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Hidrogênio de baixa emissão de carbono ganha marco legal

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Integrando a chamada pauta verde, o Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono foi sancionado por meio de uma lei pelo governo federal. A medida traz maior segurança jurídica e abre a possibilidade de incentivos fiscais na produção e uso de hidrogênio como matriz energética. O marco contou com a ajuda técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

“Identificamos uma oportunidade de a Embrapa levar contribuições da ciência e tecnologia para diversas políticas públicas e marcos regulatórios que integram a Pauta Verde”, afirma Cynthia Cury, chefe da assessoria de relações institucionais e governamentais (ARIG) da Embrapa.

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Para aprovação deste marco regulatório na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, Cynthia conta que houve um encontro de interesses das agendas do Governo, do Legislativo e das prioridades e objetivos estratégicos da Embrapa, ligados à sustentabilidade e à transição energética, balizados pelo Plano Diretor 2024-2030.

O hidrogênio é o elemento químico mais abundante no universo, mas sua obtenção de forma isolada é cara, complexa e frequentemente impactante para o meio ambiente. Atualmente, a maior parte do hidrogênio é produzida a partir de combustíveis fósseis, especialmente a partir do gás natural, conhecido como hidrogênio cinza, resultando em altas emissões de carbono. O hidrogênio verde, inicialmente previsto no projeto de lei, é decorrente apenas da eletrólise da água.

Scharfsinn86_Getty

Hidrogênio verde ganha marco legal no país

Bruno Laviola, chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, diz que “o que a Embrapa conseguiu demonstrar tecnicamente para os parlamentares é o potencial para obtenção de hidrogênio de baixa emissão de carbono de forma sustentável, não apenas a partir da eletrólise da água, mas também a partir da biomassa e dos biocombustíveis produzidos na agricultura, e como isso pode beneficiar economicamente e ambientalmente diversos setores da economia.”

Alexandre Alonso, chefe geral da Embrapa Agroenergia, participou de mais de uma dezena de audiências públicas no Congresso Nacional nos últimos dois anos, subsidiando o trabalho da Comissão Especial da Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados e da Comissão Especial do Hidrogênio Verde no Senado. “Neste momento, abre-se mais uma janela de oportunidades para a agricultura brasileira desempenhar papel de destaque nas agendas de descarbonização da economia e transição energética, em cumprimento aos compromissos assumidos pelo país no Acordo de Paris para redução da emissão dos gases de efeito estufa até 2030”, afirma Alonso.

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O texto aprovado não se limitou a uma ou outra via tecnológica ou a matéria prima, mas sim criou um padrão brasileiro para certificar o hidrogênio como de baixa emissão de carbono a partir de critérios técnicos. “Com isso o hidrogênio de baixo emissão de carbono pode ser obtido a partir da eletrólise com o uso de fontes renováveis (eólica, solar e hidroelétrica) e também por outros processos produtivos que usam biomassa, etanol, biogás, biometano, dentre outros como matéria prima”, explica Alonso.

O hidrogênio de baixa emissão de carbono, obtido a partir de biomassa e de biocombustíveis como matérias-primas para sua produção, pode gerar impactos nulos ou negativos na agricultura. “Podemos fomentar uma economia circular com aproveitamento de resíduos agrícolas para geração sustentável de energia limpa, reduzindo os impactos das mudanças climáticas e as emissões de carbono em toda cadeia produtiva”, diz Alonso.

A produção de produção de amônia verde, derivada do hidrogênio, também entra nessa pauta. Ela é uma alternativa promissora para substituir os fertilizantes nitrogenados amplamente utilizados na agricultura brasileira. “Hoje o Brasil importa mais de 90% dos fertilizantes nitrogenados que utiliza para sua produção agrícola. Como o hidrogênio é requerido para produção de fertilizantes, podemos ao fomentar a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono a partir de matérias-primas e resíduos do agro, também fomentar a indústria de fertilizantes nacional”, diz o pesquisador. “O hidrogênio renovável poderá ser utilizado na produção de amônia verde, com posterior conversão a fertilizantes nitrogenados, tornado possível a produção sustentável deste insumo essencial para agricultura, com enorme ganho de autonomia para a nossa agricultura. Seria também um exemplo concreto de economia circular, uma vez que resíduos do agro podem ser utilizados para gerar insumos para o próprio agro.” (Com Embrapa)

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Anec reduz estimativas de exportação de soja, milho e farelo em agosto

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu nesta terça-feira (27) suas previsões para as exportações de soja, farelo de soja e milho do Brasil em agosto.

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Segundo relatório baseado nos embarques e na programação de navios, a exportação de soja brasileira deve alcançar 7,74 milhões de toneladas em agosto, ante 8,16 milhões na previsão da semana anterior.

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Se confirmado, o embarque representará um aumento de cerca de 172 mil toneladas na comparação com os volumes embarcados no mesmo mês do ano passado.

A exportação de farelo de soja do Brasil foi estimada em 2 milhões de toneladas neste mês, contra 2,39 milhões na estimativa da semana anterior e 1,97 milhão em agosto de 2023, segundo dados da Anec.

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Já a exportação de milho foi prevista em 6,61 milhões de toneladas, versus 7 milhões de toneladas previstas na semana anterior.

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O embarque de milho do Brasil em agosto ainda cairia na comparação com igual mês de 2023, quando o país exportou 9,25 milhões de toneladas.

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Dólar hoje vai a R$ 5,53 com mercado ainda reagindo ao exterior e IPCA-15

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O dólar hoje abriu em alta de 0,49%, cotado a R$ 5,5365. Ontem, no fechamento, a moeda americana foi comercializada a R$ 5,5021, uma alta de 0,08%.

Hoje, o mercado continua reagindo aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Os dados apontam que o indicador desacelerou para 0,19% em agosto, alinhando-se com as projeções dos economistas. Em um período de 12 meses, a inflação atingiu 4,35%, levemente abaixo do limite superior da meta do Banco Central, que é de 4,5%. O IPCA-15 serve como uma “prévia” da inflação oficial medida pelo IPCA, devido a um período de coleta diferente: em vez de calcular a variação dos preços do primeiro ao último dia do mês, considera o intervalo entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual.

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Nesse caso, o período foi de 16 de julho a 14 de agosto. A desaceleração ocorre em um momento de crescente expectativa sobre os próximos passos da política monetária do Banco Central (BC). Membros do BC têm discutido a possibilidade de aumentar a taxa Selic na próxima reunião, em setembro, para trazer a inflação de volta ao centro da meta.

Atualmente em 10,50% ao ano, a taxa de juros é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação. O objetivo de inflação da instituição é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e principal candidato a assumir a presidência do Banco Central em 2025, reiterou em um evento na segunda-feira que o BC está adotando uma postura cautelosa e “dependente de dados” para futuras decisões de política monetária, considerando “todas as opções em aberto” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Nas últimas semanas, o mercado tem acompanhado de perto as declarações de Galípolo e do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, buscando pistas sobre o rumo da política de juros. Na última terça-feira, um aparente desencontro entre os dois resultou em uma valorização do dólar.

Cenário externo

Externamente, o dólar ainda reflete uma maior cautela por parte dos investidores diante da intensificação das tensões no Oriente Médio e das expectativas em torno da magnitude do corte de juros nos Estados Unidos.

Durante o simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), declarou que “é o momento” de reduzir os juros, confirmando a expectativa de que o ciclo de flexibilização monetária deve começar na próxima reunião do Fed, em setembro.

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Agora, os investidores aguardam a divulgação de novos dados econômicos para ajustar suas expectativas sobre o tamanho da redução. Na ferramenta CME FedWatch, 71,5% dos participantes do mercado veem uma probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual, enquanto 28,5% apostam em um corte maior, de 0,50 ponto.

A principal divulgação da semana ocorrerá na sexta-feira com o relatório do índice de preços PCE de julho, o indicador de inflação preferido do Fed. Na quinta-feira, dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) podem fornecer mais informações sobre o estado da economia americana.

Até agora, o dólar subiu 0,41% na semana, teve recuo de 2,69% no mês e alta de 13,39% no ano.

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Agronegócio

Pré-mercado: à espera dos resultados da NVidia

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Bom dia! Estamos na quarta-feira, 28 de agosto.

Cenários

A notícia mais importante desta quarta-feira (28) vai demorar para acontecer. Apenas à noite, após o fechamento do mercado, será divulgado o resultado da empresa americana NVidia referente ao segundo trimestre de 2024.

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Vista como um barômetro para investimentos das empresas de tecnologia em Inteligência Artificial (IA), a Nvidia deve projetar um crescimento de receita de cerca de 10% no segundo trimestre para US$ 28,6 bilhões, ante os US$ 26,0 bilhões do primeiro trimestre. Qualquer decepção certamente agitará os mercados, dado o peso da empresa nos índices dos EUA.

No primeiro trimestre, para a empresa encerrado em 28 de abril, a NVidia anunciou um lucro por ação de US$ 5,98, alta de 18% ante o trimestre anterior e de 262% ante o mesmo período do ano passado.

Como principal beneficiária do boom da inteligência artificial, a Nvidia viu seu valor de mercado aumentar nove vezes desde o final de 2022. No entanto, após atingir um recorde em junho e brevemente se tornar a empresa mais valiosa do mundo, a Nvidia perdeu quase 30% do seu valor nas sete semanas seguintes, o que resultou em uma queda de aproximadamente US$ 800 bilhões em valor de mercado.

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Perspectivas

Os resultados da Nvidia serão divulgados semanas após seus gigantes da tecnologia terem divulgado os resultados. O nome da empresa foi citado durante essas chamadas com analistas, à medida que Microsoft, Alphabet, Meta, Amazon e Tesla gastam pesadamente em unidades de processamento gráfico (GPUs) da Nvidia para treinar modelos de IA e executar pesadas cargas de trabalho.

Nos últimos três trimestres, a receita da Nvidia mais que triplicou em termos anuais, com a grande maioria do crescimento vindo do negócio de data centers. Os analistas esperam um quarto trimestre consecutivo de crescimento de três dígitos. A partir daqui, as comparações ano a ano se tornam muito mais difíceis, e o crescimento deve desacelerar em cada um dos próximos seis trimestres.

Indicadores

Brasil

Caged (Jul)

Esperado: ND
Anterio: 201,71 mil vagas

Estados Unidos

Estoques de petróleo bruto

Esperado: ND
Anterior: 2,7 milhões de barris

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