, afirma Weigt.

A ata do Copom trouxe explicações para o voto a favor de corte de 0,50 ponto dos quatro diretores indicados por Lula. Embora compartilhe da avaliação de aumento das incertezas aqui e lá fora, a ala perdedora argumentou que abandonar o “forward guidance” de nova redução de 0,50 ponto teria um “custo reputacional”, diminuindo a eficiência da comunicação do BC. Além disso, o grupo observou que as expectativas de inflação são “mais afetadas” pela taxa de juro terminal e que um corte de 0,50 ponto “ainda manteria a política monetária suficientemente contracionista”.

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Apesar da divergência em relação à dose de alívio em maio, o comitê se alinhou ao dizer que vai expectativas estão desancoradas. Mais: que qualquer mudança na taxa Selic está condicionada pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”. Foi a senha para que diversas casas mudanças as expectativas em torno do atual ciclo de cortes. O Itaú Unibanco, por exemplo, alterou a projeção da Selic no fim de 2024 de 9,75% para 10,25%, ou seja, projeta apenas mais uma redução de 0,25 ponto porcentual.

Para o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, o tom da ata do Copom diminui os temores de ingerência política na condução da política monetária. “A ata deu uma acalmada no mercado mostrando uma postura mais técnica dos membros do Copom. O placar dividido tinha puxado o dólar para cima e agora estamos vendo uma devolução, com redução da percepção de risco”, afirma Velloni.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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