Agronegócio
Produtores de cana estimam prejuízo de R$ 350 milhões por queimadas em SP
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Os prejuízos decorrentes das queimadas da última semana em canaviais no Estado de São Paulo, maior produtor de cana do Brasil, devem chegar à marca de R$ 350 milhões. De acordo com avaliação da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), o fogo atingiu mais de 1% das lavouras paulistas.
Ao todo, identificou-se mais de 2,1 mil focos de incêndios em canaviais. Como resultado, houve queimadas em aproximadamente 59 mil hectares em áreas de cana-de-açúcar e áreas de rebrota da lavoura. O Estado de São Paulo, que responde por cerca de metade do plantio de cana do Brasil, cultiva na safra atual 4,3 milhões de hectares.
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“A produtividade esperada (nas áreas prontas para colher) era de 80 toneladas por hectare, mas vai cair pela metade, porque perde volume com o fogo”, disse o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira, à Reuters. Apesar do menor volume, as usinas ainda podem moer a cana das áreas maduras atingida pelos incêndios.
Uma das áreas atingidas foi a da usina Santa Elisa, da Raízen, em Sertãozinho (SP). A unidade voltou a operar no domingo (25) após ter paralisado as operações na quinta-feira da semana passada devido a incêndios no canavial próximo, informou a maior processadora global de cana nesta segunda-feira (26).
Segundo Nogueira, a estimativa de prejuízos também considera áreas de rebrota, onde a palhada foi queimada. Além disso, a depender do prejuízo na área de rebrota, o produtor pode ser obrigado a fazer um novo plantio.
“Geralmente, a cana aguenta a queimada, mas tem a vida útil reduzida”, acrescentou o CEO da Orplana. Uma lavoura tem, às vezes, cerca de cinco rebrotas, antes de um novo plantio.
A Orplana avalia que as queimadas vão impactar os preços do etanol e do açúcar no próximo ciclo. “A frente fria que chegou no domingo trouxe chuva ao interior de São Paulo, algo em torno de 15 milímetros, amenizando a situação. Porém, o tempo deve continuar seco e quente nos próximos dias, o que traz preocupação para que não ocorram mais incêndios”, disse Nogueira.
As cotações do açúcar bruto negociado em Nova York subiram mais de 3% nesta segunda-feira, em meio a preocupações sobre os danos causados pelos incêndios nos canaviais.
Gabinete de crise
A Orplana está trabalhando junto ao Gabinete de Crise do governado estadual para mitigar qualquer outro tipo de incêndio que possa acontecer. O governo paulista montou um gabinete de crise, com posto avançado em Ribeirão Preto, para lidar com o problema.
O governo disse que a Polícia Civil está mobilizada para investigar todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado, especialmente as que ocorrem nas regiões afetadas pelas queimadas. Três prisões foram efetuadas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira, segundo um comunicado.
Nesta segunda-feira, o governo do Estado de São Paulo afirmou em nota que não havia focos de incêndio. Ao todo, 48 municípios estavam em alerta máximo para queimadas.
Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) disse que não tinha imediatamente um levantamento das áreas atingidas. No entanto, a associação de usinas do centro-sul afirmou que colocou à disposição toda a estrutura de combate ao fogo já disponível nas usinas.
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Agronegócio
Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto
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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.
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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.
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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.
A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.
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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.
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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.
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Agronegócio
Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15
O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.
Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).
Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.
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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.
Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.
Cenário externo
Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.
Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.
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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.
A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.
Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.
Agronegócio
Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia
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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.
Cenários
A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.
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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.
No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.
Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.
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Perspectivas
Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.
Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.
Indicadores
Brasil
Caged (Jul)
Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas
Estados Unidos
Estoques de petróleo bruto
Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris
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