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Agronegócio

Itaú (ITUB4): o que tornou o balanço do 2º Tri “positivo em todos os aspectos”?

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O Itaú (ITUB4) registrou lucro líquido gerencial de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 15,2% superior ao do mesmo intervalo de 2023. Na comparação com o primeiro trimestre, representa alta de 3,1%, segundo balanço divulgado na terça-feira (6).

“Estamos bastante satisfeitos com os resultados consistentes deste trimestre, que demonstram a força e a solidez das nossas diferentes linhas de negócios“, diz em nota o presidente do banco, Milton Maluhy. “Vemos com muito otimismo o que vem pela frente, impulsionado por uma agenda robusta de inovações totalmente focadas na melhor experiência dos nossos clientes”, completa. Veja mais detalhes nesta matéria.

Análises do balanço do Itaú

Citi

O balanço do segundo trimestre do Itaú Unibanco ficou em linha com o esperado pelo Citi. O banco destaca a aceleração no crescimento do crédito, com crescimento de 9% ante um ano, com a margem líquida de juros contraindo 9 pontos porcentuais ante o trimestre anterior para 8,5%.

Em relatório, os analistas Gabriel Gusan, Brian Flores e José Luis Cuenca destacam que apesar da curva de taxas ter se inclinado no segundo trimestre, a receita líquida de juros com mercado mostrou crescimento de 30% ante o trimestre anterior – uma tendência oposta ao que outros bancos reportaram até agora.

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Os profissionais observam ainda que o apetite de risco melhorado trouxe leves retomadas na formação de créditos não performados (NPL, na sigla em inglês) – 4,4% versus 3,9% do primeiro trimestre – mas o custo do risco melhorou sequencialmente de 3,8% para 3,7%, enquanto a cobertura de NPL registrou sólidos 215%.

O time ressalta que taxas e seguros continuam avançando em um ritmo sólido, enquanto as despesas permanecem bem sob controle. O retorno sobre o patrimônio (ROE) atingiu 22,4%, para um índice Tier 1 de 13,1%. Além disso, observam que o Itaú reiterou seu guidance (projeção) para 2024.

“O banco mantém o forte momento em todos os níveis e continua acumulando capital, o que deve ser um bom presságio para os retornos totais dos investidores no médio prazo. Além disso, a capacidade do Itaú de navegar no ciclo de crédito e controlar a qualidade dos ativos em trimestres anteriores agora está permitindo um apetite de risco melhorado, o que pode implicar leituras de um ciclo de crédito mais benigno no futuro”, avaliam.

O Citi reiterou recomendação de compra para o Itaú, que é a principal escolha do banco para o setor na América Latina. O preço-alvo é de R$ 37, o que representa um potencial de valorização de 9,9% sobre o fechamento do papel no pregão de terça-feira (6).

Bradesco BBI

O Bradesco BBI avalia que o Itaú Unibanco reportou mais um trimestre forte entre abril e junho, com um bom lucro líquido (em linha) e qualidade de ativos sob controle. O banco alerta, no entanto, que a margem do Itaú com clientes registrou seu terceiro trimestre sequencial de contração, refletindo um mix mais fraco com crescimento de grandes empresas.

Em relatório, os analistas Gustavo Schroden, Eric Ito e Gabriel Menezes destacam entre os indicadores o ROE de 22,4% no trimestre, acima dos 21,9% do trimestre imediatamente anterior. A margem financeira (NII) ficou em linha com o esperado, com resultados de tesouraria muito fortes (+40% ante o esperado), compensados por um menor NII com clientes (-2,1% versos o BBI).

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As despesas com provisões também permaneceram basicamente em linha com a estimativa dos analistas, uma vez que os empréstimos não performados (NPLs) permaneceram estáveis em 2,7% (10 pontos-base pior do que a estimativa de 2,6%).

Eles observam ainda que as receitas de tarifas (+2,7% acima do previsto) e seguros (+6,0% ante o BBI) registraram desempenhos muito fortes, enquanto as despesas operacionais permaneceram em linha. Os analistas destacam ainda que o banco manteve o guidance para 2024.

O Bradesco BBI tem recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações preferenciais do Itaú, com preço-alvo de R$ 45, o que representa um potencial de valorização de 33,6% sobre o fechamento do papel no pregão de terça-feira (6).

XP

A XP Investimentos avalia que o Itaú apresentou um resultado “sólido” no segundo trimestre do ano, com um lucro líquido recorrente de R$ 10,1 bilhões, o que representa um aumento de 2% em relação às expectativas da XP e um retorno sobre o patrimônio (ROE) de 22,4%. A casa aponta ainda um crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior e de 15% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Em relatório, os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre destacam que a carteira de crédito do banco apresentou um crescimento acelerado, aumentando 8,9% em relação ao ano anterior e se aproximando da faixa mais alta do guidance da empresa, de 9,5%.

A XP aponta ainda que o índice de inadimplência acima de 90 dias se manteve estável em 2,7%, o menor em dois anos. Paralelamente, a receita líquida de juros (NII) continuou crescendo, chegando a R$ 27,7 bilhões no segundo trimestre, com um aumento de 31% no NII com o mercado, graças aos ganhos em estratégias de trading no Brasil.

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As despesas não relacionadas a juros do banco seguiram uma tendência positiva, atingindo um índice de eficiência recorde de 38,8% no segundo trimestre do ano.

A XP reitera as ações de Itaú como uma de suas principais escolhas na bolsa, com recomendação de compra e preço-alvo de R$42, o que representa um potencial de valorização de 24% sobre o fechamento de terça-feira (6).

Safra

O Safra avalia que os resultados apresentados por Itaú Unibanco no segundo trimestre foram positivos em todos os aspectos, com o banco conseguindo mais uma vez expandir sua rentabilidade, demonstrando crescimento de portfólio e controle da sua qualidade de ativos.

Em relatório, os analistas Daniel Vaz, Silvio Doria e Gabriel Pucci apontam que o lucro por ação (EPS) do banco se manteve de acordo com as expectativas do Safra, embora eles tenham sido impactados por um caso corporativo específico no Itaú Chile.

No Brasil, o Safra destaca a expansão do retorno sobre o patrimônio líquido tanto nos segmentos de varejo quanto no atacado, com o ultimo apresentando um robusto crescimento em títulos de crédito privado, com uma alta de 11% na comparação com o primeiro trimestre.

“O banco está colhendo os frutos do fluxo de saída de risco dos clientes que destruíram valor, crescendo em segmentos estratégicos, enquanto se prepara para o futuro”, destacam os analistas, usando como exemplo desta tese o fato de que o banco contratou mais de 700 funcionários de tecnologia no segundo trimestre deste ano.

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O Safra reitera a recomendação outperform (o equivalente a compra) para Itaú (ITUB4), com preço-alvo de R$ 39, o que representa um potencial de valorização de 16% sobre o fechamento de terça-feira (6).

*Com informações do Broadcast

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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