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Agronegócio

Cadeia do agro cobra investimentos em infraestrutura

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Fórum de agronegócio, durante a Agroleite.| Imagem Canal Rural.

Durante o Fórum com o tema “O que esperar no agro na próxima safra 24/25” da Agroleite, em Castro, lideranças do setor agro destacaram a falta de investimentos em infraestrutura no Brasil e como isso afeta diretamente a rentabilidade do produtor. Além disso, mercado, clima, geopolítica e sustentabilidade também foi debatido durante a quinta-feira, 8 de agosto.

“Com os preços sendo cotados mundialmente e a infraestrutura e transporte deficientes, falta de armazenagem, um porto mais lento e mais caro, tudo isso vai tirar renda lá na ponta do agricultor. Então, como podemos virar esse jogo, fazendo que, em vez de tirar, comece a trazer renda para o agricultor?”, questionou Paulo Bertolini, presidente da Abramilho.

José Velloso, presidente executivo da Abimaq e Sindimaq, explicou que o Brasil investe hoje 16% do PIB e apontou o agro como o setor que mais investe, sendo ainda assim, muito aquém do necessário, e que o país deveria estar investindo 25% do PIB total. “Já na infraestrutura, o Brasil investe hoje 1,8% do PIB e tinha que estar investindo 5%. Então nós temos déficits de investimento no agro para o escoamento da produção, para energia elétrica, irrigação, armazenagem, plantio, colheita, enfim, nós temos déficits de investimento em todas as áreas, destacou José Velloso.

Os debates do Fórum levantaram também que as mudanças no ambiente político e econômico que vêm acontecendo no mundo impactaram e continuarão a fazer isso na produção, comercialização e até no consumo de vários setores da economia brasileira e mundial, incluindo o agronegócio.

Como a geopolítica pode influenciar o ritmo da safra brasileira neste próximo ciclo foi o tema explanado por Antonio Cabrera, ex-ministro da agricultura e reforma agrária: “a geopolítica hoje é uma transferência da influência da geopolítica global das faixas temperadas para a faixa tropical, ou seja, o Brasil, pela potência eficiência do seu agronegócio, começa a ter uma influência que ele não tinha antes. Isso incomoda muita gente. Temos aí uma pré-guerra comercial no bom sentido. O agricultor brasileiro e as entidades têm que estar preparados para esse novo cenário, onde o Brasil tem um protagonismo que não tinha há 10 anos”.

Preços – No cenário macroeconômico, o analista de Safras e Mercados Fernando Iglesias aponta que a tendência é de baixos patamares nos preços das commodities em função do volume de oferta que pode ser obtido nesta próxima safra. “Com uma quantidade tão grande assim de produto ofertado, podemos sim ter preços mais baixos do que nós tivemos, então o produtor precisa ficar atento, tem que acertar o time ali, o tempo de comercialização, isso vai ser fundamental para conseguir rentabilidade e ser lucrativo na próxima temporada.

Como Reforma Tributária e Plano Safra irão incidir na próxima safra

Nelson Costa, superintendente da Fecoopar, a Federação das Cooperativas do Paraná, lembrou do esforço das cooperativas junto ao governo federal e com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para incluir e reforçar o tema no Plano Safra 2024/25. O que de fato aconteceu, com a disponibilização de R$ 7,8 bilhões para esse fim, com juros entre 7% e 8,5%. Segundo o dirigente, esse valor vai permitir que se construa armazéns para acomodar pelo menos 8 milhões de toneladas. Se isso acontecer nos próximos 5 a 8 anos, o Brasil deve reduzir significativamente esse déficit, avalia Nelson Costa.

Ele também falou da reforma tributária, em especial da questão logística, que classificou como um problema sério. Disse que o setor de transporte tem ICMS diferido, o que na prática significa zero de ICMS na maioria dos estados. Com a proposta da reforma, o transporte vai pagar 26,5%, o que representa aumento de custos para o produtor e exportador. Esse percentual deve incidir também sobre serviços portuários, que hoje tem apenas 5% de ISS. “Esse é um ponto que precisa ser revisto e melhorado no Senado”, disse o presidente da Fecoopar.

Para Giovani Ferreira, CEO do Canal Rural Sul, a discussão que jogou luz sobre as principais variáveis do agronegócio em um momento crucial para o setor, que é o início de um novo ciclo produtivo, com o plantio da safra 2024/25, começando em meados de setembro. “São informações determinantes para auxiliar o produtor na tomada de decisão. A transmissão ao VIVO pelo Canal Rural para todo o Brasil também permitiu que agricultores pudessem acompanhar e serem impactados pelo conteúdo, que com certeza será útil no planejamento e execução da próxima safra”, destacou Ferreira.

O Fórum teve a participação de 11 debatedores, entre mediadores e painelistas, com transmissão ao VIVO pelo Canal Rural. A realização é uma parceria entre Canal Rural, Cooperativa Castrolanda, Grupo Calpar e Sistema Ocepar. O conteúdo do Fórum pode ser acessado no Youtube do Canal Rural pelo link: https://www.youtube.com/live/rMZ_rdo81ZQ?si=wfrXzm7ga6zOngIG

Willen Bouwman, presidente cooperativa Castrolanda, responsável pela organização do evento, destaca que é preciso integrar e interagir em busca de informação e conhecimento, com uma resposta de eficiência dentro da cadeia do leite e de todo o agronegócio. A Agroleite acontece de 6 a 9 de agosto no Castrolanda Expocenter, em Castro, Paraná.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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