Agronegócio
Dólar pode ficar mais fraco até o fim do ano, diz CEO do Itaú (ITUB4); entenda os motivos
Em entrevista coletiva com jornalistas após reportar um lucro líquido gerencial de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre deste ano, o CEO do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy Filho, disse esperar um dólar mais fraco ao fim de 2024 devido aos cortes de juros que devem acontecer nos EUA. Na visão do executivo, o banco central americano deve fazer três cortes em 2024. A estimativa é de que as reduções de juros comecem na reunião de setembro com uma magnitude de cortes de 0,25 ponto porcentual.
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A expectativa, com base na opinião de Maluhy Filho, é de que os Fed Funds (taxa de juros dos EUA) encerrem o ano no intervalo de 4,5% a 4,75% ao ano. “Estimamos três cortes de juros de 0,25 ponto porcentual nos EUA, que devem começar em setembro. Se isso acontecer, a cotação do dólar deve ficar um pouco mais baixa que a dos patamares atuais”, diz o presidente do Itaú.
Na última segunda-feira (5), o dólar chegou a bater R$ 5,86 nas máximas, conforme esta reportagem. No entanto, o mercado entrou em calmaria no dia seguinte e a moeda dos EUA encerrou a terça-feira (6) cotada R$ 5,65.
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No cenário local, o executivo comenta que as questões fiscais chegaram a pesar no preço da moeda americana ante real. Entretanto, Maluhy afirma que acredita que o governo tem feito esforços para entregar o arcabouço fiscal e que esse não é único motivo para a recente disparada da moeda. “A gente observa uma leve piora na balança comercial, com as importações crescendo em detrimento das exportações. Vale lembrar que dólar alto não é um problema, o problema é o dólar elevado por um longo período de tempo”, explica.
Além do dólar, inflação preocupa o CEO do Itaú
Para outras questões macroeconômicas brasileiras, Maluhy Filho manifestou preocupação com a inflação. Segundo ele, a perda de valor da moeda brasileira é um dos maiores problemas da desigualdade social. Isso porque, lembra ele, a inflação acelerada corrói o poder de compra dos mais pobres.
Justamente por causa desse temor de inflação acelerada, o presidente do banco calcula que a taxa Selic deve encerrar o ano a 10,50%. “Estimamos a Selic a 10,50% até o fim de 2024. Acreditamos que essa decisão cabe ao Banco Central, mas estimamos que a instituição tomará a decisão correta para reduzir os riscos da inflação, que afeta os mais pobres”, argumenta Maluhy Filho.
Chance de recessão nos EUA é baixa
Durante a coletiva com os jornalistas, o presidente do maior banco privado do país também observou que a chance de recessão nos EUA é baixa e, por isso, o banco não deve reduzir o apetite para concessão de empréstimos. A semana começou turbulenta para os mercados após a bolsa de valores do Japão desabar 12,40%, na maior queda diária desde 1987. A baixa ocorreu após o mercado temer uma recessão americana devido aos dados da geração de empregos dos EUA, que ficaram abaixo do esperado
“A chance de recessão na economia americana é baixa. O que a gente vê são ambos indicadores econômicos em territórios positivos. Por isso, esperamos um crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Naturalmente, no Japão houve um movimento muito específico. No entanto, os EUA possuem uma alavanca poderosa, que é a política monetária”, relata. Maluhy Filho.
Além de falar sobre o dólar e questões econômicas, o presidente do Itaú revelou a data de divulgação dos dividendos extraordinários. Para saber a data do pagamento dos proventos e quais são as estimativas dos analistas, leia esta reportagem.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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