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Agronegócio

Analistas revelam sua preferência para as ações dos bancos digitais

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Dois dos principais bancos digitais de origem brasileira divulgaram seus balanços nos últimos dias. O Nubank (ROXO34) reportou um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 167% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o Inter (INBR32) teve um lucro líquido de R$ 195 milhões no período, cresceu 706,2% na comparação com o lucro líquido de R$ 24 milhões do primeiro trimestre de 2023.

Para Matheus Nascimento, analista da Levante, o Nubank apresentou novos recordes em geração de receita, dado o avanço no segmento de empréstimos pessoais, além de expandir os segmentos de cartões. A fintech viu seu Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) subir 12 pontos porcentuais, indo de 11% no primeiro trimestre de 2023 para 23% do primeiro trimestre de 2024.

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Na visão de Nascimento, essa disparada reflete o impacto da alavancagem operacional da empresa, que se manteve estável em meio à elevação de 69% das receitas da empresa, que foram de US$ 1,61 bilhão (no 1T23) para US$ 2,73 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Ainda assim, os analistas apontam houve um salto da inadimplência acima de 90 dias. O indicador foi de 5,5% no primeiro trimestre de 2023 para 6,3% no primeiro trimestre de 2024, alta de 0,8 ponto porcentual.

Essa elevação gerou uma alta de 75% nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD): o montante separado para cobrir o calote de clientes foi de US$ 474,8 milhões no primeiro trimestre de 2023 para US$ 830,7 milhões neste ano.

Para Felipe Corleta, sócio da GTF Capital, o aumento da inadimplência e das provisões são naturais diante do resultado do Nubank, que para ele foi robusto pelo fato de a fintech ter atingido um bom espaço no mercado internacional.

Já sobre o Inter, o analista ressalta que o resultado mostra a continuidade na retomada de lucratividade do banco, que segue em expansão. A rentabilidade da instituição financeira, medida pelo ROE, cresceu 8,3 pontos porcentuais, indo de 1,4% no primeiro trimestre de 2023 para 9,7% no primeiro trimestre de 2024.

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Por outro lado, todos os analistas consultados pelo E-Investidor viram a leve alta da inadimplência acima de 90 dias do Inter como um ponto negativo.

O indicador de inadimplência acima de 90 dias ficou em 4,8% no primeiro trimestre de 2024, cerca de 0,4 ponto porcentual a mais do que o mesmo período do ano passado. “Essa alta da inadimplência é um risco sistêmico para o setor e já assolou os grandes bancos. No entanto, isso ainda não foi solucionado nos bancos digitais”, aponta Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos.

Nubank ou Inter: Qual ação comprar agora?

Os analistas comentam que o Nubank foi melhor que o Inter no balanço. Todavia, os especialistas apontam que isso ocorreu pelo fato de o “roxinho” ser mais consolidado que o “laranjinha”.

Na visão de Lage, da Valor Investimentos, o Nubank foi melhor que o banco Inter em termos de lucro líquido e fatores de crescimento. Nascimento, da Levante, concorda e diz que o Nubank cresce a um ritmo mais acelerado, com um leque de produtos e serviços menor, mas concentrado em uma carteira de clientes que se expandiu com mais força. “O investidor deve entender que a carteira de ambos apresenta riscos relevantes do impacto da inadimplência, que pode ser uma pedra no sapato dos bancos digitais, dado que a elevada rentabilidade se justifica por um nível maior de risco tomado”, aponta Nascimento.

Além disso, os analistas consideram que a ação do Nubank já é negociada a um preço justo em relação ao que ele entrega no balanço, enquanto o papel do Inter está disponível no mercado com um valor muito abaixo do que a empresa de fato lucra. “O Inter se torna mais atrativo devido ao potencial maior de alta e menor alavancagem financeira. Outro ponto é que o mercado precificou o Nubank mais próximo do justo, mas ainda não agiu da mesma forma com o banco Inter, gerando uma oportunidade maior de investimento a médio prazo na empresa com sede em Belo Horizonte”, aponta Lage.

Segundo um levantamento da Valor Investimentos, analistas do mercado calculam um preço-alvo de até R$ 36 para o Brazilian Depositary Receipt (BDR) do Inter para o fim de 2024, uma potencial alta de 17,2% na comparação com o fechamento de terça-feira (14), quando a ação encerrou o pregão em R$ 30.70.

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No caso do Nubank, as estimativas do mesmo levantamento apontam um preço-alvo de R$ 8,70 para a BDR do banco, uma queda de 9,3% na comparação com o fechamento de terça-feira (14), quando a ação encerrou o dia cotada a R$ 9,59.

Já Corleta diz preferir o papel do Inter, mas não estima preço-alvo. “É uma tese que carregamos desde quando os BDRs INBR32 negociavam na faixa de R$ 9 e não pretendemos sair tão cedo”, explica.

Nascimento, analista da Levante, também prefere o Inter, mas recomenda compra para as duas empresas. O preço-alvo da corretora para o Nubank para o fim do ano é R$ 10, 4,27% superior em relação ao fechamento de terça-feira.

Já para o Inter, a estimativa da Levante é que a ação encerre 2024 em R$ 32, um avanço de 4,23%.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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