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Agronegócio

Petrobras (PETR3;PETR4) perde R$ 34 bilhões em valor de mercado em um só dia com saída de Prates

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A demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR3;PETR4) foi a principal notícia monitorada pelo mercado nesta quarta-feira (15). À frente da estatal desde janeiro de 2023, a saída do executivo já havia sendo especulada por investidores, em meio a um processo de “fritura” do CEO, que nos bastidores teria um embate com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Apesar da troca de comando na estatal já ser esperada, a decisão penalizou fortemente as ações da petroleira no pregão desta quarta. Enquanto os papéis preferenciais (PETR4) terminaram a sessão em baixa de 6,04%, cotados a R$ 38,40, os ordinários (PETR3) fecharam em queda de 6,78%, a R$ 40,01. Com o derretimento das ações, a estatal perdeu R$ 34,05 bilhões em valor de mercado em um só dia.

Leia mais: Apesar da saída de Prates, 4 grandes bancos recomendam compra das ações da Petrobras

Na terça (14), as ações preferenciais da empresa também haviam registrado o maior volume de estoque de aluguel em 12 meses (nesse tipo de operação, uma pessoa disponibiliza as suas ações para que outro investidor alugue o papel e pague uma taxa por isso), segundo dados de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Na data, os papéis encerraram o pregão com R$ 13,3 bilhões na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), o que representa uma taxa de aluguel de 0,61% – o maior nível desde novembro de 2023. Para efeitos de comparação, no dia anterior, essa taxa estava em apenas 0,04%.

De acordo com Rivero, muitos investidores que operaram os contratos de aluguel na terça-feira registraram ganhos significativos com a queda das ações hoje. “A demissão de Prates influenciou fortemente o mercado, resultando em oportunidades lucrativas para aqueles que estavam envolvidos em operações de aluguel de ações da Petrobras”, diz Rivero.

Quem deve assumir a presidência da Petrobras?

O nome cotado para assumir a presidência da estatal é Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff. Para analistas, a profissional até poderia ser bem recebida pelo mercado pelo fato de ter experiência técnica na área petrolífera, muito mais do que o próprio Prates. Contudo, a mudança abrupta na gestão da empresa gera uma desconfiança do mercado e um temor por uma possível ingerência política.

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Chambriard é engenheira, especializada em Exploração e Produção de petróleo, com carreira na Petrobras, onde ingressou em 1980, como estagiária, e ficou até 2001. Já em 2002 entrou na ANP, como assessora da diretoria — antes de se tornar diretora geral. Em 2016, saiu da agência.

A XP Investimentos acredita que a executiva assumirá o comando da Petrobras em um contexto desafiador de significativas pressões externas. Por outro lado, ela encontrará a empresa com uma forte geração de fluxo de caixa livre, um balanço patrimonial desalavancado e um portfólio de investimentos sólido. O balanço do primeiro trimestre de 2024 da empresa pode ser conferido nesta matéria.

Relembre: Como a Petrobras saiu de recorde de dividendos para mais uma crise política

Entre os temas que serão monitorados pelos investidores, estão principalmente questões relacionadas à distribuição de dividendos e à política de preços da estatal. Vale lembrar que, em março deste ano, uma crise política foi desencadeada após a companhia anunciar que não iria repassar R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários aos seus acionistas. Em abril, a empresa voltou atrás e decidiu distribuir a metade do montante.

Antes da eleição da nova CEO, Clarice Coppetti, atual Diretora Executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, foi nomeada como presidente interina da companhia. Ao longo de sua carreira, a executiva já foi vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa Econômica Federal, onde trabalhou de 2003 a 2011. Mais detalhes sobre a trajetória profissional de Coppetti podem ser lidas aqui.

Caso Chambriard seja aprovada como presidente da Petrobras, ela será a 7ª pessoa a assumir o cargo mais alto da estatal nos últimos 5 anos. Somente no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2019 e 2022, foram quatro mudanças no comando da petroleira, conforme explicamos nesta matéria.

Vale a pena investir nas ações após a saída de Prates?

Segundo analistas do Bradesco BBI e da Ágora Investimentos, que recomendam compra para os papéis da Petrobras, a queda das ações é natural em um primeiro momento, visto que a troca gera incertezas sobre o futuro da empresa. No entanto, a indicação de Chambriard é encarada de forma positiva pelos especialistas, já que ela tem uma longa carreira no setor de petróleo e gás.

Sendo assim, os analistas comentam que a turbulência do mercado nesta quarta-feira é uma oportunidade para o investidor, visto que o papel tende a se recuperar no médio e longo prazo. O BTG Pactual é outro banco que também recomenda compra, mas a indicação é para as ações da Petrobras listadas em Nova York, conhecidas como American Depositary Receipts (ADRs). Na visão do BTG, ainda há poucas evidências de que a empresa deixará de pagar dois dígitos de dividendos em 2024 e 2025.

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Já a equipe do Goldman Sachs, que também recomenda compra para os papéis, justifica a decisão com base nas demissões passadas ocorridas durante o governo de Jair Bolsonaro. Para o banco, a troca no comando da empresa não consegue mudar a governança corporativa.

Confira também: Vale investir na Petrobras pelos dividendos? 

A troca de Roberto Castello Branco por Joaquim Silva e Luna em fevereiro de 2021, por exemplo, fez as ações preferenciais da Petrobras recuarem 21,51%, indo de R$ 15,44 para R$ 12,12 no dia 22 de fevereiro de 2021. Desde então, no entanto, as ações da Petrobras subiram mais de 70% até agora.

Quem tem uma visão contrária para os papéis é o BB Investimentos, que rebaixou nesta quarta-feira a recomendação das ações preferenciais da Petrobras de compra para neutra, mantendo o preço-alvo de R$ 47 por ativo. O entendimento da casa é que a sucessão na companhia acontece por uma intenção do governo de buscar um nome “menos pró-mercado”, o que, segundo o BB, pode significar uma mudança de rumo em uma empresa que vinha com boa execução e excelentes perspectivas.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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