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O encanto acabou? Entenda por que as ações de big tech estão em queda

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O brilho das big techs parece ter reduzido nas últimas semanas para os investidores. A entrega de resultados abaixo do esperado, como os da Tesla (TSLA), e o movimento de investidores em busca de ações com o melhor upside ajudam a entender o atual momento dessas companhias. Segundo dados da Economatica, das sete ações de tecnologia de maior relevância no mercado, apenas a Meta (META)
apresenta ganhos no acumulado do mês.

O balanço corporativo da Tesla (TSLA), de Elon Musk, foi o primeiro resultado entre as big techs a trazer preocupação ao mercado. No fim de julho, a montadora de veículos elétricos reportou lucro líquido de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2024. O valor representa um recuo de 45% em comparação ao mesmo período do ano passado, além de indicar a segunda queda consecutiva do lucro trimestral da companhia. Com esse resultado, o lucro por ação ajustado ficou em US$ 0,42 e abaixo do registrado no ano anterior, de US$ 0,78.

Elon Musk perdeu a mão? Tesla decepciona e há quem fale até em falência

Os investidores também reagiram de forma negativa ao balanço da Amazon (AMZN) mesmo com a entrega de números acima do esperado. O lucro da gigante do e-commerce ficou em US$ 13,5 bilhões durante os meses de abril a junho, enquanto no mesmo período do ano passado esse volume era de US$ 6,7 bilhões. Ou seja, nesta temporada de resultados, a big tech reportou o dobro de volume. Por outro lado, o que pesou sobre as ações da companhia foi o aumento dos gastos com data centers, imóveis e chips necessários para atender a demanda por inteligência artificial (IA).

Os gastos alcançaram a cifra de US$ 17,62 bilhões no segundo trimestre, valor mais alto desde 2021. Com essa repercussão, as ações da Amazon acumulam perdas de 11,33% no acumulado de agosto, segundo dados da Economatica. “A monetização dos gastos de IA não está ocorrendo na velocidade que os investidores gostariam”, afirma Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research. A depreciação também acontece com a projeção do mercado para os resultados do próximo trimestre. “A empresa estima um lucro de US$ 11 bi a US$ 15 bilhões para o balanço do 3T24, enquanto o mercado estava esperando pelo menos US$ 15 bilhões”, diz Pacheco.

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Outras companhias também tiveram movimentos de perdas, mesmo com a entrega de bons resultados. É o caso das ações da Apple (AAPL). Assim como a Amazon, a empresa superou as projeções de lucro e reportou um volume 8% superior em comparação ao registrado no mesmo período do ano passado. Os números não foram o suficientes para convencer alguns investidores relevantes a manter posição na companhia. O CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, por exemplo, reduziu em quase 50% a sua participação na Apple. A decisão levantou dúvidas sobre as perspectivas do megainvestidor para o mercado de ações e para a economia nos Estados Unidos.

Leia mais: Por que Warren Buffett vendeu ações da Apple (AAPL34)?

Veja a performance das ações de big techs em agosto

Ações

Desempenho em agosto*

Meta (META)
7,33%

Microsoft (MSTF)
-3,74%

Apple (AAPL)
-3,95%

Alphabet (GOOGL)
-5,54%

Nvidia (NVDA)
-10,30%

Amazon (AMZN)
-11,33%

Tesla (TSLA)
-14,32%

Fonte: Economatica/Dados até o pregão do dia 8 de agosto

Do grupo das big techs, apenas as ações da Meta acumulam ganhos em agosto. A valorização reflete a entrega de resultados acima das expectativas do mercado. A companhia, dona do Facebook, reportou um lucro líquido de US$ 13,47 bilhões no segundo trimestre, o que equivale uma valorização de 73% durante o mesmo período do ano anterior.

Já em relação à receita, houve uma alta de 22%, cravando o seu quatro trimestre consecutivo de crescimento acima de 20%. “Tivemos um trimestre forte e a Meta AI está a caminho de ser o assistente de IA mais usado no mundo até o final do ano”, informou Marck Zuckerberg, CEO da Meta, em comunicado.

Investidores em busca de novas oportunidades

A recente depreciação dos papéis das big techs pode ser explicada, na avaliação de Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, pela diversificação do portfólio de investidores, que passaram a se posicionar em outros setores da economia, como o consumo. Para ele, nos últimos anos, as ações de tecnologia sustentaram a maior parte da valorização do mercado acionário dos Estados Unidos (EUA) durante o período de ciclo de aperto monetário em meio às expectativas para o desenvolvimento de soluções com IA.

“As ações ficaram caras demais e estão sendo negociadas a múltiplos muito elevados. Os investidores estão se questionando se ainda têm espaço para lucros em termos de ganhos de capital”, afirma Cruz. Além disso, as eleições para a presidência dos EUA, previstas para acontecer em novembro, também podem trazer ainda mais volatilidade para as ações, já que há um movimento dos países em encontrar uma regulação para as companhias.

As ações de big techs e a queda de juros nos EUA

Desde o início do mês, o mercado precifica o início de queda de juros nos Estados Unidos (EUA) para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), prevista para acontecer no dia 18 de setembro. A expectativa se consolidou com os resultados de relatório de empregos que vieram abaixo das estimativas dos analistas e trouxeram um temor de uma possível recessão na economia norte-americana.

Por enquanto, essa narrativa tem se afastado à medida em que novos dados econômicos mostram uma desaceleração dentro da normalidade. Se houver um recuo das taxas sem a presença de uma crise econômica, como o mercado projeta, a tendência é de que o apetite a risco dos investidores aumente e favoreça as ações das big techs.

“As companhias continuam muito fortes e, se os juros caírem, podem animar bastante o mercado e há possibilidade de vermos um outro ciclo de alta de papéis das big techs“, afirma Thiago Kurth Guedes, diretor de desenvolvimentos de negócios da Bridgewise. A dúvida que paira no momento está em saber qual será a magnitude da redução dos juros na próxima reunião. A estimativa de alguns players do mercado, como o Citi, é de que haja uma redução de 50 pontos-base dos juros americanos. As taxas permanecem no intervalo de 5,25% a 5,50% há mais de um ano.

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Com informações do Broadcast

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Agronegócio

Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Agronegócio

Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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