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Petrobras (PETR3; PETR4): 4 casas dissecam balanço e avaliam causa do 1º prejuízo desde 2020; veja

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A Petrobras (PETR3; PETR4) fechou o segundo trimestre deste ano com prejuízo de R$ 2,6 bilhões, ante um lucro de R$ 28,7 bilhões registrado no mesmo período do ano passado, segundo informou a companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quinta-feira (8).

O último prejuízo da petroleira havia sido registrado no terceiro trimestre de 2020, e foi de R$ 1,5 bilhão. A receita de vendas da estatal no período subiu 7,4% frente ao segundo trimestre de 2023, para R$ 122,2 bilhões, e 3,9% em relação ao trimestre anterior. Veja detalhes do balanço nesta matéria.

Análises do balanço da Petrobras

Citi

O Citi disse que o resultado da Petrobras no segundo trimestre veio em linha com suas estimativas. Os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona dizem que o pagamento de dividendos extraordinários não deve ser descartado, mas não acreditam que isso irá acontecer antes que a empresa tenha maior clareza sobre o próximo plano estratégico.

O Citi manteve sua recomendação para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras como neutra, com preço-alvo de US$ 15, o que representa um potencial de valorização de 5,8% com base no fechamento de quinta-feira (8).

XP

Os resultados do segundo trimestre da Petrobras vieram em linha com as expectativas da XP, que eram mais conservadoras do que as do mercado. O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) recorrente de cerca de US$ 12 bilhões foi marginalmente melhor que a estimativa (+3%).

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Em relatório, os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm avaliam que o declínio sequencial pode ser explicado pela menor produção (-3,6% na comparação trimestral) e pelo menor preço da gasolina/diesel devido à depreciação do real.

A Petrobras registrou um prejuízo líquido de US$ 344 milhões no trimestre (ante US$ 140 milhões de lucro líquido estimado pela XP). “No entanto, isso não é motivo para preocupação. O prejuízo líquido foi causado por eventos pontuais e principalmente não monetários relacionados à depreciação cambial, a uma liquidação fiscal e a uma provisão atuarial. Ajustando para esses eventos pontuais, o lucro líquido teria sido de US$ 5,4 bilhões”, destacam.

A corretora ressalta que o guidance (projeção) de Capex (investimento) para 2024 foi revisado para baixo – veja mais aqui – para uma faixa entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões (de US$ 18,5 bilhões), abaixo da estimativa da casa de US$ 15 bilhões. “Isso deve aumentar o fluxo de caixa livre, o que acreditamos que será bem recebido pelo mercado”, afirmam.

Entre pontos positivos, a XP cita ainda o fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE), de US$ 3,7 bilhões, exatamente em linha com a estimativa, o que implica um yield (rendimento) de cerca de 4% no trimestre. “Para chegar a um FCFE recorrente, ajustamos ainda mais a liquidação de impostos de US$ 0,7 bilhão para chegar a cerca de US$ 4,4 bilhões, o que representa um yield anualizado de cerca de 20% nos preços atuais das ações. Isso está em linha com nossos modelos e reforça nossa visão positiva sobre a Petrobras, dada sua forte geração de caixa e dividend yield”, afirmam.

A Petrobras anunciou ainda dividendos de cerca de R$ 13,6 bilhões (cerca de US$ 2,4 bilhões), em linha com a estimativa da XP. O valor de cerca de R$ 1,05 (cerca de US$ 0,38/ADR) representa yield de cerca de 2,9% e cerca de 2,7% para ações preferenciais e ordinárias, respectivamente. As ações serão negociadas ex-dividendos em 22 de agosto. “Esperamos dividendos extraordinários antes do final do ano”, dizem.

Santander

O Santander avalia que Petrobras apresentou resultados “pouco inspiradores” no segundo trimestre do ano, destacando que os resultados se mantiveram estáveis sequencialmente, influenciados por uma redução de 3% na produção de petróleo, que impactou a diluição de custos e as despesas com manutenção.

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O Santander espera que adições significativas de arrendamento nos próximos trimestres, junto com outros desembolsos de caixa únicos, como possíveis fusões e aquisições e acordos fiscais, aproximem a posição de caixa do nível de referência, limitando o espaço para dividendos extraordinários em 2025, o que faz com que Santander mantenha uma visão cautelosa sobre a companhia.

No segmento de Refino, houve uma diminuição devido a spreads de crack (a diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço dos produtos refinados) menores. O fluxo de caixa livre ficou em torno de US$ 6,1 bilhões, conforme esperado, com um capex de US$ 3,4 bilhões, ligeiramente acima da previsão de US$ 3,1 bilhões.

Em relatório, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz apontam que a dívida da Petrobras também se manteve estável, enquanto a posição de caixa reduziu para US$ 13,5 bilhões, vindo de US$ 18,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024.

Sobre a redução da previsão de capex para 2024 para US$ 13,5-14,5 bilhões, ante os US$ 18 bilhões anteriores, com o novo capex para o segmento de E&P entre US$ 11,1-12,1 bilhões, o Santander aponta que essa nova previsão parece mais realista e está em linha com nossa estimativa de US$ 13,2 bilhões para 2024.

O Santander mantém uma recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de US$ 17 para a ADR de Petrobras, o que representa um potencial de valorização de 28% sobre o fechamento de quinta-feira (8). Para as ações ordinárias de Petrobras, o preço-alvo é de R$ 47, o que representa um potencial de 18% sobre o fechamento de quinta-feira (8).

Ativa

O pagamento de dividendos aos acionistas pela Petrobras, apesar do prejuízo contábil de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre do ano, trouxe a percepção de que o compromisso da gestão atual com o pagamento de proventos “possa em muito se assemelhar ao visto na gestão anterior”, avalia o analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman.

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Para ele, apesar de gerar manchetes nos jornais, o prejuízo da estatal “não deve ser superestimado, uma vez que ocorreu devido a fatores não-recorrentes”, afirma.

Ele prevê efeito neutro no mercado com o resultado negativo divulgado quinta-feira (8) à noite pela estatal, e destaca que a redução de Capex para 2024 divulgada pela companhia – que diminuiu a expectativa de investimentos de US$ 18,5 bilhões para uma faixa entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões -, possa também se reverter em dividendos.

“Acreditamos ainda que a redução do guidance de Capex para 2024 contribuirá para a obtenção de um fluxo de caixa livre superior, o que por sua vez, pode se transformar em um maior espaço para proventos extraordinários até o final do ano. Por ora, seguiremos neutros avaliando a relação risco x retorno do ativo”, diz Arbetman em relatório.

Ele destaca ainda o desempenho negativo do refino, que na comparação trimestral mostrou uma queda de 31,9% no lucro bruto, apesar do aumento do volume vendido. “Não gostamos dos números de refino, onde menores preços de derivados resultam em menores margens”, observa.

Em comparação com o primeiro trimestre, os preços dos derivados vendidos pela Petrobras caíram 5%, e permaneceram defasados em relação ao mercado internacional durante todo o segundo trimestre.

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Para o analista, apesar do prejuízo, a empresa novamente reportou resultados sólidos e suportados por uma boa geração de caixa. No segmento de exploração e produção (E&P), o menor nível de produção de óleo acabou compensado pelo avanço do Brent e do câmbio.

“Em que pese os resultados em refino e gás terem sido mais fracos na comparação trimestral, a diferença entre a geração de caixa operacional e os investimentos, e que acabou resultando na distribuição de um dividendo regular de R$ 1,05/ação, veio exatamente em linha com o que esperávamos”, explicou Arbetman sobre a Petrobras (PETR3; PETR4).

*Com informações do Broadcast

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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