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Agronegócio

Ações da Embraer (EMBR3) quase dobram de valor em 2024. Vale a pena investir?

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O ano de 2024 não tem sido fácil para boa parte das empresas brasileiras, mas tem uma companhia passando ilesa à volatilidade. Liderando a ponta positiva do Ibovespa, por muito, as ações da Embraer (EMBR3) acumulavam uma valorização anual de 94,28% até o fechamento desta segunda-feira (12), cotadas a R$ 43,50. Em 12 meses, o papel subiu 135,64%.

O bom desempenho reflete uma série de fatores. Resultados operacionais positivos, com nível de endividamento baixo e geração de caixa livre, além de novos contratos de venda de jatos e aeronaves. Tudo isso em um momento em que as concorrentes estrangeiras, como a Boeing, estão em um momento mais complicado.

Os números apresentados pela companhia na última quinta-feira (8) reforçam isso. A Embraer reportou um lucro líquido ajustado de R$ 415,7 milhões no segundo trimestre de 2024. Trata-se de uma alta de 50,6% em relação ao mesmo intervalo de 2023, revertendo o prejuízo de R$ 63,5 milhões reportado nos três primeiros meses deste ano. O Ebitda ajustado da companhia somou R$ 995,5 milhões entre abril e junho, cerca de 37,5% maior do que um ano antes, enquanto a receita líquida consolidada de R$ 7,8 bilhões representou um aumento de 23% na comparação anual e de 76% em relação ao trimestre anterior.

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Naquele dia, a fabricante de aeronaves ganhou mais de R$ 2,5 bilhões em valor de mercado, numa reação positiva do mercado sobre o balanço trimestral.

Na avaliação do Itaú BBA, o 2T24 da Embraer trouxe surpresas positivas em relação à eficiência operacional da companhia e sua rentabilidade. Em relatório, os analistas do banco destacaram que a empresa mantém o guidance – termo usado para se referir à projeção de uma empresa para seu futuro – estabelecido para 2024, com uma projeção de receitas consolidadas entre US$ 6 bilhões e US$ 6,4 bilhões. Embora a orientação possa parecer conservadora neste momento, especialmente no que diz respeito à rentabilidade, estão a adotar uma abordagem cautelosa devido às crises contínuas na cadeia de abastecimento.”

Hora de comprar EMBR3?

A disparada do papel vem acontecendo há tempos, mas analistas continuam a ver uma boa janela de entrada na companhia. Como mostramos nesta reportagem, em março deste ano muitos bancos viraram a chave em relação à EMBR3.

Naquele mesmo mês, o Morgan Stanley mais do que dobrou o preço-alvo das ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer, de US$ 19,5 para US$ 40, ao eleger o papel como o nome favorito do setor aeroespacial. Depois, Ágora e o BB Investimentos, que já tinham indicação de compra para EMBR3, subiram o preço-alvo do ativo de R$ 34 para R$ 38 e de R$ 26,90 para R$ 41,70, respectivamente. Na sequência, JP Morgan e do Goldman Sachs revisaram para cima as projeções, ambos com recomendação de compra para o papel e preços-alvo de R$ 51 e US$ 35, respectivamente.

À época, a ação EMBR3 subia 48% em 2024, cotada na casa de R$ 33. Desde então, as ações já subiram muito. Mas o call de compra permanece.

Depois dos números do 2T24, os bancos brasileiros de investimento reiteraram a recomendação de compra das ações da Embraer. O BTG aumentou o preço-alvo de US$ 32 para US$ 39 para as ADRs. Em relatório, os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi afirmam que o sólido desempenho operacional apresentado pela companhia no segundo trimestre do ano os deixou otimistas quanto ao crescimento dos lucros e do fluxo de caixa livre (FCF) para a empresa no ano fiscal de 2025.

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Apesar da alta recente, o BTG enxerga que a companhia ainda é negociada a múltiplos atrativos em comparação com seus pares globais de aviação. “Há tempos argumentamos que a Embraer deveria reduzir a diferença de múltiplos em relação aos seus pares, dada a melhoria na dinâmica do setor e o desempenho operacional. O desconto de múltiplos em relação aos seus pares é maior que a média histórica, o que consideramos injustificado”, destacam os analistas.

O Itaú BBA e o Santander também têm recomendação de compra para as ADRs da Embraer, com preços-alvo de US$ 36 e US$ 37, respectivamente. O BB Investimentos recomenda a compra das ações na B3, com preço-alvo de R$ 47,20 para a EMBR3.

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

Leia também

Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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